sábado, 2 de janeiro de 2016

Delator da Lava Jato afirma que levou R$ 300 mil para Fernando Collor

Conhecido como Ceará, Carlos Alexandre era entregador de propina
negociada pelo doleiro Alberto Youssef.

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O senador Fernando Collor, do PTB, foi citado pelo novo delator da Lava Jato, Carlos Alexandre Rocha. Collor, que já é investigado na operação, teria recebido R$ 300 mil. O parlamentar nega a acusação.

O depoimento de Carlos Alexandre Rocha ocorreu no dia 30 de junho do ano passado, na Procuradoria Geral da República, em Brasília. Conhecido como Ceará, Carlos Alexandre era entregador de propina negociada pelo doleiro Alberto Youssef.
O jornal “O Estado de S.Paulo” desta sexta-feira (1) detalhou o que Carlos Alexandre disse em delação premiada sobre uma suposta remessa de dinheiro para o senador Fernando Collor de Mello, do PTB.

A Rede Globo teve acesso ao conteúdo do depoimento de Carlos Alexandre. Ele afirmou que, em janeiro de 2014, recebeu de Alberto Youssef uma solicitação para que transportasse R$ 300 mil para Maceió. O dinheiro estava dividido em 30 pacotes de notas de R$ 100.

Em Maceió, Ceará disse que entregou o dinheiro para Rafael Angulo Lopez. Na volta para São Paulo, Ceará disse que teve uma conversa com o doleiro Alberto Youssef: "Ah, então o dinheiro de Maceió foi para Collor!" De acordo com Carlos Alberto, Youssef disse: "Foi" Carlos Alexandre Rocha é a segunda pessoa ligada a Alberto Youssef faz referência a entrega de dinheiro ao senador Fernando Collor. A primeira foi Rafael Angulo Lopez, apontado na investigação como braço direito de Youssef, o mesmo para quem Rocha disse que deixou dinheiro em Maceió.

Angulo já tinha dito aos investigadores que entregou ao senador R$ 68 mil, a maior parte em mãos. Em agosto, Collor foi denunciado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O Supremo ainda não decidiu se aceita a denúncia. Outros dois pedidos de abertura de inquérito contra o senador também aguardam decisão do STF.

As investigações da Operação Lava Jato apontam que o senador teria recebido, entre 2010 e 2014, R$ 26 milhões como propina por contratos firmados com a Petrobras.

Os investigadores afirmam que há indícios de que parte do dinheiro tenha sido usada comprar carros de luxo em nome de empresas de fachada usadas para lavar dinheiro. Alguns desses carros foram apreendidos pela polícia em julho e devolvidos em outubro para o senador.

A assessoria do senador Fernando Collor declarou que ele não conhece Carlos Alexandre Rocha e que o teor da delação é oportunista e sem credibilidade. Ainda segundo a assessoria, Carlos Alexandre não sabe dos fatos, apenas transmite informações que teria ouvido de terceiros, contando mentiras convenientes aos interlocutores, em benefício próprio.

fonte:g1.globo.com
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