quinta-feira, 27 de junho de 2013

PM prende 34 manifestantes por tentativa de invasão a shopping no DF

Protesto começou pacífico, mas terminou em confronto com a Polícia Militar

Foto: AP
Policial dispara bomba de gás lacrimogêneo durante protesto que reuniu manifestantes de vários segmentos na Esplanada dos Ministérios

O protesto de Brasília, que começou pacífico nesta quarta-feira (26), terminou com ao menos 34 detidos -- 30 adultos e 4 menores, segundo a Polícia Militar.
Após reagirem com truculência aos manifestantes que provocavam os policiais, jogando no cordão de isolamento ao redor do Congresso Nacional, os policiais reagiram com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e bombas de efeito moral e dispersaram a multidão -- ao menos 24 pessoas foram detidas na Esplanada, segundo a polícia.

Com a dispersão, alguns manifestantes chegaram ao shopping Pátio Brasil, na Asa Sul, e tentaram invadi-lo e quebraram ao menos uma vidraça. A PM prendeu mais 10 pessoas pelo vandalismo no centro comercial.
Na Esplanada, a reportagem do UOL presenciou policiais dando tapas no rosto de manifestantes e jogando spray de pimenta à queima-roupa. Carros da polícia também passaram sobre o gramado da Esplanada dos Ministérios, dando "cavalos de pau" e assustando os manifestantes -- muitos saíram correndo.
O início do tumulto ocorreu por volta das 21h, quando várias bombas foram jogadas sobre os PMs: algumas caíram no espelho d'água do Congresso, espirrando água em alguns policiais, e outras estouraram no meio deles. Ativistas também jogam garrafas d'água e latas nos agentes.
Quando as bombas estouravam, a maioria dos manifestantes vaiava e gritava palavras de ordem como "ô, filho da p***, não estraga nossa luta".

O servidor público Paulo César Guedes, 26 anos, estava sentado com os amigos na Esplanada na hora da dispersão. Segundo ele, um carro policial acelerou e depois freou em cima do grupo. Um dos PMs gritou "quer morrer, filho da p***?" e outro jogou spray de pimenta nos rostos dele e dos amigos. "Sempre achei que os protestos tinham que ser pacíficos, mas a polícia está agindo de forma truculenta, desproporcional. Eu não estava agredindo ninguém, não estava depredando o patrimônio público, não estava fazendo nada. Foi muito cruel."
Sobre a atitude da PM, o coronel Zilfrank Antero disse que a polícia só se dirigiu aos manifestantes "baderneiros". "Os que ficaram lá [depois das primeiras bombas de gás] são os baderneiros. Os manifestantes de bem foram embora", declarou.
Após a ação da PM, outros manifestantes ofereceram água e vinagre a Paulo César, que tinha dificuldades para respirar.

A Polícia Militar do DF estimou, no auge da manifestação, em 5.000 pessoas o grupo que ocupou o gramado em frente ao Congresso Nacional. Entre os gritos de guerra, estão "pula, sai do chão contra a corrupção", "Sarney, ladrão, devolve o Maranhão" e "fora, Renan".
A manifestação começou por volta das 16h, com 600 pessoas, e aumentou com um grupo que veio do estádio Mané Garrincha, no início da noite. Vias foram interditadas para o protesto.
Um policial de trânsito foi atropelado quando tentava administrar o trânsito no Eixo Monumental.

Reuniões no Congresso
A manifestação de hoje na cidade ocorre num momento em que a presidente Dilma, o Congresso e a Justiça adotam uma agenda "positiva" em resposta às ruas.
Nesta quarta, manifestantes se reuniram com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e com presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Eles deixaram o Senado sem apresentar reivindicações, mas marcaram uma nova reunião com o chefe de gabinete de Renan para amanhã às 18h. Até lá, devem estudar uma pauta unificada de reivindicações.
Na Câmara, os manifestantes apresentaram duas pautas de reivindicações e saíram com uma promessa do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de trabalhar para "enterrar" o projeto conhecido como "cura gay".

fonte:http://www.tribunahoje.com/noticia/68034/brasil/2013/06/26/pm-prende-34-manifestantes-por-tentativa-de-invaso-a-shopping-no-df.html
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