sexta-feira, 28 de junho de 2013

Líder da Maranata deixa penitenciária e está em prisão domiciliar

Gedelti Gueiros não poderá, porém, reunir-se com outros pastores ou sair da Grande Vitória

O líder da Igreja Cristã Maranata, Gedelti Victalino Teixeira Gueiros, deixou na tarde de ontem o Centro de Detenção Provisória (CDP) II, de Viana, e foi para casa. Sua detenção, realizada na manhã da última segunda-feira, foi convertida em prisão domiciliar. O benefício garantido por ele ter mais de 80 anos foi concedido mediante várias restrições. Dentre elas está a proibição de ir aos maanains, a reuniões no Presbitério de Vila Velha – até mesmo para funções eclesiásticas –, e manter contato com administradores da igreja ou testemunhas no processo. Terá ainda que entregar seu passaporte.

São as mesmas proibições – pondera o promotor Paulo Panaro – feitas a ele em março, quando também esteve em prisão domiciliar, e que foram descumpridas. “Foi exatamente o descumprimento destas medidas que levou o juiz a decretar sua prisão. Fatos provados no processo”, destacou Panaro.

Na decisão que levou o líder da Maranata para a cadeia, na última segunda-feira, o juiz da 8ª Vara Criminal de Vitória, Ivan Costa Freitas, destacou que no processo há relatos de que Gedelti, mesmo afastado da presidência, continuava “mandando e desmandando”.

Outro que está em prisão domiciliar é o pastor Arlínio de Oliveira Rocha, por problemas de saúde. Dos dez que foram detidos, seis permanecem no presídio de Viana: Antônio Angelo Pereira dos Santos, Antonio Carlos Rodrigues de Oliveira, Antonio Carlos Peixoto, Amadeu Loureiro Lopes, Jarbas Duarte Filho, Wallace Rozetti e Leonardo Meirelles de Alvarenga. Já o advogado e militar aposentado Carlos Itamar Coelho Pimenta continua no Quartel da Polícia Militar, em Vitória.

Intervenção
A indicação de um novo interventor para a Maranata – o professor e engenheiro de 64 anos Antonio Fernando Barroso Ribeiro – não foi bem recebida pelos membros da igreja. Dezenas de manifestações foram postadas nas redes sociais. Já há até uma petição pública pedindo a sua saída.

A revolta recai contra decisões já adotadas por Ribeiro, como a extinção do Conselho Presbiteral, a autorização para o retorno dos pastores afastados, dentre outras. Protestos que o interventor recebe como uma “manifestação natural”.

Ribeiro pontua que as medidas adotadas foram necessárias e que a suspensão da utilização do satélite nas aulas de jovens e escola dominical não atingirá igrejas afastadas e sem estrutura. E mais, que nenhuma decisões atingiu a esfera espiritual. “Foram mudanças operacionais”, destacou.

Nos próximo dias ele promete escolher os sete membros do novo Conselho de Pastores, que irá substituir o extinto Conselho Presbiteral. “O que aconteceu na Maranata é página virada. Vamos agora trabalhar para construir uma nova história”, assinalou Ribeiro.

Pastores rejeitam ação de interventor
Os pastores da Maranata garantem que seus advogados já recorreram à Justiça pedindo o fim da intervenção na igreja. “Este tipo de atitude é uma intervenção na liberdade religiosa”, explica o pastor Diniz Azevedo, acrescentando: “Temos o direito de viver e gerir a nossa fé”.


Eles são contrários a indicação de um administrador judicial que não seja pastor da própria igreja. Azevedo, que pertencia ao Conselho Presbiteral da igreja, extinto pelo interventor, destaca que dentre os mais de três mil pastores da Maranata existem homens qualificados para a função. “Nos sentimos ofendidos com a decisão, como se não fôssemos honestos”, disse.

Na noite de ontem Azevedo e outros pastores e membros da igreja participaram de uma manifestação em frente ao Presbitério de Vila Velha.

O movimento foi convocado pelo Facebook. Cultos nas igrejas chegaram a ser cancelados para os membros protestarem contra a intervenção e as medidas adotadas pelo novo gestor da igreja.

No final da tarde, houve propostas de cancelamento, mas os pastores presentes ao evento explicaram que decidiram transformar o ato em um culto, que deverá se repetir em outros locais. Dentre os presentes ao evento estava o deputado Elcio Álvares. À tarde, ele e o deputado Marcos Mansur defenderam a Maranata no plenário da Assembleia Legislativa.

fonte:http://www.adiberj.org/portal/2013/06/27/lider-da-maranata-deixa-penitenciaria-e-esta-em-prisao-domiciliar
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