terça-feira, 15 de abril de 2014

MP investiga se milionário é mantido dopado em casa

Batalha da cutícula

O Ministério Público de São Paulo investiga, sob segredo de justiça, denúncia de que o empresário e engenheiro Henry Maksoud, 85 anos, é mantido dopado e em cárcere privado, em seu próprio lar – uma mansão num terreno de 17 mil metros quadrados, na Chácara Flora, na zona sul de São Paulo. O caso corre, trancado a sete chaves, na promotoria agregada à Vara de Família do bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo.

Georgina e Henry Maksoud. Reprodução Facebook.

Quem alimenta as denúncias são funcionários e ex-funcionários do Hotel Maksoud, inaugurado em 1º de dezembro de 1979. Roberto Félix Maksoud, o filho mais velho de Henry, comandou o hotel até 1996, quando se desligou dos negócios da família. Foi sob a batuta de Roberto Félix que o hotel hospedou personalidades como Frank Sinatra, Sammy Davis Jr., Ricky Martin, Catherine Deneuve, a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, Paul McCartney e a dupla Page e Plant, do Led Zeppelin. Coube inclusive a Sinatra inaugurar, com um show, o bar do hotel, em 1981.

Funcionários e ex-funcionários do hotel Maksoud, ouvidos pelo Yahoo!, relatam que o filho Roberto Maksoud, que mora na Flórida há muitos anos, voltou a São Paulo, há dois meses, tamanha a preocupação com o estado de saúde de Henry Maksoud.

Divorciado em 2003 de Ilde Maksoud, Henry Maksoud vive com uma ex-manicure do hotel, Georgina Célia Bizerra Maksoud, 61 anos.

Funcionários do hotel atestam que Henry Maksoud sofre de câncer no pulmão, demência vascular, graves problemas cardíacos, diabetes – e não dispõe mais da chamada memória curta (o que o impede de registrar informações geradas num simples diálogo). Tais problemas o levaram a internações hospitalares em 1º de julho de 2012, 10 de outubro de 2013 e 19 de dezembro de 2013.

O Ministério Público informa que investiga “minuciosamente” denúncias de funcionários dando conta de que Maksoud é mantido em estado de catatonia pela ingestão de “doses cavalares” do medicamento Rivotril — que, associado à curta memória do empresário, faria dele um autômato.

Funcionários garantem que a família Maksoud está em estado de guerra; e que o jornalista Claudio Maksoud, irmão do ex-todo poderoso chefe do hotel, Roberto Maksoud, foi judicialmente expulso dos apartamentos 1321 e 1319, nos quais morava havia 20 anos. O autor da ação é Henry Maksoud Neto, neto de Maksoud e filho de Roberto, rompido com o pai, que hoje divide os poderes do hotel com a ex-manicure Georgina Célia Bizerra Maksoud.

Desde que se divorciaram em 1993, Henry e Ilde Maksoud travam batalha judicial. O valor dos bens para a partilha beira 350 milhões de dólares. Somente o Hotel Maksoud Plaza é estimado em 120 milhões de dólares.

Os negócios do hotel foram abalados por dívidas trabalhistas na casa de RS$ 100 milhões. Em seis de julho de 2012 o Tribunal de Justiça do Trabalho (TRT) da 2ª região, em São Paulo, decidiu que o leilão do Maksoud Plaza, realizado em 24 de novembro, na tentativa de salvar o negócio, era válido.

Em 25 de novembro de 2011, Henry Maksoud, dono do hotel e da holding Hidroservice, obteve, antes da venda do estabelecimento, uma liminar em mandado de segurança que não impedia o leilão, mas a transferência imediata do prédio aos novos donos.

O hotel foi arrematado por R$ 70 milhões pelos empresários Jussara e Fernando Simões, irmãos e proprietários da JSL, uma empresa de logística.

Alguns funcionários comparam a situação de Henry Maksoud à de Antonio Fagundes, na novela Amor à Vida – um empresário do ramo hospitalar que acabou seus dias cego e manipulado pelos que o cercavam.

Uma batalha judicial inigualável se avizinha para o clã Maksoud: afinal está em jogo pelo menos meio bilhão de dólares e, sobretudo, o acesso aos dados sobre estado de sáude de Henry – tidos como inexpugnáveis.

fonte:https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/batalha-da-cutícula-214524192.html
Por Claudio Tognolli
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