segunda-feira, 1 de maio de 2017

Justiça libera manifestação de 1º de Maio, sem shows, na Paulista

Acordo judicial determinou a transferência das apresentações de artistas para a Praça da República

Manifestantes ligados à CUT e movimentos sociais realizam em ato na avenida Paulista, em São Paulo (Jefferson Coppola/VEJA)

Um dia depois de o Tribunal de Justiça de São Paulo proibir a realização de ato em comemoração ao Dia do Trabalho na Avenida Paulista, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) conseguiu, neste domingo, derrubar parcialmente a liminar.

Em audiência com a CUT e a prefeitura de São Paulo, o juiz Alexandre David Malfatti, decidiu que a central pode promover a manifestação política na Avenida Paulista, mas sem a realização de shows. As apresentações de artistas foram transferidas para a Praça da República.

No sábado, o juiz Emanuel Brandão Filho, que expediu a liminar proibindo a CUT de promover a manifestação, determinou multa de R$ 10 milhões caso a medida fosse desobedecia.

Embate
O acordo judicial encerra a disputa entre o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) e CUT, que durante toda a semana deram declarações contrárias sobre a realização do ato de celebração do 1º de Maio na Avenida Paulista, na próxima segunda-feira.

Dória disse na quinta-feira que o evento do Dia do Trabalho promovido pela central sindical estava proibido. Segundo a prefeitura, o show que estava previsto para acontecer em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), era o principal ponto de discórdia, já que a CUT não teria pedido autorização específica para as apresentações.

A CUT bateu de frente e afirmou que manteria o evento, que classificou como um dia de resistência contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo presidente Michel Temer. Segundo a central, o ato também irá celebrar os cem anos da histórica greve de 1917, “que durou três dias e paralisou a capital paulista por liberdade e aumento salarial, marcando os primeiros tempos de organização operária no Brasil”.

(com Agência Brasil)
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