quarta-feira, 25 de maio de 2016

Teori deve confirmar delação premiada de Sérgio Machado

Ex-presidente da Transpetro, alvo de buscas na Operação Catilinárias, foi citado por pelo menos três delatores.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal deve confirmar para esta quarta-feira (25) ou para os próximos dias a delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Foi essa delação que derrubou Romero Jucá.

Essa delação seria mais ou menos assim, uma espécie de coluna espinhal dessa investigação. É o farol que tem guiado os investigadores até os malfeitos dos corruptos, por isso tem causado tanto choro e ranger de dentes.

A partir da homologação da delação premiada o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderá pedir a abertura de inquéritos ao Supremo, incluir as provas em investigações já abertas ou mandar as citações sobre pessoas sem foro privilegiado para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba.
O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado ainda não é investigado formalmente no Supremo, mas o procurador-geral da República pediu a inclusão do nome dele no principal inquérito da Lava Jato, o que apura se existiu uma organização criminosa formada por empresários, políticos e dirigentes da Petrobras com intenção de fraudar a estatal.

Sérgio Machado foi alvo de buscas em dezembro do ano passado na Operação Catilinárias, um dos desdobramentos da Lava Jato. Ele foi citado por pelo menos três delatores. Delcídio do Amaral afirmou que o elo entre Sérgio Machado e Renan Calheiros era conhecido e que Machado despachava na residência oficial de Renan. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que Machado entregou a ele meio milhão de reais de propina por contratações de navios pela Transpetro. Ricardo Pessoa, dono da UTC, também disse que entregou dinheiro para Sérgio Machado: R$ 1 milhão para que ele não criasse dificuldade em contratos.

Sergio Machado foi indicado para a presidência da Transpetro pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, de quem é amigo desde 1994. Eles atuaram juntos no Congresso, nos anos 1990, quando Machado era senador e líder do PSDB, e Renan, líder do PMDB. Em 2001, Machado migrou para o PMDB a convite de Renan. Em 2012 o ex-senador tornou-se alvo de investigação do Ministério Público do Rio por suspeita de enriquecimento ilícito.

A homologação da delegação pelo ministro Teori Zavascki é esperada para quarta-feira (25) ou nos próximos dias.

fonte:g1.globo.com
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