terça-feira, 15 de abril de 2014

Dois últimos PMs são condenados por morte de juíza

(Foto: AP)

Os dois últimos dos 11 policiais militares denunciados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, ocorrido em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, foram julgados: Sammy dos Santos Quintanilha foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio doloso e formação de quadrilha, e Handerson Lents Henrique da Silva foi punido com quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por violação de sigilo funcional, ao indicar onde a juíza morava.

Todos os PMs julgados foram condenados. A maior pena, de 36 anos de prisão, foi aplicada ao ex-comandante do 7º Batalhão da PM, Claudio Luiz Silva de Oliveira. A menor pena foi de Handerson Lents da Silva.

Patrícia Acioli era juíza titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, cidade vizinha de Niterói, quando foi morta, em 11 de agosto de 2011, com 21 tiros, em frente ao condomínio onde morava, em Niterói. A magistrada atuava em diversos processos em que os réus, policiais militares, estavam envolvidos em supostos autos de resistência, como são registrados os casos em que há troca de tiros e policiais matam seus oponentes.

O julgamento
A primeira testemunha foi a advogada Ana Claudia Abreu Lourenço. Ela era advogada de Sammy no processo sobre a morte de Diego Beliene, quando soube que a juíza havia decretado a prisão preventiva dele e de todos integrantes do Grupo de Ações Táticas (GAT), do 7º Batalhão da Polícia Militar em Alcântara.

De acordo com a advogada, ela avisou a diversos integrantes do GAT sobre a decretação das prisões. Ela disse que Jefferson de Araújo Miranda, um dos réus já condenados pelo assassinato de Patrícia Acioli, contou a ela que Sammy não sabia que o crime estava sendo planejado, pois, se soubesse, acabaria contando a ela que, por sua vez, contaria à juíza.

A segunda testemunha foi o inspetor de polícia Ricardo Henrique Moreira. Ele contou estar sendo ameaçado de morte desde 2010 por seu trabalho no núcleo de homicídios da delegacia. Ele disse que, segundo as investigações, o plano do GAT era matá-lo, mas o tenente coronel, Cláudio Oliveira, também condenado pelo assassinato da juíza, teria convencido os policiais a matar a magistrada para cortar o mal pela raiz.

O delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro na época do crime, Felipe Ettore, foi o terceiro a depor. Segundo ele, Sammy estava preso no Batalhão Especial Prisional no dia do assassinato, por estar envolvido no assassinato de Diego Beliene, mas aceitou financiar o crime.

Quanto a Handerson, o delegado disse ter certeza de que ele sabia do planejamento do crime quando, um mês antes, levou integrantes do GAT até a casa da juíza para mostrar o local onde seria o homicídio. No entanto, de acordo com as investigações, ele não fazia parte do grupo do comandante Cláudio Oliveira, pois não estava mais lotado no 7º Batalhão.

A quarta testemunha foi o policial civil José Carlos Guimarães, que era chefe das investigações da Divisão de Homicídios do Rio. O policial repetiu o que foi dito pelo delegado Felipe Ettore e destacou que, mesmo estando preso, o soldado Sammy entrava constantemente em contato com os outros integrantes do GAT por meio de celular. O policial disse que o grupo tentou matar a magistrada duas vezes. O julgamento está previsto para acabar na madrugada desta terça-feira (15).

fonte:https://br.noticias.yahoo.com/dois-%C3%BAltimos-pms-s%C3%A3o-condenados-morte-ju%C3%ADza-025400441.html
Por Fábio Grellet | Estadão Conteúdo
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