quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Cerveró passa mal e recebe atendimento de urgência na PF

Ex-diretor da Petrobras teve um pico de pressão alta, segundo a PF.
Cerveró é reú em uma ação penal da Lava Jato e está preso em Curitiba.

Nestor Cerveró está preso desde o dia 14 de janeiro (Foto: TV Globo)

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró passou mal na manhã desta quarta-feira (4) dentro da cela da Polícia Federal (PF), em Curitiba, e precisou ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Conforme a PF, ele teve um pico de pressão arterial e não precisou ser levado para o hospital.

O Samu informou que o dignóstico sobre o estado de saúde do paciente não pode ser divulgado sem autorização da família.

Cerveró é réu em uma ação penal da Lava Jato por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro e está preso desde o dia 14 de janeiro.

Ele foi detido no Rio de Janeiro, quando voltava de uma viagem a Londres. Horas antes, conforme a PF, foram apreendidos documentos e mídias relacionados às transações financeiras dele. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), logo depois de ter sido denunciado, o ex-diretor da Petrobras tentou resgatar quase meio milhão de reais de um plano de previdência privada para transferir para outro em nome da filha, Raquel Cerveró.

A Polícia Federal também informou que negociações financeiras feitas por Cerveró indicam que o suspeito tentava obter liquidez do patrimônio com rapidez. Este patrimônio negociado, também conforme a polícia, pode ter origem ilícita e ser resultado de crimes cometidos por Cerveró enquanto estava à frente da diretoria Internacional da Petrobras.

O ex-diretor já prestou depoimento à PF por duas vezes. No primeiro, ele falou por quase três horas e negou ter recebido propina para a construção de navios-sonda e, sobre as transações financeiras, reiterou que não há nada de ilegal. No segundo depoimento, Cerveró ficou calado.

Nestor Cerveró é réu em uma ação penal da Lava Jato (Foto: Adriana Justi/G1)

Acusações
Cerveró foi diretor da Área Internacional da Petrobras de 2003 a 2008, durante o governo do presidente Lula. Já no governo da presidente Dilma Rousseff, assumiu a diretoria financeira da BR Distribuidora, onde permaneceu até ser demitido do cargo, em março de 2014.

Segundo o MPF, o ex-diretor recebeu propina, em dois contratos firmados pela Petrobras, para construção de navios-sonda, usados em perfurações em águas profundas. O pagamento, no valor total de 40 milhões de dólares, foi relatado pelo executivo Júlio Carmago, da Toyo Setal – que fez acordo de delação premiada no decorrer das investigações.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, também réu da Lava Jato, citou Cerveró no acordo de delação premiada. Em depoimento à Justiça Federal (JF) do Paraná, em outubro de 2014, Paulo Roberto disse que Cerveró recebeu propina na compra da refinaria da Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o negócio gerou prejuízos de 790 milhões de dólares à Petrobras.

A compra de Pasadena foi aprovada, em 2006, pelo Conselho de Administração da
Petrobras, que à época era presidido por Dilma Rousseff. Segundo a presidente, o resumo executivo que orientou o Conselho, e que foi produzido por Cerveró, era falho. Em julho, o TCU responsabilizou Cerveró e outros nove diretores e ex-diretores da Petrobras pelos prejuízos na compra.

Também precisaram de atendimento médico
Cerveró não é o primeiro dos presos da Lava Jato a passal mal na sede da PF em Curitiba. O doleiro Alberto Youssef, considerado o líder do esquema bilionário de lavagem e desvio de dinheiro, já precisou ser hospitalizado cinco vezes. Na maior parte das vezes, ele apresentou queda de pressão, sentiu dores abdominais e teve febre. A última vez foi em 29 de novembro de 2014.
O vice-presidente executivo da empreiteira Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, também precisou ser hospitalizado para a realização de uma cirurgia para retirada de um cálculo renal no dia 15 de janeiro no Hospital Santa Cruz.

Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia, também passou por uma cirurgia no Hospital Santa Cruz. Ele foi internado no dia 27 de janeiro e precisou retirar um melanoma - lesão na pele suportamente maligna, com urgência.

fonte:http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/02/cervero-passa-mal-e-recebe-atendimento-de-urgencia-na-pf.html
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