segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Denúncia contra Temer entra em reta final nesta semana

ÀS SETE - Ao contrário do que ocorreu na primeira denúncia, dessa vez o relator da denúncia deve ser contrário ao prosseguimento.

A votação na comissão deve acontecer após as falas, e, provavelmente, ainda na mesma semana (Ueslei Marcelino/Reuters)

A denúncia contra o presidente Michel Temer está em sua reta final e a segunda-feira deve ser de mais negociações entre o Planalto e parlamentares, assim como foi toda a semana passada.

O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) deve apresentar seu relatório sobre a denúncia nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

Ao contrário do que ocorreu na primeira denúncia, quando Sergio Zveiter, então no PMDB e hoje no Podemos, foi favorável à aceitação do texto, dessa vez o relatório deve ser contrário ao prosseguimento.

Após a leitura, que deve começar às 10h da manhã, os advogados das partes acusadas – além de Temer, também estão na denúncia os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) – poderão se pronunciar.

Ao final das falas das defesas, a tendência é que os deputados peçam vista no texto pelo período de duas sessões, o que fará com que a avaliação só prossiga a partir da terça-feira, dia 17.

Então, os 66 titulares e os 66 suplentes da CCJ poderão se pronunciar, além de mais 20 parlamentares favoráveis e 20 contrários ao aceite da denúncia.

A votação na comissão deve acontecer após as falas, e, provavelmente, ainda na mesma semana. Não importando o resultado, o texto segue para o plenário.

A manutenção do cronograma, que foi repassado na semana passada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), é fundamental para que os planos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) consiga seguir com sua programação de votar a denúncia no plenário até a semana do dia 23.

A tramitação da denúncia trava a pauta da Câmara, que tem como um dos temas mais importantes a aprovação da reforma da Previdência.

Maia já disse que acha que dificilmente ela será aprovada depois de novembro. Assim, para ele e para o governo, quanto antes a denúncia sair do caminho, melhor.

Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário