sexta-feira, 25 de julho de 2014

Caos na rede pública prejudicou mais de 80 mil alunos em Maceió, diz MP

Escolas apresentaram problemas estruturais e de recursos humanos.
Estado afirma que fará levantamento para se pronunciar sobre o caso.

Um levantamento realizado pela 19ª Promotoria de Justiça da Capital do Ministério Público do Estado (MP-AL) apontou que mais de 80 mil alunos da rede pública estadual em Maceió foram prejudicados pelo ensino precário oferecido em 2013. Esse número é resultado de inspeções realizadas nas unidades de ensino na capital entre março e maio deste ano.

O relatório está publicado na edição desta sexta-feira (25) no Diário Oficial do Estado. Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) afirmou que fará um levantamento de informações e se posicionará ainda hoje sobre o caso.

Os dados colhidos pela promotora Cecília Carnaúba apontam que a rede pública estadual de ensino possuía 83.413 alunos matriculados entre as 106 escolas em Maceió, 2.449 docentes com 40 horas de carga horária, totalizando uma proporção de 34 alunos por professor.

Segundo o levantamento, 81.563 alunos foram prejudicados devido à falta, não funcionamento ou funcionamento insuficiente de equipamento didático e 36% das escolas apresentam mobiliário insuficiente ou inadequado. Deste universo, outros tantos problemas são destrinchados pela promotora.

Dentre os problemas encontrados pela inspeção, 82,2% das escolas do Estado na capital não cumpriram a legislação nacional, prejudicando assim 71.685 alunos. "São problemas como a não conclusão do ano letivo dentro do exercício civil, a não oferta de maneira contínua de todas as disciplinas obrigatórias exigidas pela LDB [Lei de Diretirizes e Bases da Educação Nacional], explica Cecília Carnaúba.

O relatório aponta também que 95,2% da escolas apresentaram graves problemas estruturais após as reformas emergenciais realizadas naquele ano, sendo que quatro delas nem chegaram a iniciar o ano letivo de 2013 por causa das obras, prejudicando 2.575 alunos.

Cerca de 34,5% das escolas começaram o ano letivo a partir de maio e 70% delas só concluíram o ano letivo em 2014. A promotora constatou ainda que mais da metade dos equipamentos didáticos existentes não funcionam, outras 15% não possuem material algum e 30% das escolas não ofertaram as disciplinas obrigatórias.

fonte:http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2014/07/caos-na-rede-publica-prejudicou-mais-de-80-mil-alunos-em-maceio-diz-mp.html
Natália Souza - Do G1 AL
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