terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Ministro do STF transfere travestis para presídio feminino

© Agência o Globo Segundo pesquisa da Associação Nacional de Transexuais (Antra), 90% das travestis e transexuais brasileiras vivem da prostituição

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na noite desta segunda-feira, a transferência de duas travestis presas em Presidente Prudente (SP) para outra unidade prisional, que seja compatível com as suas identidades de gênero. Elas estão detidas em presídio masculino desde dezembro de 2016, por determinação de um juiz da cidade paulista de Tupã.

Essa é a primeira vez que o Supremo toma uma decisão do tipo. O ofício de Barroso não tem repercussão para outros casos semelhantes, mas é um indicativo a juízes de instâncias superiores de qual a posição da Corte. Inicialmente, as duas travestis, condenadas em primeira instância pelo crime de extorsão, haviam pedido ao STF que concedesse um habeas corpus em virtude de “todo o tipo de influências psicológicas e corporais” que alegavam sofrer na prisão.

O ministro não entendeu ser o caso de libertá-las, mas sim de determinar que fossem transferidas para “estabelecimento prisional compatível”. Na sentença em que foram condenadas em primeira instância, a Justiça admitiu a acusação do Ministério Público de que ambas, que exercem a prostituição como fonte de sustento, utilizaram uma faca para extorquir um cliente a pagar um valor acima do que o combinado inicialmente.

Para sustentar a argumentação, Luis Roberto Barroso decidiu tratar em separado a questão prática dos crimes apurados da questão sexual das travestis. Para o ministro, elas devem permanecer presas pela “fundada probabilidade de reiteração criminosa e a gravidade em concreto do crime, evidenciada pela periculosidade do agente”.

No entanto, ele citou resoluções do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e da Secretaria de Administração Penitenciária, para argumentar que isso não impede a transferência para um local mais adequado. A partir de agora, caberá à Comarca de Tupã, responsável pela execução da pena – que é de seis anos de prisão – indicar o presídio para o qual as duas travestis devam ser transferidas.

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por Guilherme Venaglia
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Prazo para recurso de Lula contra condenação termina hoje

© Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem até as 23h59 de hoje para entrar com recurso no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) contra a condenação de 12 anos e 1 mês de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP).

Lula tem direito a recorrer por meio de um embargo de declaração, recurso no qual a defesa poderá questionar obscuridades nos votos dos desembargadores do TRF-4. Os magistrados não têm prazo para analisar o recurso. Caberá ao relator da Lava Jato na Corte, desembargador João Pedro Gebran Neto, receber o embargo, elaborar um relatório e seu o voto e marcar a data para julgamento.

Na primeira instância, o ex-presidente havia sido condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão. Após a publicação do acórdão do embargo de declaração, a defesa pode, em até 12 dias, entrar com outro embargo de declaração relativo ao recurso anterior. Este novo embargo também é analisado pelos desembargadores.

A defesa de Lula tem direito ainda a entrar com Recurso Especial perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e com Recurso Extraordinário no Supremo Tribunal Federal. Esses recursos devem ser apresentados simultaneamente e não têm efeito suspensivo. Os advogados podem, no entanto, pedir a suspensão do envio do cumprimento da medida para Curitiba enquanto as Cortes em Brasília não julgarem os pedidos.

Habeas corpus
Em pedido feito ontem ao Supremo Tribunal Federal, a defesa do ex-presidente requer que seja notificada da data em que o habeas corpus irá a julgamento no plenário da Corte. Questionada ontem, porém, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, informou por meio de sua assessoria não haver previsão de quando o caso será incluído na pauta.

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PGR se manifesta contra recurso de Lula no Supremo

© Reuters Também tramita no STF um habeas corpus preventivo a favor de Lula

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta segunda-feira (19) parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contrário ao pedido protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rever a condenação pela Justiça Federal no caso do tríplex do Guarujá (SP). As informações são da Agência Brasil.

No parecer, a procuradora sustenta que não cabe ao STF reanalisar as provas que justificaram a condenação de Lula. "O agravante, ao utilizar-se do termo reavaliação, busca realizar um jogo de palavras de modo a requerer, na verdade, o reexame de matéria de prova. Uma simples leitura do acórdão recorrido bem demonstra a impossibilidade de avaliar suas conclusões, sem uma imersão pelo conjunto probatório dos autos", argumentou.

Também tramita no STF um habeas corpus preventivo a favor de Lula. No pedido, os advogados pretendem evitar a eventual prisão preventiva dele após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal.

CONDENAÇÃO
No dia 24 de janeiro, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá e aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão. Na decisão, seguindo entendimento do STF, os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda instância da Justiça Federal.

Com o placar unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão, e, dessa forma, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso. Com informações da Folhapress.

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Irã encontra destroços de avião que caiu com 65 pessoas em topo de montanha

© Foto: Reuters/Tasmin

O Irã localizou um avião de passageiros que caiu com 65 pessoas a bordo, disse um porta-voz militar nesta terça-feira, dois dias depois de a aeronave ter desaparecido do radar sobre um terreno montanhoso.

O voo da Aseman Airlines partiu de Teerã no domingo e desapareceu a 50 minutos de Yasuj, cidade do sudoeste iraniano que era seu destino. O porta-voz disse que a aeronave se chocou com uma montanha. Não se espera encontrar sobreviventes.

As temperaturas glaciais e o terreno montanhoso dificultaram os esforços de busca e resgate, aumentando a tristeza e o sofrimento das famílias das vítimas e da sociedade como um todo em um país que culpa décadas de sanções pelo mau estado de seus aviões.

O bimotor turboélice ATR-72 tinha mais de 24 anos de idade. De acordo com dados citados no site da Fundação para a Segurança na Aviação (aviation-safety.net), ele havia ficado seis anos fora de uso e voltado a ser usado só três meses atrás.

Os destroços finalmente foram localizados por um drone militar, disse Ramezan Sharif, porta-voz da Guarda Revolucionária.

"Dois helicópteros foram enviados para as coordenadas que o drone localizou, e encontraram os destroços", informou a televisão estatal. "O avião atingiu o topo da montanha e depois caiu 30 metros mais abaixo".

Após uma longa espera pela localização do avião, familiares terão que suportar novos atrasos até os corpos de seus entes queridos serem recuperados, já que os helicópteros não conseguem pousar no terreno inóspito e o trabalho terá que ser feito a pé, disseram autoridades dos serviços de emergência.

Mais de 100 pessoas protestaram diante de um escritório do governo local do condado de Dena Kooh na segunda-feira, exigindo que as autoridades renunciem pela maneira como lidaram com o desastre – anúncios de que os destroços haviam sido encontrados foram feitos na segunda-feira e negados mais tarde.

Um vídeo da agência de notícias Tasnim mostrou um homem revoltado gritando para o ministro iraniano das Estradas e do Desenvolvimento Urbano, Abbas Akhoundi: "Você teria voado no mesmo avião?"

O Irã teve vários acidentes aéreos nas últimas décadas. Teerã culpa as sanções impostas pelos Estados Unidos por impedirem a nação de importar novas aeronaves ou peças de reposição.

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por Bozorgmehr Sharafedin
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PT fixa cartazes em campanha contra prisão de Lula

© REUTERS / Paulo Whitaker O ex-presidente Lula teve sua condenação confirmada no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) no dia 24 de janeiro

Militantes petistas e do PCO iniciaram neste domingo (18) uma campanha contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foram fixados cartazes na avenida Paulista com a inscrição "Não à prisão de Lula", "Abaixo o golpe".

Sobre a mensagem, uma fotografia de Lula. Chamados de "lambe", esses cartazes foram colados em muros e postes ao lado da Fiesp.

Como a Folha de S.Paulo antecipou, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo programam para esta semana uma série de atividades contra a prisão de Lula.

CONDENAÇÃO
O ex-presidente Lula teve sua condenação confirmada no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) no dia 24 de janeiro. Os juízes votaram por aumentar a pena do petista para 12 anos e um mês de prisão. Em julho de 2017, o juiz Sergio Moro havia determinado nove anos e seis meses de prisão.

Na ação apresentada pelo Ministério Público Federal, Lula foi acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras. O valor, apontou a acusação, se referia à cessão pela OAS do apartamento tríplex ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial (este último ponto rejeitado por Moro). Com informações da Folhapress.

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Paciente que recebeu órgão de youtuber morre após transplante

© Reprodução / Facebook A família doou o fígado da youtuber Isabelly Cristina Santos, morta com um tiro na cabeça no PR

Familiares da Isabelly Cristina Santos, que foi morta com um tiro na cabeça no litoral do Paraná, autorizaram a doação dos órgãos da jovem. Na última quinta-feira (15), um paciente recebeu o fígado de Isabelly. No entanto, ele não respondeu bem ao transplante, que é considerado pelo hospital como sendo de alta complexidade, e acabou morrendo.

"O hospital e sua equipe médica lamentam o óbito e se solidarizam com a famíllia neste momento difícil", informou o boletim de ocorrência sobre a morte do paciente.

O transplante foi realizado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba.

De acordo com o G1, o índice de mortalidade de transplantados de fígado na instituição é de 20 a 30%, segundo os médicos. O resultado está dentro dos parâmetros diante da complexidade do procedimento, ainda conforme o hospital.

Além do fígado, a mãe de Isabelly autorizou a doação dos rins e do pâncreas da adolescente, que tinha 14 anos.

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Câmara aprova decreto de intervenção federal na segurança do Rio

© André Dusek/Estadão Rodrigo Maia com a relatora da intervenção federal na segurança do Estado do Rio de Janeiro, a deputada Laura Carneiro. Câmara aprovou o decreto presidencial.

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta terça-feira, 20, o decreto que autoriza a intervenção federal na Segurança Pública do Rio. A matéria segue agora para o Senado, que deve apreciá-la ainda nesta terça.

Esta é primeira vez que o Congresso analisa uma matéria como essa desde a vigência da Constituição de 1988. O texto foi aprovado por 340 votos a favor, 72 contra e 1 abstenção.

Por se tratar de um decreto presidencial, a intervenção já está em vigência. Coube ao plenário apenas dizer se aceitava ou revogava a decisão tomada pelo governo, sem ter o direito de fazer modificações no mérito da proposta.

Durante a votação, que durou mais de sete horas, parlamentares se revezaram na tribuna. O quórum se manteve alto durante toda sessão, mas a oposição obstruiu a sessão e usou recursos para alongar a discussão.

Em ano eleitoral, os deputados do Rio também aproveitaram para fazer longos discurso e marcar posição. A maioria deles votou a favor da medida, com exceção de nomes do PT, PCdoB e do PSOL.

Inicialmente contrário à medida, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez uma contundente defesa da intervenção. Segundo ele, a medida tornou-se “urgente e necessária porque o poder estadual exauriu sua capacidade para impor a autoridade”.

Em seu discurso, ele defendeu a aprovação do decreto porque o crime organizado se transformou o “inimigo comum a todos os homens e mulheres de bem”. “Basta de nos chocarmos com a imensurável dor de pais e mães que perdem seus filhos e filhas brutalmente assassinados”, disse.

Para alguns deputados, o tom adotado por Maia foi de campanha, uma vez que ele é pré-candidato ao Palácio do Planalto.

No campo da oposição, o discurso foi de que o governo editou o decreto para gerar uma cortina de fumaça e esconder o fracasso da reforma da Previdência, admitido nesta segunda pelo Palácio do Planalto. “Sem voto para dizer aos bancos que não podia cumprir a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer tentou mudar a pauta desse País e se utilizou do desespero e da fragilidade das pessoas do meu stado”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Os oposicionistas também acusaram o governo de usar a medida com intenção eleitoral. O decreto foi assinado por Temer na última sexta-feira. A intervenção foi discutida na noite anterior com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que declarou ter perdido o controle da situação no Estado. A medida tem validade até 31 de dezembro.

Sugestões
Relatora da matéria, a deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) fez sugestões ao texto, que devem ser analisadas pelo Executivo. A principal delas foi dar poder de polícia aos militares que atuarem durante a intervenção e garantir que os militares sejam julgados somente pela Justiça Militar e não pela Justiça comum caso cometam alguma irregularidade durante as ações.

Ela também afirmou que o governo deve garantir recursos não apenas para as ações da intervenção, mas também para assistência social tanto para este ano quanto para o Orçamento de 2019. "É evidente que, sem o aporte significativo de recursos federais, a intervenção federal não conseguirá atingir minimamente seus objetivos", disse a deputada.

por Isadora Peron e Daiene Cardoso
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Derrota para o Santos evidencia problema do São Paulo no ataque

O técnico Dorival Júnior e o centroavante Diego Souza têm sido criticados pela torcida (Divulgação/saopaulofc.net)

O clássico contra o Santos evidenciou um problema do São Paulo que vem se arrastando desde o início da temporada: a ausência de variações de jogadas ofensivas. O Tricolor versão 2018 aposta na velocidade dos laterais para chegar ao gol adversário. A tática tem dado certo em alguns momentos, mas torna a equipe fácil de ser marcada pelos rivais.

Não há dúvidas de que o São Paulo jogou melhor do que o Santos no Morumbi. Os mandantes tiveram 57% de posse de bola, finalizaram 20 vezes ao gol adversário, trocou 435 passes (110 a mais que o Peixe) e teve 10 escanteios - contra apenas 4 do rival. Mesmo com todas as estatísticas ao seu favor, o Tricolor saiu derrotado. Uma das explicações plausíveis para o fracasso da equipe no San-São é a insistência das jogadas pelas laterais. O técnico Jair Ventura preparou o sistema defensivo do Peixe baseado na forma como o São Paulo joga e saiu com os três pontos do Morumbi. O veloz Marcos Guilherme ficou muito bem marcado, enquanto Nenê e Cueva tiveram dificuldades para criarem do lado esquerdo.

Com os lados do campo entupidos, a solução seria criar pelo meio. O problema, contudo, é a dificuldade do São Paulo de chegar ao gol adversário por esse setor. O time quase sempre domina o meio, mas não tenta as penetrações dos volantes e dos meias. Com isso, Diego Souza quase não aparece na partida e precisa sair da área para buscar a bola.

Nos treinamentos do Tricolor no CT da Barra Funda é comum ver o técnico Dorival Júnior pedir que o time concentre os ataques pelos lados. A ideia é de que os atacantes, meias e laterais triangulem e um deles chegue à linha de fundo para colocar a bola dentro da área, sempre rasteira e com força. Desta forma, inclusive, saíram os gols do Tricolor contra Madureira, Corinthians, Mirassol, Bragantino e Bragantino. Definitivamente, a jogada é o carro-chefe do São Paulo para a temporada 2018. O início de ano do Tricolor não é ruim. São cinco vitórias, um empate e três derrotas em nove jogos. O time, aos poucos, demonstra um sistema de jogo e tem uma defesa sólida, apesar das constantes mudanças dos zagueiros, ora por determinação médica, ora por lesão. Para ser mais competitivo e surpreender os adversários, a equipe do Morumbi precisa ter um leque mais amplo de jogadas ofensivas. É o Calcanhar de Aquiles da equipe.

por Yago Rudá
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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Le Monde vê manobra de Temer em decisão sobre intervenção militar no Rio

© Fournis par France Médias Monde REUTERS/Ricardo Moraes

Ao relatar a intervenção militar para restabelecer a segurança no Rio de Janeiro, o jornal francês Le Monde diz que a decisão de Michel Temer, "presidente de ...

A menos de um ano do término do mandato, alguns veem essa escolha como "uma manobra visando apagar a incapacidade do governo de votar a reforma da Previdência, um elemento crucial" da gestão Temer. "Outros criticam uma medida condenada ao fracasso num estado falido, onde a violência extrema compete com a indigência dos serviços públicos", informa Le Monde.

A correspondente em São Paulo, Claire Gatinois, questiona se o Carnaval extremamente politizado este ano não teve influência sobre a decisão de Temer. "O desfile da Beija-Flor, campeã de 2018, retratou a tragédia que se abate sobre a antiga capital do país, fazendo desfilar a corrupção, a morte, os policiais assassinados e a indecência dos políticos."

Na opinião do cientista político Mathias Alencastro, ouvido pela publicação, "esse Carnaval de conteúdo político reforçou a ideia de que o Rio de Janeiro estava em uma situação de anarquia".

Depois de apresentar um breve resumo com os números da violência no Rio, Le Monde elenca críticas feitas à intervenção do Exército.

"Apenas em 2017, o estado registrou 6.731 mortes violentas, duas a cada três horas. Diariamente, os jornais brasileiros relatam tiroteios e tragédias absurdas de famílias atingidas por balas perdidas ou vítimas de agressões. Em 6 de fevereiro, a população se emocionou com a morte de uma garota de 3 anos, Emily, atingida no carro de seus pais por ladrões em pânico. No mesmo dia, Jeremias, 13, morreu com uma bala no peito quando jogava futebol na favela Complexo da Maré. De acordo com a organização não governamental Rio de Paz, 44 crianças morreram de balas perdidas desde 2007."

"Este decreto não atende às necessidades do Rio. Não conseguimos paz militarizando a polícia. O resultado será uma escalada de violência", adverte Adilson Paes de Souza, ex-tenente-coronel do Exército e autor de um livro sobre o mal-estar da polícia brasileira.

"Construamos escolas e fecharemos prisões", diz Francisco Chao, diretor do Sindicato da Polícia Civil do Rio de Janeiro, parafraseando o escritor francês Victor Hugo."

Lembranças da ditadura
Em um país onde a memória da ditadura militar (1964-1985) permanece nas mentes, a demonstração de firmeza de Temer causa arrepios, explica Le Monde, acrescentando que o ministro da Defesa tentou atenuar os temores. "A democracia exige ordem. Esta medida visa fortalecer a democracia. Não haverá restrição de direitos", tentou tranquilizar na sexta-feira Raul Jungmann, o ministro da Defesa.

O diário francês conta que "as redes sociais foram invadidas por memes de Temer imitando o marechal Castelo Branco, principal arquiteto do golpe de 1964". Na avaliação de Mathias de Alencastro, "o governo sabe que não deixará marcas e, numa última tentativa de golpe, busca satisfazer o eleitorado mais extremista, que vê a salvação apenas na intervenção militar", resume o especialista.

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Aliados reavaliam acordos com o PT no Nordeste

© Foto: Reuters

BRASÍLIA - Após o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) confirmar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliados do petista no Nordeste ameaçam rever acordos locais com o partido. A decisão em segunda instância no caso do triplex do Guarujá tende a tornar o petista inelegível e sua eventual candidatura ao Planalto dependeria de decisões judiciais.

Líderes do MDB já avaliam romper alianças ou recuar em acertos prévios com o PT caso a sigla tenha outro candidato a presidente. O Nordeste é o principal reduto eleitoral do ex-presidente. Em agosto do ano passado, Lula percorreu a região em uma caravana na qual começou a costurar alianças para as eleições deste ano.

À época, o petista já tinha sido em condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro. Em janeiro, no entanto, o ex-presidente foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão, decisão que colocou incerteza na sua candidatura.

Para evitar uma “debandada”, o ex-presidente procurou caciques para convencê-los a manter acordos com o PT nos Estados mesmo se ele não puder ser candidato. Isso porque os aliados de Lula garantem apoio ao petista, mas não ao restante do PT.

Um dos caciques do MDB que Lula já procurou foi o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE). Eles marcaram um encontro para o início de março. Candidato à reeleição, o emedebista negocia aliança com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que também tentará se reeleger, e já declarou publicamente que seu candidato à Presidência seria Lula. Segundo interlocutores, caso o petista não seja o candidato, Eunício pode migrar para outro palanque presidencial.

Lula também tem conversado frequentemente com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é candidato à reeleição. O parlamentar alagoano defendeu publicamente o ex-presidente após o julgamento, mas reiterou a aliados que sua aliança é “pessoal” com o petista e não se estende a um substituto.

Outros partidos também ameaçam não se aliar ao PT no Nordeste se Lula não for candidato. Na Bahia, maior colégio eleitoral da região, há um movimento de parte do PP para desfazer a aliança com o governador petista Rui Costa, que disputará a reeleição. O objetivo da sigla, que tem o vice-governador, João Leão, seria aderir à campanha a governador do atual prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, que é do DEM.

O deputado Afonso Florence (PT-BA) minimiza e diz que mesmo uma eventual prisão de Lula não alteraria o cenário no Estado. “Acho que até na hipotética, eu diria improvável, prisão de Lula, ele cresce. No caso da Bahia, considerando que tem um governo estadual, não vejo nenhum impacto direto na redução de densidade eleitoral ou redução de apoio a Rui Costa. O que pode pesar é a pressão dos partidos nacionais, mas acho improvável”, afirmou.

Candidato próprio. Além de Ceará e Bahia, o PT pretende ter candidato próprio ao governo em pelo menos outros dois Estados do Nordeste: Piauí e Rio Grande do Norte. No Piauí, o governador Wellington Dias tentará reeleição.

Em Pernambuco, a situação está indefinida. Antes da condenação, Lula incentivava integrantes do partido a apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB). Sem o ex-presidente, Monteiro intensificou negociações com DEM, MDB e PSDB, adversários do PT no Estado.

“Uma candidatura forte que tenha o apoio de Lula tem tudo para vingar. Se ele não for candidato, naturalmente que, de alguma forma, isso muda, mas ele continua com uma grande capacidade de transferência de votos”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE). Segundo ele, a decisão do partido será tomada em março e levará em consideração os quadros local e nacional.

por Julia Lindner, Igor Gadelha e Renan Truffi
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Nas primeiras horas da intervenção, arrastão interrompe trânsito na Avenida Brasil

© Fabio Motta/Estadão A Avenida Brasil é a principal via de acesso ao município do Rio de Janeiro

RIO - Já sob intervenção federal na área da segurança pública, o Rio continua sendo palco de arrastões e outros crimes. Menos de sete horas depois que o presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto que instituiu a intervenção, uma ocorrência policial interditou a Avenida Brasil, principal via de acesso à capital fluminense, na altura do Caju (zona norte), por volta das 20h desta sexta-feira (16).

Segundo a PM, assaltantes promoveram um arrastão na saída da ponte Rio-Niterói, roubaram veículos e fugiram em direção à favela do Caju. Mas eles se depararam com policiais militares que faziam ronda de rotina. Houve troca de tiros e os assaltantes acabaram abandonando três veículos na própria Avenida Brasil. Eles conseguiram fugir a pé. A via foi interditada ao trânsito de veículos.

Até as 22h, não havia registro de feridos, mas várias supostas testemunhas do tiroteio haviam publicado relatos nas redes sociais dando conta de terem fugido na contramão, para escapar do tiroteio. Os três automóveis foram apreendidos pela polícia.

fonte
por Fábio Grellet
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Em comunicado interno, comandante do Exército diz que intervenção exigirá 'sacrifício'

© Dida Sampaio/Estadão O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, no QG do Exército, em Brasília

BRASÍLIA - O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, divulgou comunicado interno nesta sexta-feira, 16, no qual informa sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. No texto, o general diz entender que a "a solução exigirá comprometimento, sinergia e sacrifício dos poderes constitucionais, das instituições e, eventualmente, da população".

O documento, divulgado em nome do chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general Otávio Santana do Rêgo Barros, diz que o presidente da República nomeou como interventor o general de Exército Walter Souza Braga Netto, Comandante Militar do Leste.

Diz ainda que o comandate do Exército "analisou os impactos dessa decisão para a Força Terrestre e determinou que todos os esforços convergissem para a concretização da missão atribuída ao Oficial-General".

O decreto que determina a intervenção federal no Rio foi publicado nesta sexta-feira, 16, e entrou em vigor imediatamente. Os detalhes da intervenção serão discutidos em reunião neste sábado, 17, no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, quando está prevista uma reunião com a presença do presidente Michel Temer, o interventor, ministros e o governador Luis Fernando Pezão.

Leia abaixo a íntegra do comunicado interno do Exército:

Incumbiu-me o Senhor Comandante do Exército de informar à Força o que se segue:

1. O Sr. Presidente da República, no uso de suas atribuições constitucionais, nomeou Interventor Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, o General de Exército Walter Souza Braga Netto, Comandante Militar do Leste.
2. O Comandante do Exército, após reunião com o Alto-Comando do Exército, analisou os impactos dessa decisão para a Força Terrestre e determinou que todos os esforços convergissem para a concretização da missão atribuída ao Oficial-General.
3. O Comandante do Exército, acompanhado pelo General Braga Netto, foi recebido pelo Sr. Presidente da República em audiência nesta tarde, onde foram apresentados alguns pontos que devem ser detalhados e regulamentados em Decreto Presidencial complementar.
4. O Comandante do Exército, em face da gravidade da crise, entende que a solução exigirá comprometimento, sinergia e sacrifício dos poderes constitucionais, das instituições e, eventualmente, da população.

Gen Div OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS
Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército

por Tânia Monteiro
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Horário de verão termina esta noite

Relógios deverão ser atrasados uma hora. Edição de 2018/2019 será bem menor

Rio - Em vigor desde outubro de 2017, o horário de verão termina à meia-noite de hoje no Distrito Federal e nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), do Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) e do Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). À 0h do domingo, os moradores devem atrasar o relógio em uma hora.

Com o fim do horário de verão, o Nordeste do país volta a ficar com o mesmo horário de Brasília. Já o leste do Amazonas e os Estados de Roraima e Rondônia ficam com uma hora a menos; enquanto o Acre e o oeste do Amazonas, duas horas atrás.

Criada com a finalidade de economizar energia nos meses mais quentes do ano, quando os dias são mais longos, a medida foi adotada no Brasil pela primeira vez em 1931.

Decreto do presidente Michel Temer (MDB) encurtou em duas semanas a duração do próximo horário de verão para que as apurações do segundo turno das eleições, em 28 de outubro, não ocorram em horários diferentes em estados que não dispõem da medida.

Por isso, o próximo horário se verão se iniciará somente no primeiro domingo de novembro (dia 4), não mais no terceiro domingo de outubro (dia 21). No fim do ano passado, o governo sinalizou para a possibilidade de abolir o regime, por não haver consenso quanto à relação com a economia de energia elétrica.

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Huck enfim decide: não será candidato

Na quinta-feira passada, Huck havia jantado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Depois do encontro, o tucano afirmou que o apresentador estava "considerando" se lançar na disputa

Huck desistiu da candidatura - Reprodução do Instagram.

Brasília - O apresentador Luciano Huck manteve sua decisão de não concorrer à Presidência este ano. O global confirmou ontem o veredito. "Não serei candidato mas não quero falar mais sobre o assunto agora. Preciso digerir a decisão", disse.

Na quinta-feira passada, Huck havia jantado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Depois do encontro, o tucano afirmou que o apresentador estava "considerando" se lançar na disputa.

Pressionado pela Rede Globo a se definir, Huck levou em conta a perda do alto salário da emissora, além de que a esposa, Angélica, também seria obrigada a se desvincular do canal.

Ontem, o ministro Napoleão Nunes Maia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou arquivar uma ação movida pelo PT contra a Globo e os apresentadores Huck e Fausto Silva.

Para o partido, houve campanha eleitoral antecipada durante a participação de Huck no programa "Domingão do Faustão".

O ministro, no entanto, levou em conta que Huck já afirmou publicamente e reiterou à Justiça Eleitoral que não será candidato.

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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

PGR se manifesta contra retorno de Sérgio Cabral a presídio no Rio

© José Cruz/Agência Brasil No mês passado, ao transferir o ex-governador para um presídio em Curitiba, Moro atendeu a pedido do MPF

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta quarta-feira (14) parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o pedido da defesa de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, para anular decisão do juiz federal Sérgio Moro e manter o político carioca preso no sistema prisional do Rio de Janeiro. O relator do caso no Supremo é o ministro Gilmar Mendes.

No mês passado, ao transferir o ex-governador para um presídio em Curitiba, Moro atendeu a pedido do MPF (Ministério Público Federal), ante constatação de regalias ao ex-governador na unidade em que estava preso no Rio. Cabral é réu em 20 processos e está preso preventivamente por acusações de corrupção. As informações são da Agência Brasil.

No entendimento da procuradora-geral, a transferência ocorreu com base em provas de que Cabral estava recebendo regalias na prisão, como entrada de alimentos proibidos, uso de aquecedor elétrico, chaleira, sanduicheira, halteres, dinheiro além do limite permitido e colchões diferenciados das demais celas.

"A situação exigia, assim como ainda exige, a adoção de medidas reativas, enérgicas, a fim de não tornar tábula rasa os objetivos de uma custódia cautelar preventiva, máxime envolvendo uma criminalidade econômica e política, reconhecida como de 'colarinho branco'", disse Raquel Dodge.

DEFESA
No habeas corpus, a defesa de Cabral sustenta que o ex-governador não recebeu regalias na prisão. A defesa também lembrou que a Polícia Federal usou algemas nas mãos e nos pés do ex-governador durante a transferência.

"Se o paciente foi transferido do Rio de Janeiro sob o pretexto de que precisava ser tratado da mesma forma como os outros presos, em Curitiba aconteceu justamente o contrário. Não há notícia de um só preso [dos processos da Lava Jato ou de qualquer outro] a quem se tenha dispensado tratamento tão degradante como o que recebeu o ex-governador Sérgio Cabral em Curitiba", disse a defesa. Com informações da Folhapress.

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Da Suécia, Crivella avisa que acompanha situação do Rio

© Agência Brasil Crivella: nesta quarta-feira, 14, o prefeito publicou um vídeo dizendo que está na Suécia a trabalho

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), que está na Europa, escreveu em sua página no Facebook que “está acompanhando a situação” do temporal que deixou três mortos no Rio, na madrugada desta quinta-feira, 15.

A mensagem foi publicada com uma foto dos secretários de Conservação e da Casa Civil, Jorge Felippe Neto e Paulo Messina, no Centro de Operações da Prefeitura, órgão do município que gerencia situações de crise.

“Caros amigos, estou acompanhando a situação. O alerta de crise para a chuva intensa foi dado e a defesa civil foi colocada em prontidão para atuar prontamente em caso de acidentes graves. Enviei os secretários Jorge Felippe Neto e Paulo Messina ao COR para coordenar as equipes. Em poucos minutos o estágio de crise será rebaixado para alerta, mas continuaremos atentos para qualquer emergência”, escreveu Crivella.

Nesta quarta-feira, 14, Crivella publicou um vídeo dizendo que está na Suécia a trabalho, e que já passou pela Alemanha, Áustria e está em Linköping (cidade no sul da Suécia) “em busca de tecnologias que possam fazer parte do sistema de segurança da Cidade do Rio de Janeiro”. “Os desafios são muitos, mas com trabalho e dedicação venceremos todos”, escreveu.

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por matheuscedro
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Bolsonaro articula apoio na Câmara contra isolamento

© Foto: Getty

BRASÍLIA - Prestes a se filiar ao nanico PSL, o pré-candidato ao Planalto e deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tenta formar uma bancada suprapartidária no Congresso para compensar a frágil estrutura partidária que conseguiu arregimentar até o momento para a eleição deste ano. Com dificuldades de fazer coligações com siglas médias, Bolsonaro busca uma rede de apoio de parlamentares de outras legendas.

A menos de dois meses do prazo final para novas filiações, o partido pelo qual Bolsonaro deve concorrer tem apenas três deputados federais, sendo que dois deles já declararam que vão deixar a legenda com a chegada do presidenciável.

Na mais recente pesquisa Datafolha, o deputado teve 16% das intenções de voto, atrás apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (37%). As próximas consultas são vistas como decisivas pelo grupo do pré-candidato para convencer parte dos 42 deputados que participam de encontros fechados para discutir sua campanha a migrar para o PSL. Destes, 22 já declararam apoio abertamente.

A estratégia é atrair nomes que tenham ligação com as bandeiras do presidenciável, mesmo que não leve o apoio do partido com ele. Um dos integrantes da “bancada Bolsonaro” na Câmara é Alberto Fraga (DEM-DF), pré-candidato ao governo do Distrito Federal, que é próximo ao presidenciável desde o tempo em que fizeram curso na Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais, no Rio, no começo dos anos 1960.

O aliado avaliou que Bolsonaro precisa aumentar o diálogo com os colegas na Casa, pois a força das redes sociais é limitada. “Não adianta ser presidente se não tiver apoio aqui dentro”, afirmou. “Ele precisa ouvir mais os amigos deputados e menos assessores que não conhecem o processo político.”

O temor é o afastamento de aliados com votações expressivas, como o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), um dos mais próximos do pré-candidato na Câmara. Ele já avisou que vai para o Podemos, que tem o senador Álvaro Dias (PR) como aposta para o Planalto.

Evangélicos. Outro foco das investidas de Bolsonaro é a bancada evangélica, mas até agora a maioria mantém neutralidade na disputa presidencial. Os parlamentares evangélicos consideram importante para seus redutos o debate sobre segurança pública, mas viram como “radical” o discurso do pré-candidato de que distribuiria fuzis para fazendeiros. Até agora, a única certeza da bancada é de que não há diálogo com a esquerda.

Para o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), especialmente no colégio eleitoral do Rio, Bolsonaro desponta com favoritismo, o que pode ser importante para levá-lo a um segundo turno. Cavalcante afirmou, porém, que o presidenciável ainda não demonstrou disposição para conversar com dirigentes de partidos. “Ele tem feito reuniões com parlamentares, mas não partidárias. Política se faz com diálogo. Se não dialogar, ele inviabiliza a candidatura.”

Primeiro deputado a levar Bolsonaro ao Ceará, Estado que vive uma guerra de facções criminosas, o deputado Cabo Sabino (PR-CE) aposta em coligações com partidos pequenos, como PHS, PRTB, PMN, PPL e o próprio PSC, onde Bolsonaro está atualmente.
“Essas alianças garantem um tempo maior na propaganda gratuita no rádio e na TV”, disse. Sabino é cético em relação ao diálogo com outras legendas. “Como na vida militar, a política tem hierarquia. Partido grande não quer ser comandado por legenda pequena.”

Tamanho. Um dos aliados de Bolsonaro de mais projeção na Câmara, o deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS) avaliou que as “pressões” das cúpulas dos grandes partidos não vão impedir a montagem de uma bancada suprapartidária. Para o parlamentar gaúcho, o “fator rua” vai definir o tamanho da bancada de Bolsonaro.

“A tendência dele é crescer, pois é popular. Esse é o drama da esquerda e da imprensa engajada”, disse. “No impeachment (de Dilma Rousseff), só tínhamos 150 votos na Câmara, mas diante da voz das ruas, esse número aumentou. Jair Bolsonaro está construindo um grupo sem balcão de negócios.”

Procurado pelo Estado, Bolsonaro não quis se manifestar.

por Leonencio Nossa
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Raquel se manifesta contra pedido de Lula para evitar prisão

© REUTERS/Ueslei Marcelino Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, durante cerimônia no Supremo Tribunal Federal

A procuradora-geral da República Raquel Dodge se manifestou contra habeas corpus preventivo movido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Advogados recorreram ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal para para evitar a prisão do petista por execução de sua pena de 12 anos e 1 mês imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região no caso triplex. Em parecer sobre o pedido de Lula, Raquel saiu em defesa da execução de penas após o esgotamento de recursos contra condenações em segunda instância.

O Supremo Tribunal Federal decidiu, em outubro de 2016, manter a possibilidade de execução de penas - como a prisão - após a condenação pela Justiça de segundo grau e, portanto, antes do esgotamento de todos os recursos. Por 6 votos a 5, a Corte confirmou o entendimento em um julgamento que deverá ter efeito vinculante para os juízes de todo o País.

A defesa do ex-presidente, no entanto, argumenta que a decisão do Supremo, de 2016, não é vinculante, ou seja, não necessariamente tem repercussão geral no Judiciário.

"O segundo grau de jurisdição é a última instância judicial em que as provas e os fatos são examinados. No tribunal de apelação, o réu tem sua última oportunidade de contestar as provas e os fatos que o ligam ao crime. Para condená-lo, sua culpabilidade deve estar comprovada, o que engloba a comprovação do fato típico e do vínculo que o liga ao fato", rebate a procuradora-geral.

A procuradora-geral ainda diz que 'exigir o trânsito em julgado após o terceiro ou quarto grau de jurisdição para, só
então, autorizar a prisão do réu condenado, é medida inconstitucional, injusta e errada'.

"Também favorece a impunidade e põe em descrédito a justiça brasileira, por perda de confiança da população em um sistema em que, por uma combinação de normas e fatores jurídicos, a lei deixa de valer para todos", avalia.

A procuradora-geral ainda pontua que o 'precedente vinculante veio justamente permitir a prisão do réu condenado por Tribunal antes do trânsito em julgado da condenação para as duas partes e independentemente de razões cautelares'.

"A essência deste precedente é estabelecer que a observância do duplo grau de jurisdição cumpre a exigência constitucional da presunção de inocência: por isso, a condenação do réu por Tribunal autoriza o início da execução da pena, ainda que pendentes de julgamento recursos extraordinários e especial, pois estes não permitem reexame dos fatos. A Constituição não exige terceiro ou quarto grau de jurisdição: exige apenas o duplo grau".

Para Raquel, 'como os recursos extraordinário e especial não têm efeito suspensivo sobre a decisão condenatória do Tribunal, não impedem a produção dos efeitos dos acórdãos condenatórios por eles impugnados'. "Por isso, o início da execução da condenação, com a prisão do réu, pode ocorrer logo após o encerramento da jurisdição do Tribunal Regional Federal da 4a Região, com o julgamento dos recursos ali interpostos pelo réu".

'Não conhecimento'. A procuradora-geral defende também que o ministro não conheça o habeas já que o mesmo pedido ainda não foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. O vice-presidente da Corte Superior, Humberto Martins, apenas negou liminar à defesa de Lula. O mérito ainda não foi avaliado pela Corte.

Segundo Raquel, o pedido de Lula 'esbarra no enunciado n.º 691 da Súmula do STF', que pacifica: "Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar."

Triplex. O ex-presidente foi sentenciado a 9 anos e 6 meses pelo juiz federal Sérgio Moro, que entendeu serem o triplex 164-A, no condomínio Solaris, e suas respectivas reformas, propinas de R$ 2,2 milhões da construtora OAS. A pena não apenas foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, como também aumentada pelos desembargadores para 12 anos e 1 mês.

Ao condenar Lula, desembargadores pediram para que a pena seja executada após esgotados os recursos no âmbito da Corte de apelações da Lava Jato. Em razão da unanimidade da condenação no TRF-4, cabe à defesa de Lula, naquela instância, embargos declaratórios, recurso por meio do qual se questiona obscuridades nos votos dos desembargadores.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO CRISTIANO ZANIN MARTINS, QUE DEFENDE LULA

"O posicionamento da Procuradora-Geral da República baseou-se exclusivamente em decisão tomada em 2016 pelo Supremo Tribunal Federal, sem caráter vinculante e por apertada maioria. O entendimento firmado naquela ocasião vem sendo revisto em diversas decisões proferidas recentemente pelos ministros do STF em casos similares ao do ex-Presidente Lula, o que também ocorre em relação à aceitação do próprio habeas corpus no estágio atual do processo".

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por Luiz Vassallo e Amanda Pupo
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Planalto pede para Segovia 'submergir'

BRASÍLIA - A cúpula do governo pediu para o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, "submergir" e parar de falar sobre investigações em andamento. O recado foi transmitido a Segovia, nos últimos dias, após ele ter indicado que o inquérito contra o presidente Michel Temer - aberto para apurar denúncias de irregularidades na edição do Decreto dos Portos - seria arquivado.

© DIDA SAMPAIO/ESTADÃO O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia

Na avaliação do Palácio do Planalto,a entrevista de Segovia à agência de notícias Reuters causou constrangimento a Temer e ao delegado Cleyber Lopes, responsável pelas apurações. Em conversas reservadas, auxiliares de Temer lembraram não ser a primeira vez que o diretor-geral da PF "fala demais", provocando mal-estar no governo.

A Comissão de Ética Pública da Presidência vai analisar o caso do diretor-geral da PF na próxima segunda-feira, quando o colegiado terá reunião.

O presidente da comissão, Mauro Menezes, afirmou que Segovia pode ser alvo de um inquérito para apurar se houve alguma conduta não condizente com o cargo ocupado por ele. "Se houver o ingresso de alguma representação, nós certamente levaremos na reunião de segunda-feira. Se não houver nada até lá, a própria comissão poderá discutir o caso e decidir se abre ou não um processo", disse Menezes ao Estado.

Segovia também foi intimado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso a se manifestar nos autos sobre o teor de suas declarações a respeito do inquérito contra Temer. Barroso é relator do inquérito no Supremo e, em seu despacho, escreveu que a conduta de Segovia, "se confirmada, é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal".

O diretor-geral da PF disse ter sido "mal interpretado" e pediu audiência com Barroso, marcada para segunda-feira.

No Congresso, partidos de oposição, como o PT, ameaçam entrar com representação contra Segovia, na próxima semana.

Segundo o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), a estratégia será não apenas acionar a Comissão de Ética Pública da Presidência como convocar Segovia a dar explicações no Congresso. "Essa investigação sobre o presidente Michel Temer tem um potencial muito explosivo", argumentou Valente.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), por sua vez, anunciou que apresentará convite para ouvir o diretor-geral da PF na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

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por Vera Rosa, Tânia Monteiro e Isadora Peron
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Toldo desaba em festa que teve o cantor Thiaguinho na Barra da Tijuca

© Arquivo pessoal Testemunhas contaram que chovia muito e viram pessoas machucadas

Por pouco um acidente não se transforma em tragédia na noite dessa quarta-feira (14), na Ilha da Coroa, Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Um toldo montado para diversos shows desabou na Rio Beach Club. Vinte minutos antes de o incidente ocorrer, o cantor Thiaguinho, ex-Exaltasamba, tinha sido uma das apresentações.

De acordo com informações do G1, testemunhas contaram que chovia muito e viram pessoas machucadas. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento da queda da estrutura. Quem se apresentava na hora era um DJ. O ingresso para ir aos shows custou R$ 900. O projeto Feverê se pronunciou sobre o caso.

"Na noite de 14 de fevereiro, ocorreu um incidente com a queda de parte da estrutura móvel do evento, faltando pouco tempo para o seu fim, que hoje realizava sua última festa. Uma forte chuva com rajadas de vento fora da normalidade derrubou uma pequena parte da cobertura. Imediatamente, a equipe de socorristas entrou em ação, socorreu os feridos e evacuou o local. No episódio, quatro pessoas ficaram feridas sem gravidade, todas já liberadas após os atendimentos médicos. Importante ressaltar que o evento foi realizado por quatro produtoras renomadas em todo país, e que possuía todas as autorizações para o evento ser realizado. Pedimos desculpas pelo ocorrido e informamos que estamos prestando todo auxílio ao público".

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Ex-aluno problemático, autor de tiroteio na Flórida avisou sobre massacre nas redes

© Fournis par RFI

O autor do tiroteio, que deixou 17 mortos na Flórida, Nikolas Cruz, 19 anos, era um ex-aluno problemático e tinha dado sinais de que cometeria o massacre nas redes sociais.

Nikolas Cruz havia sido expulso por problemas de disciplina da escola Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland. Ele foi detido perto da cidade Coral Springs, com um fuzil AR15 e várias munições, pouco depois do massacre.

De acordo com o jornal The New York Times, ele começou a atirar nas redondezas da escola, matando três pessoas. Doze foram atingidas na porta do estabelecimento e duas morreram no hospital. As vítimas, que incluem um técnico de futebol e o filho de um policial, foram identificadas nesta quarta-feira (14).

Segundo o senador da Flórida, Bill Nelson, que conversou com o FBI, o ataque foi preparado meticulosamente. Ao chegar ao estabelecimento, Nikolas Cruz usava uma máscara de gás e acionou o alarme de incêndio para que os alunos deixassem a sala de aula. Alguns estudantes ouvidos pela polícia acharam o procedimento estranho, já que um exercício em caso de incêndio já havia sido realizado mais cedo.

Polícia pede monitoramento de redes sociais
Segundo o chefe da polícia de Broward, Scott Israel, o jovem vinha publicando mensagens sobre seus planos nas redes sociais. Ele insistiu na necessidade de denunciar esse tipo de publicação para prevenir que outras tragédias ocorram.

Nikolas Cruz era conhecido em seu liceu como um aluno problemático. De acordo com o professor de Matemática Jim Gard, o estudante parecia “calmo’”, mas já tinha ameaçado outros colegas. Outros membros da direção estavam preocupados com seu comportamento. Eles contaram à polícia que ele era obcecado por uma estudante e a perseguia de maneira doentia.

Por conta desses detalhes, a escola proibiu o jovem de circular no estabelecimento com uma mochila, como medida de prevenção. Para muitos colegas, a tragédia era previsível. Eles declararam que Nikolas era solitário, comentava que tinha armas em casa e que pretendia utilizá-las. Em um episódio, quebrou uma janela de vidro de uma sala de aula.

Outro estudante contou que ele deixou a escola porque pretendia mudar-se para o norte do país, depois da morte de sua mãe. Ele também já havia feito um treinamento militar. Este é o 18° tiroteio ocorrido em escolas americanas desde o início do ano.

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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Assassinada, testemunha da Lava Jato denunciou esquema há 4 anos

Paulo Lopes/Futura Press

SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Morto há 20 dias com nove tiros na Bahia, o empresário José Roberto Soares Vieira, testemunha da 47ª fase da Operação Lava Jato, denunciou à Justiça há quatro anos as irregularidades envolvendo a empresa JRA Transportes e a Transpetro, subsidiária da Petrobras.

As denúncias constam em um processo judicial de dissolução e liquidação da sociedade entre Roberto e Victor Hugo Fonseca de Jesus, filho de José Antônio de Jesus, então gerente da Transpetro na Bahia.

Em setembro de 2013, a defesa de Roberto alegou que José Antônio de Jesus recebia inúmeros presentes de empresas prestadoras de serviços da Transpetro por meio de uma conta bancária da JRA Transportes. Em três anos, o valor dos repasses chegava a R$ 15 milhões, disse ele.

No documento, Roberto afirmou que JRA Transportes recebeu dinheiro da NM Engenharia, Meta Manutenção, Ionice Salles Gonçalves e Qualiman Engenharia relativo ao percentual por ele [José Antônio] cobrado, para benevolências em contratos de prestação de serviços firmados com a empresa Estatal [Transpetro]. As denúncias foram acompanhadas de comprovantes de depósitos e transferências bancárias.

Na época, a defesa do filho do ex-gerente da Transpetro contestou as alegações afirmando que Roberto juntou um monte de papéis a esmo, com o intuito de induzir a erro e atrapalhar a instrução.

O processo seguiu o seu curso atendo-se ao seu objeto central, que era o fim da sociedade. As duas partes acabaram firmando um acordo em 2015 que resultou na dissolução e liquidação da empresa.

LAVA JATO
A denúncia de José Roberto acabou vindo a tona somente quatro anos depois, quando o Ministério Público Federal e a Polícia Federal debruçaram-se sobre o caso no âmbito da Operação Lava Jato.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal, ex-gerente da Transpetro teria recebido pelo menos R$ 7 milhões em propinas entre setembro de 2009 e março de 2014.

A denúncia e o depoimento fundamentaram o pedido de prisão provisória, depois revertida em preventiva, de José Antônio de Jesus, em novembro do ano passado. Desde então, ele está detido em Curitiba.

Dois meses depor à polícia, contudo, Roberto foi morto na porta de sua empresa no município de Candeias, região metropolitana de Salvador. O autor dos disparos fugiu em uma moto.

As causas e circunstâncias do crime estão sendo investigadas pela Polícia Civil da Bahia, que ainda vai concluir o inquérito, mas afirma que não há dúvida que o crime foi planejado.

Em despacho, o juiz Sérgio Moro afirmou em despacho que a morte da testemunha pode estar relacionada às investigações da operação Lava jato. A defesa de José Antônio de Jesus, em nota, disse esperar que a polícia identifique rapidamente os autores desse grave crime.

ASCENSÃO
Antes de denunciar seu sócio, Roberto teve uma ascensão profissional e financeira meteórica. Em um período de cinco anos, passou de motorista de uma cooperativa que prestava serviços a Transpetro a um empresário de sucesso do setor de transportes de cargas perigosas, tornando-se fornecedor de duas subsidiárias da Petrobras.

No processo de dissolução da empresa, Roberto afirma que José Antônio de Jesus aproveitou-se de seu despreparo, ignorância da boa-fé e pouca instrução e o induziu a aceitar o filho dele, Victor Hugo, como sócio da empresa prometendo inúmeras facilidades em decorrência do cargo que ocupava na Transpetro.

Roberto uma relação de quase 20 anos com de ex-gerente da Transpetro, de quem foi motorista, amigo e sócio. Conheceu José Antônio em 2001, quando era motorista de uma cooperativa que prestava serviços à estatal.

Da relação profissional diária, tornaram-se amigos. Segundo Roberto, ele passou a ser frequentador do apartamento, da fazenda e da casa de praia de José Antônio. Também prestava serviços particulares ao chefe nos finais de semana.

Em, 2004, quando José Antônio tornou-se gerente da Transpetro, Roberto fundou uma nova cooperativa de transportes e arrematou uma licitação da Transpetro. Em 2008, Roberto deixou a cooperativa, comprou um caminhão e fundou a JRA Transportes, que viria a se tornar fornecedora da Transpetro e da BR Distribuidora.

No mesmo ano ele entrou para a política foi eleito vice-prefeito em Ourolândia, cidade de 20 mil habitantes no norte da Bahia em 2008 e 2012. Entre 2008 e 2012, sua renda quintuplicou, saltando de R$ 165 mil para R$ 883 mil, segundo dados da Justiça Eleitoral.

Com o fim da empresa, ambos viraram concorrentes. José Roberto fundou a Green Transportes e José Antônio passou a atuar por meio da Sirius Transportes. As duas empresas estavam registradas no nome de suas respectivas mulheres e filhas.

por João Pedro Pitombo
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Timão vacila, leva virada e perde do Santo André


O Corinthians sofreu nesta sexta-feira sua segunda derrota no Campeonato Paulista. A equipe criou poucas chances e perdeu de virada para o Santo André por 2 a 1 em Santo André. Rodriguinho fez o gol do Timão, enquanto Tinga e Lincom marcaram para a equipe do ABC, que ainda não tinha vencido na competição. A folia de carnaval ficou com a equipe da casa, que foi melhor no segundo tempo, quando conseguiu marcar.

QUEM AVISA AMIGO É...
Na entrevista coletiva desta quinta-feira, véspera do jogo, o técnico Fábio Carille respondeu uma pergunta sobre como parar o atacante Lincom, grandalhão de 1,95m. Carille, que trabalhou com o jogador no Corinthians em 2015, alertou para a força dele pelo alto e disse que o mais importante eram os jogadores que estariam ao seu redor, o nível de concentração deles. Pois em uma cochilada da defesa, Lincom cabeceou livre e decretou a virada do Santo André. A famosa lei do ex...
Carille também tinha mostrado preocupação com o desempenho do Timão, que não vinha criando muitas chances nem mantendo a posse de bola alta como ele gostaria. A situação se repetiu. Foram poucas oportunidades de gol e falta de infiltração na defesa adversária. Foram fatores determinantes para a derrota.SALVE OS MEIAS

Ainda sem o camisa 9, o Corinthians tem contado cada vez mais com o poder de definição de seus meias. Desta vez foi Rodriguinho quem marcou. Jadson participou de quase metade dos gols do time no ano: três gols e três assistências, dos 13 gols do time.
Do outro lado, quem brilhou foi Tinga. Aquele mesmo, que se destacou pela Ponte Preta e jogou no Palmeiras. Ele empatou a partida com um chutaço de fora da área, sem chances para Cássio. Estrela de um camisa 10, que depois acabou saindo machucado.XÔ, EMPATES!
A vitória colocou fim a uma série de empates do Santo André. A equipe estreou no Paulista com derrota e depois só havia empatado, quatro vezes. Agora, respira mais aliviado.

E AGORA?
Corinthians precisa melhorar muito em termos de desempenho. A forma de jogar está consolidada, a equipe sofre pouco, mas precisa criar mais. Segue absoluto na liderança do grupo A, com 12 pontos, contra sete do Bragantino.
Já o Santo André chega a sete pontos e iguala a Ponte Preta no segundo lugar do grupo B, embora com um jogo a mais. O São Paulo lidera com dez pontos.


FICHA TÉCNICA
SANTO ANDRÉ 2 X 1 CORINTHIANS

Local: Bruno José Daniel, Santo André (SP)
Data-Hora: 9/2/2018 - 19h
Árbitro: Salim Fende Chavez
Auxiliares: Anderson José de Moraes Coelho e Fabio Rogério Baesteiro
Público/renda: 8.318 pagantes/R$ 437.680,00
Cartões amarelos: Davi Lopes, Joãozinho, Walterson, Paulinho e Jonathan Bocão (STA), Lucca e Pedro Henrique (COR)
Cartões vermelhos: -
Gols: Rodriguinho (38'/1ºT) (0-1), Tinga (7'/2ºT) (1-1), Lincom (35'/2ºT) (2-1),
SANTO ANDRÉ: Neneca; Jonathan Bocão (Hugo Cabral, no intervalo), Domingos, Suéliton e Paulinho; Flávio, Dudu Vieira e Tinga (Davi Lopes, aos 27'/2ºT); Joãozinho, Walterson (Garré, aos 35'/2ºT) e Lincom. Técnico: Sérgio Soares.
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Juninho Capixaba; Gabriel (Emerson Sheik, aos 37'/2ºT); Romero (Lucca, aos 25'/2ºT), Rodriguinho, Jadson e Clayson (Marquinhos Gabriel, aos 16'/2ºT); Júnior Dutra. Técnico: Fábio Carille.

por Marcio Porto
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