Possível presidenciável na disputa de 2018, ela diz que o governo passa por situação vergonhosa e que não conseguirá tirar o país da crise
A ex-senadora Marina Silva (Rede) fez críticas ao presidente Michel Temer (PMDB) (Ueslei Marcelino/Reuters)
Apontada em todas as pesquisas de intenção de voto como candidata à Presidência em 2018, a ex-senadora Marina Silva (Rede) disparou nesta quinta-feira uma série de 12 mensagens no Twitter para atacar o governo de Michel Temer (PMDB).
Marina disse que Temer usa o cargo de presidente da República como um escudo para proteger a si próprio. “É vergonhosa a situação do governo, refém do silêncio de seus aliados na prisão para criar um pretenso ambiente de estabilidade política.”
É grave quando a Presidência é usada como escudo para si próprio e para todos auxiliares implicados em crimes contra o interesse público.
— Marina Silva (@silva_marina) July 6, 2017
A ex-senadora diz que a defesa de Temer abusa de adjetivações para desqualificar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente. “A sequência repugnante dos fatos não tem nada de ‘chocha, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente’, como supõe a defesa de Temer”, declarou.
Ela argumenta que a desconstrução da denúncia fragiliza o trabalho de instituições republicanas. Segundo Marina, a estratégia passa a impressão de que há pessoas “intocáveis pelo cargo que ocupam” e que podem “passar impunes de qualquer prova de envolvimento criminal”.
“Diante do amplo acervo de provas e das outras investigações, a sociedade não aceita a autoproclamada ‘inocência cristalina’ de Temer”, disse. Ela declarou que a crise enfrentada pelo país “não será revertida pelo governo que negligencia a realidade como sendo obra de ficção”.
Diante do amplo acervo de provas e das outras investigações, a sociedade não aceita a autoproclamada “inocência cristalina” de Temer.
— Marina Silva (@silva_marina) July 6, 2017
Apesar das críticas, Marina não deixou claro se defende a saída de Temer. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no final de junho, a ex-senadora aparece em segundo lugar na corrida presidencial. Ela caiu de 24% para 15% das intenções de voto e está empatada tecnicamente com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O ex-presidente Lula (PT) lidera a disputa, com 30%.
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário