Procurador-geral da República diz que ele e o ministro, hoje desafetos, mantinham amizade enquanto estudavam na Europa
O ministro Gilmar Mendes, do STF, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Lula Marques/PT)
Apesar das recentes trocas públicas de farpas com Gilmar Mendes, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse não ter nada pessoal contra o polêmico ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mas apenas “divergências teóricas”.
Durante uma mesa de debate no congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), neste sábado, Janot ilustrou sua inesperada declaração revelando que ele e Gilmar entraram juntos na procuradoria da República e tinham alguma proximidade durante o período em que o procurador-geral estudou na Itália e o ministro, na Alemanha.
“A gente se frequentava. Já fui à Alemanha, tomávamos cerveja, enfim. Éramos do mesmo grupo e depois a vida foi caminhando cada um para o seu lado. Não tenho nada contra ele, zero, é da minha turma de concurso”, contou.
Janot pontuou que as agressões costumam partir do antigo companheiro de copo. “Todas as vezes em que tive que me dirigir a ele de uma maneira um pouco mais dura, foi reagindo a uma agressão. É legítima defesa”, brincou o procurador-geral.
Em um dos recentes arranca-rabos entre os ex-amigos, Gilmar acusou o Ministério Público Federal de vazar o conteúdo de delações premiadas e foi rebatido por Janot, que usou os termos “decrepitude moral” e “disenteria verbal” ao se referir indiretamente ao ministro.
Por João Pedroso de Campos
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