quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Empresário que matou pai será encaminhado a hospital psiquiátrico, decide Justiça

© FELIPE RAU/ESTADÃO Prédio onde corpo do empresário Oswaldo Carmona foi encontrado com perfurações

A Justiça de São Paulo atendeu a pedido da defesa do empresário Ricardo Antonio Novaes Carmona, de 42 anos, que matou o pai a facadas no dia 5 de agosto, para encaminhá-lo para tratamento em um hospital psiquiátrico. Oswaldo Carmona, de 78 anos, foi morto no interior do apartamento da família, na Vila Nova Conceição, zona sul da capital.

O juiz Luis Gustavo Esteves Ferreira, da 5ª Vara do Júri da Capital, analisou laudos expedidos pelo psiquiatra do indiciado, recomendando a sua imediata internação provisória. Segundo o laudo, o filho tem histórico de esquizofrenia refratária associado ao uso de substâncias múltiplas e já foi internado oito vezes em hospitais psiquiátricos, sendo a primeira aos 23 e a última aos 39 anos de idade, informou o Tribunal de Justiça paulista.

"O documento afirma também que o acusado não faz uso de drogas e álcool há mais de três anos. O Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina realizou avaliação psiquiátrica a pedido da autoridade policial e concluiu que o investigado é acometido de 'Esquizofrenia Paranoide Resistente a Tratamento', possuindo 'dependências de múltiplas substâncias, atualmente em abstinência'", descreveu a Justiça.

A defesa pediu que a internação provisória ocorra na clínica onde ele já ficou em seis oportunidades. O pedido de revogação da prisão e internação provisória teve aval do Ministério Público, que contestou o pedido da defesa de encaminhar o acusado a uma clínica de preferência da família.

O juiz decidiu, então, pela substituição da prisão cautelar, aplicando ao indiciado medida de internação provisória em clínica diversa da indicada pela defesa, “oficiando-se com urgência à Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário do Estado de São Paulo para providenciar a respectiva transferência para Hospital de Tratamento e Custódia, ou, à falta, vaga em outro estabelecimento adequado, no prazo máximo de 72 horas.”

Entenda o caso
Ricardo era solteiro e morava com os pais no 10.º andar de um prédio na Praça Pereira Coutinho. Na noite de sábado, 4 de agosto, estavam só ele e o idoso no apartamento. Por volta das 21h30, ele teria ouvido vozes dizendo para matar o pai, foi até a cozinha e apanhou uma faca, conforme depôs no 14.º Distrito Policial (Pinheiros). Nessa hora, Oswaldo assistia à televisão.

Na sala, Ricardo tentou golpear o pai, que resistiu. Os dois chegaram a entrar em luta corporal, mas a vítima acabou atingida na região da face e do tórax, segundo boletim de ocorrência. O comerciante, então, jogou a faca sobre o sofá, pegou a chave do carro, um Chevrolet Cruze, e fugiu.

Foi o porteiro do edifício que alertou a família. Em depoimento, ele afirmou saber que Ricardo tinha transtorno mental e que não era comum ele sair dirigindo. Ao chegar no local, familiares encontraram marcas de sangue na sala e o corpo de Oswaldo caído.

Aos policiais, Ricardo contou que dirigiu para um motel na Rodovia Anchieta, onde dormiu sozinho até as 5 horas de domingo, 5. De lá, saiu para outro motel na mesma rodovia. Ele não soube informar o nome dos estabelecimentos.

Por volta das 8 horas, dirigiu por cerca de 60 quilômetros até Mongaguá, no litoral, e ficou rodando pela cidade. Só à noite, voltou para capital. Segundo investigadores, o suspeito contou que planejava ir para um campo soçaite no Morumbi, também na zona sul, onde costumava jogar futebol, mas foi pego antes pela Polícia Militar na região de Pinheiros, na zona oeste.

Após o crime, a polícia havia emitido uma alerta com a placa do veículo – o que permitiu localizar o suspeito. Por volta das 22h40, Ricardo teria tentado furar um bloqueio, mas depois desistiu da fuga, de acordo com a PM. Aos agentes, ele teria confessado o assassinato.

No 14.º DP, o comerciante alegou problemas psiquiátricos e relatou usar quatro remédios diferentes. Também disse ter sido usuário de maconha e de cocaína, mas que estava sem consumir droga há cerca de três anos.

O pai era sócio de ao menos dez empresas que atuam com comércio de produtos como madeira, vidro e ferragens na região do Brás, na região central, e na zona oeste. Também tinha atuação na área de administração de imóveis. Algumas das empresas contavam com a participação, em sociedade, da mulher e de um filho.

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Coligação de Bolsonaro pede ao TSE indeferimento de candidatura de Lula

© Brasília, 08-05-2108. Foto: Sérgio Lima Coligação de Bolsonaro pede indeferimento de candidaturas Lula

A coligação do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) solicitou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nesta 5ª feira (16.ago.2018), o indeferimento da candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eis a íntegra.

O pedido de Bolsonaro aponta como motivo a condenação de Lula em 2ª instância na operação Lava Jato.

É do conhecimento geral que o pretenso candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pelo Juízo da 13ª Vara da Justiça Federal da Seção Judiciária do Paraná ao cumprimento de pena de reclusão de nove anos e seis meses, em razão da prática de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva”, diz trecho do pedido encaminhado ao TSE

A estratégia do PT é manter a candidatura de Lula até não haver mais recursos. O TSE tem até 17 de setembro para julgar todas as candidaturas das eleições de 2018.

Durante o solicitação de candidatura feita pelo PT nesta 4ª (15.ago), o candidato a vice Fernando Haddad (PT) afirmou que há 1 dispositivo na Lei da Ficha Limpa que permite a apresentação de recurso com pedido de liminar (decisão provisória) para liberar a candidatura.

O caso dele [Lula] é particular. Ele está completamente protegido por um dispositivo da própria lei da Ficha Limpa que garante 1 recurso em casos como o dele: de flagrante cerceamento do direito de defesa e 1 julgamento muito parcial”.

O documento da coligação “Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos” composta por PSL e PRTB, é assinado por Gustavo Bebianno, advogado e presidente do PSL, e pelos advogados Tiago Ayres e André Rocha.

A coligação de Bolsonaro reconhece que há “clamor popular” pela candidatura de Lula e que por isso ele adota “uma postura de vítima”.

Não se desconhece o clamor popular que desperta a candidatura ora impugnada, e, muito menos, o fato de que o candidato em questão, com o apoio dos seus seguidores, vem adotando uma postura de vítima de um sistema judicial que considera parcial e perseguidor, levantando dúvidas acerca da legitimidade do processo que culminou com a sua condenação, bem como da inviabilidade da candidatura ora impugnada”, consta em trecho do documento enviado ao TSE.

por Lauriberto Brasil
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PGR pede que prazo de Lula para contestar impugnação já passe a valer

© Foto: Marcelo Camargo/ABr

A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta quinta-feira, 16, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)já comece a contar o prazo para que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifeste sobre a impugnação de seu registro de candidatura. O pedido é colocado como uma segunda alternativa da PGR, caso o ministro Luís Roberto Barroso não negue liminarmente o registro do ex-presidente, preso e condenado da Lava Jato.

Nesta quarta-feira, 15, no mesmo dia em que Lula foi registrado como candidato à presidência da República no TSE, a PGR pediu que o ministro barre o registro do petista. Barroso, que é vice-presidente da Corte Eleitoral, é o relator do processo.

Raquel explica que ontem mesmo a defesa de Lula já entrou com uma petição questionando o critério de distribuição de seu registro a Barroso. A procuradora afirma que, pela "dinâmica dos fatos", é certo que os advogados do ex-presidente já tomaram ciência da impugnação apresentada pela PGR.

A procuradora cita trechos do Código de Processo Civil que descrevem que as partes de um processo devem cooperar com a finalidade de uma tramitação "célere e efetiva".

Impugnação
Nesta quarta, ao pedir que Barroso barre o registro de Lula, Raquel encaminhou ao TSE uma certidão expedida pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), que, em janeiro, aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Pela condenação em segunda instância, Lula está enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, portanto, inelegível, disse a procuradora-geral.

“O requerente não é, portanto, elegível, por falta de capacidade eleitoral passiva, o que impede que ele seja tratado juridicamente como candidato e também que a candidatura requerida seja considerada sub judice, uma vez que inapta mesmo a causar o conhecimento do pedido de registro pelo Tribunal Superior Eleitoral. Disso deve decorrer a rejeição liminar do requerimento, sem qualquer outro efeito jurídico que o habilite a ser considerado candidato sub judice ou a pretender o financiamento de sua candidatura com recursos públicos, que são destinados apenas a financiar campanhas dos elegíveis”, sustentou a procuradora-geral eleitoral.

Raquel quer que a certidão expedida pelo TRF-4 seja incluída no processo de Lula. Os representantes do petista enviaram ao TSE certidões criminais do Estado de São Paulo, nas quais não consta informação sobre essa condenação.

Confira os prazos das eleições 2018:
7 de abril - último dia para filiação partidária e registro de partidos.

20 de julho - início das convenções partidárias

5 de agosto - fim das convenções partidárias

15 de agosto - pedido de registro das candidaturas

16 de agosto - passa a ser permitida a realização de propaganda eleitoral como comícios, carreatas, distribuição de material gráfico e propaganda na internet (desde que não paga), entre outras formas;

18 de agosto - TSE divulga os candidatos registrados e abre o prazo para os pedidos de impugnação;

23 de agosto - fim do prazo para impugnação;

24 de agosto - os impugnados são citados pelo TSE

31 de agosto, prazo para as campanhas apresentarem as defesas dos impugnados; Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

7 de setembro, julgamento das candidaturas impugnadas;

10 de setembro, recursos - oposição de embargos de declaração;

12 de setembro, julgamento dos embargos de declaração; depois recurso ao Supremo.

por Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura
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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Justiça ouvirá delegados da Lava Jato por grampos de Marisa Letícia

© AFP A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, que morreu em fevereiro de 2017

Três delegados da Polícia Federal (PF) terão de prestar depoimento em uma ação movida pela ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva após a divulgação do conteúdo de ligações telefônicas dela, interceptadas pela Operação Lava Jato em 2016. No processo, o espólio de Marisa Letícia, que morreu em fevereiro de 2017, pede que a União seja condenada ao pagamento 100 000 reais de indenização por danos morais.

Serão ouvidos na ação, sob responsabilidade da 24ª Vara Federal Cível de São Paulo, os delegados Igor Romário de Paula, Luciano Flores de Lima e Márcio Adriano Anselmo. Os três foram arrolados como testemunhas de defesa pela União.

Romário coordena a equipe de delegados da PF na Lava Jato no Paraná, enquanto os demais, que atuaram nas investigações do esquema de corrupção na Petrobras, já deixaram a força-tarefa. Anselmo está à frente da Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção da PF desde abril de 2018 e Flores de Lima tomou posse como superintendente da corporação no Mato Grosso do Sul em março.

Os grampos telefônicos que registraram conversas de familiares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo Marisa Letícia, foram feitos no âmbito da Operação Aletheia, 24ª fase da Lava Jato, com autorização do juiz federal Sergio Moro. Foi o magistrado o responsável pela divulgação do conteúdo, em março de 2016.

Nas ligações telefônicas, a ex-primeira-dama aparece conversando com noras e filhos, em diálogos que não seriam úteis às investigações contra Lula. Em um telefonema com Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, irritada com um dos panelaços contra o governo da então presidente, Dilma Rousseff (PT), Marisa classifica os manifestantes como “coxinhas” e diz: “devia enfiar essas panelas no c…”.

A Justiça Federal paulista também autorizou, a pedido da defesa da ex-primeira-dama, que sejam ouvidos como testemunhas Wilson Liria e as noras dela, Marlene Araújo Lula da Silva e Fátima Rega Cassaro da Silva. Marlene é casada com Sandro Luís Lula da Silva e Fátima, com Luís Cláudio Lula da Silva.

por João Pedroso de Campos
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Casal morre na mesma UTI em SP após 50 anos juntos

© DR Casal morre na mesma UTI em SP após 50 anos juntos

Não se sabe exatamente como Wilson e Inês se conheceram. Ambos trabalhavam na região paulistana da rua Augusta, nos Jardins. Alguns relatos dão conta de que utilizavam o mesmo ponto de ônibus. Para outros, o jovem ourives fazia parte do grupo de rapazes que estava sempre às portas do salão de cabeleireiro para paquerar as moças que trabalhavam ali, como ela.

Fato é que conviviam naquele pedaço. Wilson era um rapaz vaidoso e andava bem arrumado, na moda da época. Calças boca de sino, camisa aberta, mocassim, bigode e costeletas. Fazia questão de andar perfumado e bem penteado. Levou para a vida o hábito de ter pentes à mão, como aquele redondo de encaixe nos dedos e outro de dois lados -um fino e um grosso.

Inês, uma "baixinha bonita", diz o irmão Eduardo, interrompeu os estudos na pré-adolescência para ajudar a família, indo trabalhar na olaria de tijolos do pai. Aos 18, foi trabalhar na matriz do Jacques Janine na Augusta, onde desenvolveu o gosto pela cultura francesa -era apaixonada pela música de Charles Aznavour. Emocionou-se recentemente, ao enfim assistir um show do ídolo.

Casaram-se no início dos anos 1970. Inês gostava de cuidar dos outros. Às vezes até demais: um de seus bordões ao ligar para um dos três filhos que tiveram era "aonde você está e o que está fazendo?", assim, sem nem dar oi.

Wilson era um passarinheiro. A casa da família era uma profusão de gaiolas e assobios, que se mesclavam aos sinos de vento que ela tinha. Ele desenhava e produzia jóias. Trabalhou na H.Stern e sempre presenteou as mulheres da família com suas obras.

No último dia 24, após meio século juntos, ambos estavam internados na mesma UTI. Ela, por problemas respiratórios decorrentes das décadas de cigarro. Ele, em função de uma série de complicações ocasionadas por causa da encefalopatia hepática pelo abuso da bebida. Cada um tinha o seu vício, afinal.

Os médicos avisaram que os órgãos de Inês estavam parando de funcionar. Cercada pela família, ela se foi, aos 69. Enquanto os parentes rezavam por ela, novo aviso médico. Ao lado, o coração de Wilson, 72, passarinhava. Morreram em um intervalo menor do que uma hora. "Você não vai ficar aqui sozinho", ela provavelmente teria dito.

O casal deixou os três filhos, Wilson Júnior, Andreia e Gabriela, seis netos e um bisneto. Inês deixou ainda a mãe e dois irmãos. Wilson, uma irmã.

Com informações da Folhapress.
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De olho na vice, PCdoB retira candidatura de Manuela e fecha com o PT

© Agência Brasil Manuela D'Ávila (PCdoB), que deixa a disputa pela Presidência para ser vice de uma candidatura do PT

Não vai ser dessa vez que o PCdoB terá o seu primeiro candidato à Presidência desde a redemocratização. Repetindo uma história que acontece desde 1989, os comunistas retiraram a candidatura de Manuela D’Ávila, decidida em convenção na última quarta-feira, e fecharam coligação para apoiar uma candidatura do PT ao Palácio do Planalto, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pelo anúncio conjunto dos dois partidos, no final da noite deste domingo (5), Manuela será candidata a vice-presidente na chapa petista, apesar do registrado junto à Justiça Eleitoral no primeiro momento ser o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, do próprio PT. A justificativa oficial é que Haddad foi escolhido para ser o “representante” de Lula e que, quando a situação do ex-presidente estiver juridicamente “regularizada”, ele dará lugar para a deputada gaúcha.

Registrar Haddad como vice seria uma “estratégia eleitoral”, nas palavras da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), para dar contornos oficiais à essa “representação”. Na prática, a expectativa é que com o ex-presidente não conseguindo obter uma liberação da Justiça para concorrer, Haddad assuma a cabeça de chapa e a comunista ocupe o seu prometido lugar de vice.

Apesar de ser a oitava vez que o PCdoB apoia o PT, essa será a primeira em que os comunistas indicarão o companheiro de chapa. Os petistas indicaram presidente e vice em 1994 e nas demais composições foram escolhidos nomes de outros partidos: PSB (1989), PDT (1998), PL (atual PR, 2002), PRB (2006) e PMDB (atual MDB, 2010 e 2014).

Durante o anúncio, a presidente do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), lamentou a “falta de uma aliança mais ampla” como a desejada pelo partido – que chegou a dizer nos bastidores que ou fechava com todos os partidos de esquerda ou com nenhum –, mas justificou a decisão alegando a “agenda ultraliberal” adotada pelo governo de Michel Temer (MDB), que justificaria a pretensa urgência de uma vitória da esquerda, por isso a decisão.

A coligação formada e que será registrada na Justiça Eleitoral terá PT, PCdoB, Pros e PCO. Outros dois partidos de esquerda terão candidatos próprios, o PDT com Ciro Gomes e o PSOL com Guilherme Boulos, enquanto o PSB optou pela neutralidade.

por Guilherme Venaglia
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Polícia detém Paty Bumbum na zona oeste do Rio

© Foto: Reprodução/TV Globo Patrícia já havia sido presa no dia 25, acusada de realizar procedimentos estéticos irregulares.

Policiais do 42º DP (Recreio) prenderam nesta segunda-feira, 6, a massoterapeuta Patrícia Silvia dos Santos, conhecida Paty Bumbum, de 47 anos. Segundo informações da TV Globo, a prisão foi feita no bairro de Curicica, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Patrícia já havia sido presa no dia 25, acusada de realizar procedimentos estéticos irregulares em uma clínica localizada na região de Jacarepaguá.

Na quarta-feira, ela prestou depoimento à Delegacia do Consumidor (Decon) do Rio de Janeiro. Segundo a delegada Daniela Terra, ela só respondeu a uma pergunta. "A única pergunta que Patrícia respondeu é se conhecia Valéria Santos. Ela disse que a conheceu no curso de formação (em massoterapia), mas nem tinha contato com ela e há anos não a encontra. Ela negou que tenha feito qualquer tipo de procedimento", afirmou a delegada.

Paty Bumbum realizava procedimentos estéticos há cerca de 13 anos. Ela havia sido indiciada por exercício ilegal da medicina e responderá também por lesão corporal e estelionato. Como esse crime é considerado de pequeno potencial ofensivo, com pena máxima de até dois anos de prisão, a massoterapeuta foi conduzida a prestar depoimento e liberada em seguida. Ela respondia à acusação em liberdade.

Ligação com Valéria dos Santos Reis

Uma das dúvidas que a Polícia Civil tenta esclarecer é a ligação entre Paty Bumbum e a massoterapeuta Valéria dos Santos Reis, suspeita de ter realizado o procedimento estético que causou a morte da modelo Mayara Silva dos Santos, de 24 anos. Ela morreu no dia 20 de julho, horas após se submeter ao procedimento.

Pacientes de Paty Bumbum afirmam que, em determinadas circunstâncias, ela encaminha pessoas para Valéria. A polícia tem indícios de que as duas eram sócias em 2015.

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Advogada morta em Guarapuava pode ter sido asfixiada antes de ser jogada de prédio

© Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público do Paraná deve oferecer nesta segunda-feira, 6, denúncia à Justiça contra o professor de Biologia Luiz Felipe Manvailer, 32 anos, suspeito de ter jogado a advogada Tatiane Spitzner, 29 anos, do quarto andar do prédio onde moravam, em Guarapuava (257 quilômetros de Curitiba).

Manvailer foi detido horas depois da morte de Tatiane - dia 22 de julho - em uma estrada em São Miguel do Iguaçu, a caminho de Foz do Iguaçu, e pode ser enquadrado no crime de feminicídio.

Segundo reportagem exibida no programa Fantástico, na noite de domingo, os laudos periciais mostram que a advogada teve "fratura do pescoço típica de esganadura". Com isso, aumenta a suspeita de que Manvailer a tenha asfixiado.

Manvailer, que está detido em Guarapuava, teve sua situação agravada após a liberação de imagens do prédio, à qual aparece agredindo a mulher por cerca de 20 minutos. A defesa do professor, porém, está no aguardo de todas as imagens e resultados da perícia.

"(A defesa) Permanece no aguardo do resultado de exames periciais no corpo da vítima, no apartamento do casal, nas câmeras de segurança, nos smartphones, computadores e HDs apreendidos e na realização de reprodução simulada dos fatos com a participação do acusado", informou em nota no final de semana.

por Julio Cesar Lima
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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

‘Sabia que era cabra marcado para morrer’, diz Ciro sobre isolamento

© Agência Brasil O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, que participou de sabatina no canal a cabo Globonews nesta quarta-feira

Isolado na corrida pela Presidência da República e após seu mais recente revés na busca por alianças, com o acordo entre PSB e PT pela neutralidade dos socialistas no primeiro turno da disputa, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) declarou nesta quarta-feira, 1, que sabia que, ao entrar na disputa, seria um “cabra marcado para morrer”.

“Quando eu entrei nessa luta eu sabia bastante bem que eu era um cabra marcado para morrer. Trabalham juntos para me isolar o PMDB do Michel Temer, o PSDB do Geraldo Alckmin e o PT do Lula. Devo ter alguma coisa bem interessante para mostrar ao povo”, afirmou o presidenciável, em sabatina no canal a cabo Globonews. Além dos pessebistas, Ciro também viu naufragarem seus acenos a partidos do chamado Centrão, aliados de Temer, que decidiram pelo apoio ao tucano Alckmin.

Apesar das negociações frustradas com DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, legendas que levaram Geraldo Alckmin a 40% do tempo de propaganda na TV, foi o acerto entre PSB e PT que tirou de Ciro Gomes seu aliado preferencial, com o qual ele diz ter “afinidades históricas” e “relações absolutamente fraternas”. O presidenciável afirmou na entrevista, no entanto, que ainda “deseja” se aliar ao PSB e que não foi informado oficialmente sobre o acordo.

“Não recebi nenhuma carta, nenhum sinal de fumaça, nenhuma mensagem, então e estou aguardando que se confirme isso. Se se confirmar é um revés, mas não me abate nem me surpreende”, declarou Ciro, que diz ter um “backup” para a vaga de vice-presidente, mas não revelou quem pode ser seu companheiro de chapa.

Ao longo do período em que o pedetista acenou à esquerda e ao Centrão, foram cogitados como vices os empresários Benjamin Steinbruch (PP) e Josué Gomes da Silva (PR), nomes hoje distantes, e a deputada estadual Manuela D’Ávila, confirmada nesta quarta-feira como candidata do PCdoB à Presidência.

‘Frustração pessoal’ com PT e Lula
Durante a sabatina, Ciro Gomes lamentou, sobretudo, o tratamento dado a ele pelo PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de não apoiarem a candidatura do ex-ministro em um quadro de fragmentação da esquerda, os petistas trabalharam para inviabilizar a adesão de potenciais aliados, como o PSB, a Ciro. A aliados que sugeriam aceno ao ex-ministro, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), chegou a declarar que ele “não passa nem com reza brava” no partido.

“Não sei o que eu fiz para merecer esse tipo de conduta de desapreço e de hostilidade. Eu até pago um certo preço, eu apoiei o Lula sem faltar nenhum dia nos últimos 16 anos”, destacou o candidato do PDT. “O nível de radicalismo e de miudice com que eles passaram a me tratar de um tempo pra cá a mim me surpreendeu, porque não sei o que eu fiz para merecer isso. Agora, não estou aqui me queixando, já já eu venço eles”, provocou.

“Pessoalmente frustrado” com o tratamento recebido dos petistas, Ciro classifica a sentença que condenou Lula em duas instâncias da Justiça Federal como “injusta”, mas reconhece que o ex-presidente não deve ter condições legais de disputar a eleição. Sobre a estratégia do PT de manter Lula e registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele entende que o partido “está ensaiando uma valsa na beira do abismo”.

“Se o Lula não é candidato como o senso comum acha, é arriscado ou não é arriscado trazer o país para dançar à beira do abismo? E aí a disputa é comigo. Eles não estão pensando no país, essa burocracia do PT. Eles não querem que eu seja quem vai liderar mudança no pensamento progressista brasileiro”, completou.

Candidato vê ‘anarquia institucional’
Questionado pelos jornalistas a respeito da entrevista a uma TV local do Maranhão, na semana passada, na qual declarou que só sua eleição pode tirar Lula da cadeia e que fará juízes e o Ministério Público voltarem às respectivas “caixinhas”, Ciro Gomes respondeu que o país vive uma “anarquia institucional”.

Como exemplo, o presidenciável citou a “guerra de decisões” em torno da libertação do ex-presidente, no início de julho, que opôs o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) Rogério Favreto ao juiz federal Sérgio Moro e os também desembargadores do TRF4 João Pedro Gebran Neto e Carlos Eduardo Thompson Flores. Para Ciro, as decisões, “uma mais estapafúrdia que a outra”, refletem um “estado de baderna”.

Ele explicou então que, ao falar na “caixinha” de magistrados, promotores e procuradores, quis dizer devolver as instituições a suas funções previstas na Constituição.

por João Pedroso de Campos
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Juiz Marcelo Bretas curte publicações de Bolsonaro nas redes sociais

© Agência Estado marcelo bretas

O juiz 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, encarregado dos processos da Lava Jato no Rio, tem demonstrado que concorda com alguns dos posicionamentos do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Bretas tem curtido postagens que o candidato tem feito em suas redes sociais, expondo seus pontos de vista.

Nesta quarta-feira, 1, Bretas curtiu uma postagem de Bolsonaro fez no Twitter, na qual o presidenciável do PSL aborda o sistema educacional brasileiro. Na publicação, o candidato exaltou o sistema educacional da Coreia do Sul e criticou o do Brasil por supostamente priorizar “sexo e ideologias”.

“O Brasil ocupa posição vergonhosa no Ranking Internacional de Educação. Pude ver de perto o modelo educacional da Coreia do Sul, por exemplo, hoje um dos melhores. Enquanto lá estimulam o raciocínio lógico nos mais jovens, aqui priorizam sexo e ideologias. Não tem como dar certo”, diz o post de Bolsonaro curtido por Bretas.

O magistrado confirmou à reportagem que curtiu a postagem. Admitiu que “concorda com alguns pontos de vista” do candidato, mas disse que não declara em quem vai votar. “Também já curti posts da Marina (Silva, presidenciável da Rede). Quando vejo algum Twitter, por exemplo, e, se concordo, eu curto. Mas não estudo e não conheço todo programa dele ou de outro candidato”, justificou.

Sobre o post de Bolsonaro desta quarta, Bretas disse concordar “no que diz respeito a excelência do sistema de ensino na Coreia do Sul”. “Na comparação estamos bem mais atrasados”, disse. Bretas explicou, porém, que não endossa o resto da publicação do candidato, quando diz que no Brasil prioriza-se sexo e ideologias. “Falo da comparação entre o ensino na Coreia do Sul e no Brasil: investimento etc”, disse.

Bolsonaro foi procurado por meio de sua assessoria para comentar o que achou das curtidas do juiz da Lava Jato. Apesar de ainda não ter enviado uma resposta do candidato, a assessoria afirmou que as curtidas de Bretas nos posts de Bolsonaro já são conhecidas pela campanha. Este já teria sido o terceiro caso.

por Daniela Pessoa
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Máfia oferece 70 mil dólares pela morte de cão farejador na Colômbia

© AFP A cadela farejadora Sombra trabalha à procura de drogas no Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá. Sombra foi ameaçada de morte pela Gulf Clan, a maior gangue de drogas do país – 27/07/2018

A cadela Sombra, pastor alemão fêmea de seis anos, está sendo ameaçada de morte por traficantes na Colômbia, informou hoje (2) a imprensa local. Uma recompensa de 70.000 dólares (260.000 reais) foi oferecida pela cabeça do animal, que é um dos principais cães farejadores da polícia colombiana e já conseguiu interceptar nove toneladas de cocaína em seus cinco anos de atividade.

Como medida de segurança, as autoridades decidiram transferir a cadela para Bogotá e manter a localização do seu canil em segredo. “Não só Sombra tem sido ameaçada, mas muitos cães na polícia, diariamente, estão sofrendo ameaças”, explica Jeison Cardona, instrutor canino da escola policial de adestramento do município de Facatativa, no centro do país.

O pastor alemão tornou-se o pesadelo do poderoso clã do Golfo, a maior organização de tráfico de drogas da Colômbia e principal exportador de cocaína para os Estados Unidos no mundo.

A história da Sombra com o grupo armado remonta a 2016, quando ela descobriu 2,9 toneladas de cocaína no porto de Urabá, no noroeste, escondidas em um “contêiner carregado de banana” com destino a Antuérpia, na Bélgica. No ano seguinte, em maio, ela encontrou mais 1,1 tonelada de cocaína escondida em polpa de frutas em um depósito na cidade caribenha de Santa Marta.

Os membros da máfia chegaram a tentar subornar um policial com cerca de 7.000 dólares para que ele entregasse a cadela, sem sucesso. “Por precaução, decidimos transferi-la, levando em conta os indícios de ameaça do clã do Golfo”, indicou o coronel Tito Castellanos, vice-diretor da polícia antinarcóticos.

Até agora, em 2018, os 346 cães policiais colombianos interceptaram carregamentos que somam cerca de 200 toneladas de todos os tipos de drogas, retirando 5 bilhões de dólares do tráfico, de acordo com dados oficiais.

Brincadeira
Em Bogotá, ela é responsável por verificar as cargas de envio no aeroporto internacional da cidade. Seu expediente é de oito horas, com um intervalo de duas. Depois, ela segue para um canil cuja localização permanece em segredo, por medidas de segurança.

De cada 100 cães, apenas cinco possuem habilidades para atuar como agente antinarcóticos. Os escolhidos se especializam na detecção de cocaína ou drogas sintéticas e alguns até desenvolvem olfato capaz de atravessar o aço.

Para os cães, “procurar drogas é uma brincadeira”, explica Rojas. Quando Sombra detecta algo suspeito, por exemplo, recebe como prêmio uma bola para brincar. Ela “se sobressai porque desenvolveu um pouco mais o seu olfato” na busca de cocaína, afirma com orgulho seu cuidador.

Além disso, distingui-se por sua coragem. Para cumprir seu trabalho, a cadela não tem medo de entrar na selva ou em barcos suspeitos, além de ser carismática em frente às câmeras de televisão.

Há relatos de cães que já foram mortos na Colômbia enquanto faziam buscas por plantações de drogas, detectando os explosivos com os quais os criminosos tentam proteger os locais. O número de casos é mantido em segredo. A maioria deles é resultado da detonação dos dispositivos ou de franco-atiradores.

“Quando o cão senta para apontar que há uma carga explosiva, os criminosos ativam o explosivo”, afirma o coronel Carlos Villarreal, chefe de treinamento canino da polícia.

Os traficantes de drogas, por sua vez, também recorreram ao olfato dos cães para testar a camuflagem de seus carregamentos. Eles chegaram ao ponto de “contaminar a droga com urina de leão” para afugentar as fêmeas ou os machos treinados pela polícia, segundo o coronel Villarreal.

Sombra tem mais dois anos de trabalho antes de se aposentar e ir para uma casa em Guaymaral, uma área rural ao norte de Bogotá, onde são levados os cães que trabalharam com as autoridades.

(Com AFP)
por Leticia Fuentes
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