Quando pensamos em escolas, temos em mente que são locais de grande aprendizagem e informações confiáveis.
Em sua grande maioria, realmente é. Mas, qual o motivo de ensinarmos coisas simplificadas para as crianças, negligenciando outras possibilidades?
Por exemplo:
1 – Quantos sentidos têm o corpo humano?
2 – Qual das seguintes coisas são magnetizadas: um tomate, um ser humano ou um grampo metálico?
3 – Quais são as cores primárias?
4 – Que região da língua é responsável por sentir o gosto amargo?
5 – Quais são os estados da matéria?
Na ordem, se você respondeu 1 – cinco sentidos, 2 – grampo metálico, 3 – vermelho, amarelo e azul, 4 – parte posterior da língua, 5 – sólido, líquido e gasoso, talvez tivesse conseguido a nota máxima em um prova na escola. Mas, na prática, você está errado!
O sexto sentido existe?
Paladar, tato, visão, audição e olfato não são os únicos mecanismos que o corpo humano usa para sentir o mundo. Nós possuíamos “acelerômetros”, localizados no sistema vestibular dentro de nossos ouvidos, por exemplo.
O movimento do fluido através de minúsculos canais profundos em nossos ouvidos permite o uso do sentido de movimento, nos dando equilíbrio. Sem ele, você pode se sentir confuso e tonto.
Além disso, uma grande variedade de sentidos estão a todo momento percebendo o ambiente a nossa volta, em busca de equilíbrio, de prevenção de acidentes, nos deixar alerta para situações perigosas ou apenas nos ajudar nas sensações vitais à nossa sobrevivência.
Repulsão Magnética
Não só o grampo metálico pode ser magnetizado. Tomate e nós, seres humanos, também interagimos com campos magnéticos.
Materiais que contêm ferro, cobalto e níquel são ferromagnetos, o que significa que eles podem ser atraídos por campos magnéticos. Enquanto a água que está no seu corpo e no tomate – mais precisamente, os ‘núcleos’ de hidrogênio na molécula de água – é repelido por campos magnéticos. Esta interação interessante chama-se diamagnetismo.
Mas, evidentemente, as forças envolvidas neste processo são incrivelmente fracas. Então, normalmente, você não nota absolutamente nada. Isso, claro, se você não estiver em uma máquina de ressonância magnética, onde ímãs poderosos manipulam núcleos de vários átomos dentro de você, de tal forma que resulta em imagens detalhadas de seus órgãos e sistemas internos.
Os tipos de magnetismos não param por aí e vão muito além do citado aqui.
A sua cor está certa?
É ensinado, praticamente nas escolas de todo o mundo, que as cores primárias são aquelas que não podem ser feitas através da mistura de outros pigmentos coloridos em conjunto e que as outras cores podem ser produzidas por misturas destas cores primárias.
Você pode fazer uma cor vermelha misturando amarelo com magenta. Enquanto magenta com ciano produz azul. Além disso, uma gigantesca gama de tons são inacessíveis usando apenas a mistura de vermelho, azul e amarelo comuns.
Se você comprar um cartucho de tinta, perceberá que na recarga das cores coloridas deverá inserir ciano (azul claro), amarelo (amarelado) e magenta (meio rosado). Elas são as verdadeiras cores primárias e, com suas misturas, uma gama gigante de cores podem ser criadas. Não conseguiríamos a mesma gama de tonalidades de misturássemos vermelho, amarelo e azul, nas cores clássicas como é ensinado nas aulas de artes plásticas no ensino médio ou fundamental.
Que gosto amargo!
É possível encontrar a figura clássica da língua dividido em áreas de percepção de sabor em qualquer livro de biologia. Ela mostra as papilas gustativas que conseguem perceber o gosto amargo logo no fundo da língua.
Estes mapas surgiram, pela primeira vez, em 1942, depois que um pesquisador da Universidade de Harvard, Edwin Boring, interpretou erroneamente um estudo de 1901. Apesar disso, o mapa começou a ser reproduzido em diversos livros e textos escolares. No ano de 1974, as pesquisas foram revisadas e reanalisadas, e a ideia das regiões na língua foi desacreditava.
No entanto, 40 anos depois, mapas gustativos ainda persistem nos livros didáticos de biologia. Hoje, as pesquisas mostram que existem mais regiões do que se imaginava anteriormente e que diversas partes da língua podem ter a percepção de sabor. Os mapas antigos, na verdade, estão desatualizados e não levam em consideração as descobertas atuais.
Tá duro pra caramba!
Todos nós aprendemos que existem os estados sólido, líquido e gasoso. Cada estado possui uma organização molecular diferente que lhe confere sua característica principal.
Ensinar que existem 3 estados da matéria é absurdo. Definitivamente existem muito mais. Os cristais líquidos, que são moléculas ordenadas como um sólido, mas com aparência fluída de um líquido, é um pequeno exemplo. Essa tecnologia é usada na tela de computadores, calculadoras e uma infinidade de aplicações industriais.
Além disso, existe o plasma – estado que se encontra no Sol e pode ser reproduzido em laboratório –, Condensados de Bose-Einstein e dezenas de outros.
Por que isso acontece?
Há muitos outros fatos que precisariam sofrer modificações nos livros escolares. Evidentemente, você não deve dizer para uma criança de 6 anos sobre o estado físico da matéria em um grau complexo digno de vencedores do Prêmio Nobel.
Talvez, devêssemos apenas dizer: “Temos três estados fundamentais da matéria: sólido, líquido e gasoso. Nós temos muitos outros estados, que vocês aprenderão no futuro e que são também muito importantes, mas vamos aprender hoje os três principais”.
Isso seria uma saída melhor do que estimular uma criança a crescer pensando que existem apenas três, e tomar um choque no futuro quando descobrir que existem muito mais!
fonte:http://www.jornalciencia.com/sociedade/diversos/4389-top-05-grandes-coisas-que-aprendemos-nas-escolas-que-estao-completamente-erradas
por Osmairo Valverde
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