quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Neymar é intimado a depor na Espanha


Neymar foi intimado nesta quarta-feira a depor ante um juiz que investiga seu suposto envolvimento em uma fraude relacionada com sua transferência para o clube espanhol em 2013, informou uma fonte judicial.

O atacante vai prestar depoimento no dia 2 de fevereiro ante o juiz, que também começou a investigar seu pai, sua empresa, a N&N, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, seu antecessor, Sandro Rosell, e o próprio clube catalão.

Também são investigados o Santos e seu presidente da época, Luis Alvaro de Oliveira, junto com seu vice, Odílio Rodriguez.

O juiz seguiu a recomendação da procuradoria da Audiência Espanhola, que pediu na sexta-feira para que Neymar fosse investigado por fraude, por irregularidades na sua transferência do Santos ao Barcelona.

A investigação foi aberta depois de uma queixa do fundo de investimento brasileiro DIS, por "fraude" e "corrupção".

A DIS, que detinha 40% do direitos do atleta na época, também entrou com processo no Brasil, por se sentir prejudicada na venda do jogador ao Barça.

O clube catalão avaliou inicialmente a transferência em 57,1 milhões de euros, mas a justiça espanhola considera que o valor real superou 83 milhões.

A DIS, que tinha, por contrato, direito a 40% do valor pago ao Santos, recebeu 'apenas' 6,8 milhões com a transferência, montante que considera insuficiente, por não ser calculado sobre o que estima ser o valor real da negociação.

O fundo de investimento também se diz prejudicado pelo acordo entre Neymar e o Barcelona no valor de 40 milhões de euros, o que teria impedido outros clubes de oferecer mais pelo atacante, ferindo a noção de livre mercado e constituindo "delito de corrupção entre particulares".

Escândalo dificulta renovação

O cerco judicial envolta ao astro brasileiro vem se estreitando também no Brasil, onde a justiça decidiu congelar parte dos ativos de Neymar (47,3 milhões de dólares) por supostos fraudes fiscais entre 2011 e 2013, relacionados à transferência para o Barcelona.

As suspeitas recaem no pagamento de 10 milhões de euros do Barcelona para ter os "direito preferenciais" na compra do jogador e que não teria sido declarado à Receita Federal.

O Barcelona também não saiu ileso judicialmente com a contratação do brasileiro. O próprio clube e seus últimos dois presidentes serão julgados, acusados de fraude fiscal no valor de 12,7 milhões de euros por terem ocultado parte do custo da operação, evitando assim pagar os impostos correspondentes.

A promotoria acena com uma multa de 22,2 milhões de euros contra o clube catalão, que se adiantou e regularizou 13,5 milhões de euros junto à Receita espanhola em 2014, e pede dois anos e três meses de prisão para Bartomeu e seis anos e nove meses para Rosell.

O Santos também entrou no imbróglio, acionando a Fifa contra o Barça, Neymar, seu pai, e a empresa do jogador, a N&N, por considerar que deveria ter recebido em relação ao valor real da transação, e não aos 57,1 milhões de euros declarados inicialmente.

Tudo isso pode repercutir nas negociações de Neymar para prorrogar seu contrato, em vigor até o fim da temporada 2017-18.

O clube catalão quer garantir o quanto antes a continuidade do brasileiro, de apenas 23 anos, visto como o sucessor do argentino Lionel Messi, mas o pai de Neymar e seus representantes exigem "segurança jurídica e tributária".

"Como vamos prolongar alguma coisa se não temos uma estabilidade tributária?", se perguntou o pai em outubro, em entrevista ao jornal catalão Sport.

Perguntado a finais de dezembro sobre sua continuidade no Barcelona, Neymar se mostrou enigmático: "Não sei, a vida é muito longa".

fonte:esportes.yahoo.com
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