Esta é a Squalus clarkae, uma nova espécie de tubarão descoberta e reconhecida recentemente Golfo do México, com seu alcance estendendo-se até a parte ocidental do Oceano Atlântico.
O animal, que não tem mais de 70 centímetros de comprimento, sofria de um caso de identidade equivocada. Acreditava-se que ele pertencesse à espécie S. mitsukurii, um tipo de peixe-cachorro encontrado em águas japonesas.
O sequenciamento genético de um espécime (juntamente com três outros de espécies intimamente relacionadas) revelou que o tubarão que desfruta das águas azuis do Golfo do México pertence, na verdade, a uma espécie distinta.
Sua morfologia também é diferente, com um corpo mais alongado, além de barbatanas de formas e proporções diferentes.
Diversidade
O tubarão é o mais novo membro do já conhecido gênero Squalus, famoso, infelizmente, por suas taxas reprodutivas muito lentas e baixa diversidade genética tipificada por outros tubarões de águas profundas.
A descoberta de um animal é sempre uma notícia animadora, mas essa talvez mais importante por aumentar nosso conhecimento da biodiversidade marinha na região.
As mudanças climáticas, a poluição e a pesca excessiva desempenham um papel decisivo na redução dessa biodiversidade, de forma que o avanço da nossa compreensão ajuda os especialistas a entenderem melhor o estado atual do ecossistema marinho.
Homenagem a primeira bióloga especialista em tubarões
O novo tubarão parece um pouco com um personagem de anime, graças aos seus olhos grandes que lembram os de um cartoon.
Mais interessante, no entanto, é como o animal ganhou seu nome: foi uma homenagem à Dra. Eugenie Clark, uma ictióloga (especialista em peixes) inovadora que faleceu em 2015, aos 92 anos.
Apaixonada por tubarões desde a infância, fez diversas revelações sobre esses incríveis peixes como pesquisadora, ensinou o mundo a não temer os predadores e foi pioneira em novas técnicas e equipamentos de mergulho.
“Ela é a mãe de todos nós”, disse um dos autores do novo estudo, que descreveu a espécie, Toby Daly-Engel, do Instituto de Tecnologia da Flórida. “Ela não foi apenas a primeira mulher bióloga de tubarões, foi uma das primeiras pessoas a estudar tubarões”.
A equipe que sequenciou o genoma do S. clarkae, ao lado do grupo de conservação marinha Oceana e a Universidade Estadual da Flórida decidiram, então, nomear a espécie com o sobrenome da admirável cientista. [IFLS]
fonte
Por Natasha Romanzoti
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