quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Homem que atacou Bolsonaro alegou 'questões pessoais'

© Reprodução Adélio Bispo de Oliveira: suspeito de atentado contra Jair Bolsonaro (06/09/2018)

JUIZ DE FORA - A Polícia Militar (PM) de Minas Gerais confirmou ao Estado que Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi o responsável por esfaquear o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no início da tarde desta quinta-feira, 6, em Juiz de Fora. O homem que atacou o presidenciável alegou, ao prestar depoimento à polícia, que agiu motivado por “questões pessoais”.

A informação foi dada pelo coronel Alexandre Nocelli, comandante da quarta região da Polícia militar de Juiz de Fora. O comandante confirmou que a segurança do candidato era feita por agentes da Polícia Federal, e não por policiais militares, e que a arma foi uma faca. Ainda de acordo com a PM, Adelio foi agredido enquanto era escoltado até a delegacia da Polícia Federal na cidade.

Bolsonaro caminhava pelas ruas do centro de Juiz de Fora e era carregado nos ombros quando Adelio se aproximou e desferiu uma facada na região do abdômen. A polícia informou que abrirá um inquérito para apurar o ataque ao candidato.

Em nota divulgada pela Polícia Federal (PF), a corporação afirma que Bolsonaro "contava com a escolta de policiais federais quando foi atingido por uma faca durante um ato público". A mensagem ainda diz que "o agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato."

© Reprodução/Redes sociais Faca usada pelo agressor contra o candidato do PSL

Em seu perfil no Facebook, Oliveira tem muitos posts com teor político, e com críticas a Bolsonaro. A frase que o define na rede social é “Não importa em que partido tu militas, nem a ideologia em que acreditas, ou que fé tu praticas. Se tens prazer no triunfo da justiça, então somos irmãos”.

O advogado de defesa diz ter ficado surpreso com a informação quando soube que trava-se de Adelio. “Fiquei muito surpreso quanto soube que era o Adelio. Tive pouco contato com ele mas até onde conheci não parecia uma pessoa violenta. Ele era servente de pedreiro”, disse o advogado Pedro Tiago Oliveira Santos que defende Adelio em uma ação trabalhista.

fonte
por Constança Rezende
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Traficante Nem é condenado a 66 anos de prisão

© Fabio Motta/Estadão Nem era chefe do tráfico na Rocinha

O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi condenado no fim da noite de quarta-feira, 5, a 66 anos de prisão. Ele foi considerado um dos responsáveis pela morte de Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos, e de Andressa de Oliveira, de 25 anos, em 25 de maio de 2011 na Rocinha, e também pela ocultação dos corpos das vítimas.

De acordo com as investigações, Luana atuava como "mula" da quadrilha de Nem, que liderava o tráfico na comunidade da zona sul, transportando drogas entre as favelas dominadas pelo Comando Vermelho. Segundo o Ministério Público as duas mulheres foram mortas por terem desaparecido com uma carga de haxixe. Os corpos das mulheres não foram encontrados até hoje.

O julgamento no Terceiro Tribunal do Juri começou na tarde de terça, 4, e foi retomado na quarta-feira. Thiago de Souza Cheru, Anderson Rosa Mendonça e Rodrigo Belo Ferreira também foram julgados pelo mesmo crime. Cheru foi condenado a 30 anos de prisão, e os outros dois homens foram absolvidos. Nem participou do julgamento por videoconferência. Ele já se encontra preso no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia.

por Roberta Jansen
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PT orienta militância a não mencionar Lula como candidato

© Foto: Leo Correa/AP

A coordenação de campanha do PT distribuiu uma circular no início da noite desta quarta-feira, 5, na qual orienta os candidatos e militantes do partido a não mencionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato e “manter o pedido de voto apenas para coligação ‘O Povo Feliz de Novo 13’”, com Fernando Haddad como candidato a vice.

O texto pede “estado de atenção permanente” ao cumprimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que indeferiu a candidatura do petista com base na Lei da Ficha Limpa.

“Discordamos da decisão do TSE, estamos nos defendendo em todas as instâncias, no entanto, acatamos o teor dessa decisão. A velocidade e o horário em que são julgados recursos contra nossos programas nos obrigam a manter estado de atenção permanentes”.

Nesta quarta, a campanha de Luiz Marinho, candidato ao governo de São Paulo, divulgou nota na qual afirma que panfletos com Lula retratado como candidato foram distribuídos a metalúrgicos “por engano”.

Em conversas com lideranças petistas nesta semana, Lula disse que o partido deve cumprir a decisão do TSE e esperar o resultado do recurso no Supremo Tribunal Federal antes de executar a substituição da cabeça de chapa. O anúncio deve acontecer em São Paulo no dia 10 ou 11, véspera e dia do encerramento do prazo dado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Recebido por militantes como o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad fez um corpo a corpo com eleitores em Diadema, primeira cidade administrada pelo partido, pedindo votos no “13”.

Haddad condicionou uma definição sobre a candidatura do partido à decisão do STF. “Vamos aguardar o Supremo. A última palavra é do Supremo”, respondeu após caminhada por ruas do centro da cidade. Ao cumprimentar eleitores, o ex-prefeito era saudado como candidato. “Meu presidente, meu voto é seu”, disse um deles, para quem Haddad respondeu: “Estamos juntos.”

Manuela discute com eleitor do PSL
A deputada Manuela d'Ávila (PCdoB), cotada para ser vice da chapa presidencial encabeçada pelo PT, e que acompanhou nesta quarta a agenda de Fernando Haddad, discutiu com um homem na porta de uma metalúrgica em São Paulo.

Quando discursava pedindo o apoio dos metalúrgicos ao “time de Lula”, Manuela foi interrompida pelos gritos de “é mentira”. “Aqui não tem quem mente”, respondeu ela.

A jornalistas, o funcionário se identificou como Denis Gregório e declarou que vai votar em Jair Bolsonaro (PSL) nesta eleição. “Não concordo com eles, e esse é um sentimento que muita gente não tem coragem de expor.”

por Ricardo Galhardo e Daniel Weterman
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Irmã de jovem arremessada por brinquedo se emociona em velório

© Reprodução/Arquivo pessoal Isabella Amaral Vieira, que morreu aos 16 anos, foi velada e enterrada em Ceres, Goiás

O corpo da estudante Isabella Amaral Vieira, morta aos 16 anos após ter sido arremessada de um brinquedo, foi velado e enterrado em Ceres, na região central de Goiás, na quarta-feira (5).

Segundo o G1, a irmã dela, Gabriela Amaral, disse que a família tinha esperança de que ela iria se recuperar.

“A gente estava querendo ela aqui com a gente, viva. Agora a gente pede justiça”, afirmou ao site, emocionada.

Amigos da adolescente também estiveram presentes no enterro que aconteceu às 17h, após mais de quase 20 horas de velório.

Isabela teve morte cerebral na manhã de segunda (3). A família autorizou a doação dos órgãos da jovem e foi feito uma busca em um sistema nacional para verificar quem pode ser beneficiado.

No último dia 26 de agosto, Isabela e mais três amigas, todas de 16 anos, foram arremessadas por um brinquedo em um parque de diversões itinerante.

Segundo o G1, a polícia está investigando as causas do acidente. O responsável pelo parque, Juarez Alves da Costa já foi ouvido, e pode ser interrogado novamente após a conclusão dos laudos. A polícia também colheu o depoimento do operador do brinquedo, Raimundo Genivaldo da Lima Costa.

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Ciro vai ao Nordeste para buscar o pote de ouro: os votos de Lula

© Reuters Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, durante evento em São Paulo 20/08/2018 REUTERS/Paulo Whitaker

Quem herdará os votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva? O pedetista Ciro Gomes tenta, a partir desta quinta-feira, tomar a dianteira nesta disputa, ao iniciar uma caravana por cinco estados do Nordeste, a região que mais concentra as intenções de votos no ex-presidente. Ciro deve visitar Pernambuco, Ceará, Maranhão, Natal e Sergipe.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o candidato deve reforçar na região a política de distribuição de renda e oferecer propostas para a redução do desemprego, além de reforçar sua principal bandeira eleitoral, a retirada do nome dos eleitores da lista de devedores do SPC.

Ciro busca ganhar tração justamente num momento de indefinição do PT. O partido deve oficializar no dia 11 o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como seu candidato ao Planalto, dez dias depois de o Tribunal Superior Eleitoral ter vetado a candidatura de Lula. Desde então, a campanha petista vem sendo questionada por adversários por utilizar a imagem do ex-presidente em suas peças.

Pesquisa do Ibope divulgada na noite de ontem colocou Ciro empatado na segunda colocação com Marina Silva (Rede), com 12% das intenções de votos, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que tem 22% das intenções de voto. Geraldo Alckmin (PSDB) tem 9%, ante 6% de Haddad. Uma má notícia para o substituto de Lula é que o número de eleitores dispostos a votar branco ou nulo caiu de 29% para 21%, o que pode indicar uma queda no percentual de órfãos do ex-presidente.

Os eleitores petistas têm um mês para definir seu plano B. Segundo cientistas políticos, os votos tendem a ir para Haddad, Ciro e Marina, mas até Alckmin e Bolsonaro podem se beneficiar.

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Fachin nega recurso de Lula para manter candidatura

© Reprodução Ministro Edson Luiz Fachin fala durante o julgamento do pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula no STF, em Brasília – 04/04/2018

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na manhã desta quinta-feira 6 um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que ele mantivesse a sua candidatura a presidente da República.

Fachin entendeu que a liminar do Comitê de Direitos Humanos da ONU incide apenas na esfera eleitoral e não no processo criminal, esfera na qual a defesa do ex-presidente o acionou para analisar o caso.

“O pronunciamento do Comitê dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas não alcançou o sobrestamento do acórdão recorrido, reservando-se à sede própria a temática diretamente afeta à candidatura eleitoral”, afirmou o magistrado, único a votar pelo acolhimento do documento em favor do registro da candidatura, durante o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira.

A defesa deve recorrer da decisão de Fachin, que decidirá se pauta o recurso no Plenário ou na Segunda Turma do Supremo, onde as chances de Lula são consideradas maiores.

Ofensiva jurídica
Esse é um dos três pedidos apresentados em menos de 24 horas pela defesa do ex-presidente. Os outros dois estão relacionados e são questionamentos diretos à decisão do TSE de negar a candidatura.

Um é o recurso extraordinário, que neste momento ainda está com a presidente da Corte, Rosa Weber, para analisar se ele pode ser enviado ao STF. Como a ministra decidiu conceder três dias para que os autores das contestações da candidatura para responderem ao recurso, essa etapa do deve ser superada no final da semana.

Até lá, a defesa apresentou o outro, uma cautelar pedindo para poder retomar as atividades de campanha do ex-presidente enquanto o recurso não é analisado. Esse pedido está sob os cuidados do ministro Celso de Mello, que ainda não deliberou sobre o tema.

por Guilherme Venaglia
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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Alemanha e França oferecem ajuda para restaurar Museu Nacional

© Getty Images/B. Mendes Com 20 milhões de peças e documentos, museu abrigava parte importante da história científica da humanidade

Após incêndio, Macron afirma que vai enviar especialistas franceses ao Rio para contribuir para a reconstrução do prédio e do acervo. Berlim lamenta "perda imensurável" e diz estar em contato com autoridades brasileiras.

Os governos da Alemanha e da França anunciaram esforços para contribuir para a recuperação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, após o incêndio que destruiu grande parte de seu acervo – obras essas que contavam uma parcela importante da história antropológica e científica da humanidade.

Nesta terça-feira (04/09) em Berlim, a secretária de Cultura do Ministério do Exterior alemão, Michelle Müntefering, afirmou que seu escritório já está em contato com autoridades brasileiras e com a diretoria do museu para "ajudá-los a lidar com essa catástrofe".

Müntefering também declarou que os alemães planejam auxiliar o Rio de Janeiro na "recuperação, proteção e restauração de documentos e artefatos" que pertenciam ao Museu Nacional e foram alvo das chamas no último domingo.

"A destruição do acervo único do museu é uma perda e um prejuízo imensurável ao Brasil e a todo o mundo", afirmou a secretária de Estado.

Um dia antes, o presidente da França, Emmanuel Macron, já havia oferecido a ajuda de especialistas franceses em arte para contribuir para a reconstrução do Museu Nacional – o mais antigo do Brasil e, até então, o quinto maior do mundo em acervo.

"O incêndio no museu do Rio é uma tragédia. É a história e uma importante memória reduzidas a cinzas. A França vai colocar seus especialistas a serviço do povo brasileiro para contribuir para a reconstrução", afirmou Macron no Twitter.

A ministra da Cultura da França, Françoise Nyssen, detalhou em comunicado que ofereceu ao embaixador brasileiro em Paris "todo o conhecimento dos agentes do Ministério da Cultura em aspectos de museografia, conservação e gestão de coleções e arquivos".

Ela disse ainda que "as equipes dos museus franceses estão à inteira disposição das equipes brasileiras, em coordenação com os serviços da Embaixada da França no Brasil".

Segundo o Ministério da Cultura francês, o incêndio significa, "tanto para o Brasil como para os pesquisadores de todo o mundo, o maior desastre para o conhecimento da história" do país latino-americano e para a compreensão de sua "diversidade cultural e natural".

"Todos os arquivos científicos foram destruídos, sendo alguns de interesse patrimonial e científico de grande importância, como o fóssil de Luzia, o mais antigo hominídeo descoberto no Brasil em 1974 graças a uma equipe franco-brasileira", afirmou o ministério em nota.

O incêndio no Museu Nacional, localizado no palácio que abrigou tanto a família real portuguesa quanto a brasileira, começou na noite de domingo por circunstâncias ainda não esclarecidas. Seu acervo sofreu danos ainda incalculáveis, mas se sabe que boa parte foi destruída.

Com 200 anos de existência recém-completados, o museu é administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1946. O edifício principal, o acervo arqueológico e nove pergaminhos judaicos que faziam parte da coleção são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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Gilmar Mendes solta Laurence Casagrande, ex-secretário de Alckmin

© Estadão Conteúdo Gilmar Mendes, ministro do STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira soltar Laurence Casagrande Lourenço, ex-secretário de Transportes do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e ex-presidente da Dersa, estatal de engenharia de SP. Ele foi preso em 21 de junho na Operação Pedra no Caminho, que apura desvios de 600 milhões de reais no trecho norte das obras do Rodoanel.

Na decisão, Gilmar substituiu a prisão preventiva de Laurence por medidas cautelares, como a proibição de acesso ou frequência aos prédios e dependências da Dersa e a outros prédios do governo do Estado de São Paulo que possam ter relação com os fatos apurados na investigação. O ministro também proibiu o ex-secretário de manter contato com outros investigados e deixar o país, devendo entregar o passaporte em até 48 horas.

No fim de julho, Laurence foi acusado pelo Ministério Público Federal pelos crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica e organização criminosa. A denúncia aponta que o esquema “operou fraudes no trecho norte do Rodoanel entre outubro de 2014 até a deflagração da operação”. Segundo a Procuradoria da República, os crimes envolveram aditivos contratuais superfaturados. O ex-secretário nega qualquer irregularidade.

Alckmin
Na semana passada, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Alckmin defendeu seu ex-funcionário e o classificou como um “homem sério e correto”. “Eu acho que o Laurence está sendo injustiçado. Espero que amanhã, quando ele for inocentado, tenha o mesmo espaço para fazer justiça a uma pessoa de vida simples, uma pessoa séria, uma pessoa correta, e pode estar havendo uma grande injustiça”, ressaltou o candidato do PSDB à Presidência da República.

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Fachin vai decidir futuro de recurso de Lula para disputar eleição

© Divulgação O ministro do TSE, Edson Fachin, durante julgamento do registro de candidatura do ex-presidente Lula – 31/08/2018

O futuro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República está nas mãos do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido do petista para disputar a eleição foi protocolado como medida cautelar dentro de um recurso já apresentado ao próprio Supremo e, por isso, será decidido pelo magistrado – relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte.

Assim, a defesa não apresentou um pedido novo pela candidatura, mas sim um pedido de liminar em um processo que já tramita na Corte desde abril contra a condenação em segunda instância. Se tivesse optado por apresentar uma nova medida, o petista ficaria à mercê de um sorteio para a definição do relator, assumindo o risco de que este fosse assumido por um magistrado contrário aos seus pleitos.

Com a opção feita, a decisão será tomada por Fachin, que também faz parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi o único, na Corte eleitoral, a votar para que o registro de candidatura do ex-presidente fosse aceito na última sexta-feira 31. O ministro concorda com os advogados de Lula que uma liminar concedida pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em favor do petista tem validade no Brasil e, portanto, a Justiça deveria garantir ao ex-presidente o direito de ser candidato.

A argumentação da medida cautelar anexada ao processo segue a mesma linha argumentativa adotada pelo ministro em seu voto na Justiça Eleitoral, no sentido de que o pacto que garante o poder do Comitê no país está em pleno vigor, mesmo sem um decreto executivo da Presidência da República

A defesa do ex-presidente pede que Fachin coloque o pedido em pauta na Segunda Turma do STF, formada também pelos ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, mas admite a possibilidade de que Fachin decida sozinho sobre o tema “ante a urgência demonstrada”.

Ao receber o pedido, o ministro também pode considerar que não se trata de fato correlato ao processo criminal e abdicar de sua competência para julgá-lo. Nesse caso, o pedido seria sorteado entre os demais magistrados da Corte.

Histórico
O ministro Edson Fachin tem histórico de negativa às demandas do ex-presidente no STF, tendo rejeitado todos os pedidos de habeas corpus que foram apresentados em favor de Lula no tribunal até o momento. Quando suas decisões são questionadas, ele tem enviado os recursos para decisão do Plenário, onde a maioria é a favor do entendimento de que é possível a prisão após a condenação em segunda instância, e não na Segunda Turma, onde esse pensamento é minoritário.

Na questão eleitoral, no entanto, ele se alinhou ao pensamento dos advogados do ex-presidente, em favor da liminar do Comitê da ONU. Se desejar, Fachin pode sozinho decidir por conceder o efeito suspensivo da condenação de Lula, bem como a sua extensão – se tratará apenas da candidatura ou, até, se vai libertar Lula, uma vez que a defesa pede que não haja “qualquer óbice” à presença do petista na disputa, o que poderia implicar em reconhecer o direito de que ele esteja em liberdade para participar de atos de campanha.

por Guilherme Venaglia
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MP acusa Alckmin de improbidade e pede suspensão de direitos políticos

© AFP O candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), discursa durante fórum em São Paulo (SP) – 20/08/2018

O promotor Ricardo Manuel Castro, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), protocolou na última segunda-feira 3 uma ação de improbidade administrativa contra o ex-governador do estado Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB. Alckmin é acusado, por delatores da empreiteira Odebrecht, de receber 8,3 milhões de reais da empresa, via caixa 2, para sua campanha ao governo em 2014.

A ação inclui pedidos preliminares à Justiça antes do julgamento da ação. Entre estes, a suspensão dos direitos políticos de todos os citados, mais o bloqueio de valores que, somados, ultrapassam os 39 milhões de reais. Além de Alckmin, a ação cita Marcos Monteiro, ex-presidente da Imprensa Oficial no governo do tucano, a construtora Norberto Odebrecht e os executivos Luiz Antônio Bueno Júnior, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Fernando Migliaccio da Silva e Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho.

Mesmo que o pedido pela suspensão dos direitos seja aceito pela Justiça, Alckmin seguirá podendo participar das eleições de 2018, segundo Renato Ribeiro de Almeida, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político. “Decisões de primeira instância não são enquadradas dentro da Lei da Ficha Limpa. Mesmo que ele venha a ser condenado, a candidatura só seria afetada em caso de uma sentença por um órgão colegiado, em segunda instância”.

Os fatos já são investigados na Justiça Eleitoral de São Paulo, mas também justificariam um processo por improbidade, escreve Castro, pelo fato de os delatores terem dito que “a finalidade desses pagamentos era manter o bom relacionamento com o Governo do Estado de São Paulo, cujo maior posto veio a ser ocupado pelo próprio Geraldo Alckmin, mantendo benefícios em licitações fraudadas, contratos, privatizações e parcerias público-privadas”.

Pela acusação apresentada por Castro, a relação entre o ex-governador e a empreiteira foi intermediada por Marcos Monteiro. Em depoimento ao processo, delatores da Odebrecht atribuíram a Monteiro o recebimento, por meio de intermediários, de nove pagamentos feitos pela empresa, entre os meses de abril e outubro de 2014, com valores que alternavam entre 500.000 reais, 1 milhão de reais e 1,5 milhão de reais. O MP atribui como “especial destaque” nas vantagens que a Odebrecht pretenderia receber em troca da gestão tucana em São Paulo as obras da Linha 6 do Metrô.

“Esse procedimento padrão foi seguido no presente feito, em que diversas doações não declaradas à Justiça Eleitoral, foram feitas ao servidor público Marcos Antônio Monteiro, para benefício direto ou indireto do também requerido Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, para pretenso auxílio em sua campanha à reeleição ao Governo do Estado de São Paulo em 2014”, relata o promotor.

Defesa
Em nota, a assessoria de imprensa de Geraldo Alckmin afirma que “não há fato novo” e que o promotor Ricardo Castro “desafia” o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que atribuiu o caso à esfera eleitoral. “Para além do barulho almejado pelo promotor, não há fato novo, apenas uma conclusão equivocada e um comportamento inusual. O promotor, inexplicavelmente, sugere algo que não existe e que jamais alguém tenha sequer cogitado, nem mesmo os ditos delatores. Nunca houve qualquer relação com atos de governo. A conclusão do promotor desafia a decisão do STJ, o entendimento consolidado do MP Federal, sendo notória a sua fragilidade técnica, irregularidade e ilegalidade”.

A assessoria de Alckmin também cita o fato relatado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual o promotor Ricardo Castro teria pedido a presença dos colegas em um anúncio que fará da ação, agendado para as 14h desta quarta-feira 5. Em release enviado à imprensa na manhã de hoje, o MPSP afirma que Castro estará acompanhado de outros três promotores: Marcelo Milani, Nelson Sampaio e Otávio Ferreira Garcia.

Chamando o anúncio agendado de “reprovável manifestação”, a assessoria de Alckmin insinua a politização da ação pelo MP. “Transformar as ações do Ministério Público em atos políticos não é compatível com o estado de normalidade democrática que vivemos hoje no Brasil. Ao contrário das campanhas adversárias, sempre nos posicionamos em absoluta defesa do Ministério Público e da Polícia Federal, que têm feito um trabalho importantíssimo no combate à corrupção. Entretanto, ações isoladas como a de hoje ferem a tradição do Ministério Público e prejudicam o devido esclarecimento do caso”.

por Guilherme Venaglia
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Japão inicia retirada de 5.000 pessoas presas em aeroporto após tufão

© AFP Caminhão fica tombado após ser atingido por fortes ventos causados pelo tufão Jebi na ponte Seto Ohashi em Sakade, província de Kagawa, na ilha de Shikoku no Japão - 04/09/2018

As autoridades do Japão começaram a retirar nesta quarta-feira (5) as 5.000 pessoas que permaneciam retidas desde ontem no aeroporto de Kansai (Osaka, oeste do país), que ficou totalmente inundado após a passagem do forte tufão Jebi.

Os bombeiros e a Guarda Litorânea utilizaram um ferry para transportar os passageiros do terminal onde tiveram que passar a noite depois que uma enchente inundou o primeiro andar do edifício e todas as pistas de aterrissagem do aeroporto, situado em uma ilha artificial, segundo informou a companhia operadora.

Mais de 200 voos foram cancelados na véspera nesse aeroporto, o terceiro com maior tráfego aéreo do Japão após os de Haneda e Narita (Tóquio). O aeroporto permanecerá fechado de forma indefinida até que seja possível retirar toda a água das pistas.

A ressaca desencadeada pelo tufão fez com que o nível do mar se elevasse em 2,4 metros na baía de Osaka, onde se encontra a ilha artificial que abriga o aeroporto.

Além disso, a ponte que conecta o terminal com a costa de Osaka teve que ser fechada devido às condições meteorológicas extremas, embora hoje tenha sido reaberta parcialmente para facilitar a evacuação dos passageiros.

O tufão, o mais forte a tocar terra no Japão em 25 anos, atingiu com violência a metade ocidental do país asiático na terça-feira. Deixou em sua passagem chuvas torrenciais, transbordamentos de rios e ventos que superaram os 210 quilômetros por hora, segundo a Agência Meteorológica (JMA).

Pelo menos 11 pessoas morreram e outras centenas ficaram feridas, segundo a imprensa local. A maioria das vítimas sofreu quedas causadas por rajadas de furacão ou foram atingidas por objetos projetados pelo vento.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cancelou uma viagem que faria para Kyushu, ilha no sul do Japão, para supervisionar a resposta do governo ao tufão e garantiu em sua página do Facebook que farão “todo o possível ” para implantar os serviços de emergência e reconstruir as infraestruturas danificadas.

Mais de 1,6 milhão de residências sofreram cortes de eletricidade em Osaka e em regiões próximas, como a cidade de Kyoto.

Além disso, um grupo de 160 alunos de escolas primárias que estavam em um alojamento rural de Kyoto ficaram incomunicáveis desde o dia anterior, por conta das estradas bloqueadas com as árvores que caíram.

Duas dessas crianças tiveram que ser transferidas pela manhã em helicóptero após terem adoecido durante a noite, explicaram fontes do Conselho de Educação local, como divulga a agência de notícias Kyodo. Várias empresas também foram afetadas.

O Jebi chega após meses de fortes chuvas, deslizamentos de terra, enchentes, e temperaturas recordes que deixaram centenas de mortos no Japão.

(Com EFE e Reuters)
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