sexta-feira, 13 de abril de 2018

Tem muito esperma na Estação Espacial Internacional nesse momento

Os astronautas Scott Tingle e Norishige Kanai observam a chegada da cápsula Dragon à estação espacial, trazendo esperma congelado dentre outras coisas

Pela primeira vez (pelo menos oficialmente…), a NASA soltará esperma humano no espaço exterior.

A missão Micro-11, que chegou ao espaço a bordo de uma cápsula Dragon, lançada pelo foguete Falcon 9 da companhia SpaceX, equivale a um monte de contêineres de esperma humano e de touro congelados.

A bordo da Estação Espacial Internacional, os cientistas vão descongelar todo esse esperma e estudá-lo para ver como o ambiente de baixa gravidade afeta sua capacidade de se mover e se preparar para se fundir com um óvulo.

Esperma e espaço
A NASA está enviando tanto espermatozoides de touros quanto de humanos porque as células dos touros são mais consistentes em atividade e aparência.

Ao estudá-las juntamente com o esperma humano, os cientistas serão capazes de descobrir se algum comportamento estranho que estão vendo é resultado de algo incomum sobre uma determinada amostra ou dos efeitos da microgravidade.

“Experiências anteriores com ouriços-do-mar e touros sugerem que a ativação do movimento acontece mais rapidamente na microgravidade, enquanto os passos que levam à fusão acontecem mais lentamente ou não acontecem. Atrasos ou problemas podem impedir a fertilização de acontecer no espaço”, explicou a NASA.

Realizar esse experimento é o mais próximo que a agência espacial americana já chegou de reconhecer que, cedo ou tarde, o sexo no espaço quase certamente se tornará uma realidade.

Por que isso importa?
Talvez valha a pena notar que a atual tripulação de seis homens da Estação Espacial Internacional poderia fornecer um monte de esperma humano de forma mais barata do que enviá-lo daqui da Terra em um lançamento multimilionário, mas é compreensível que a NASA tenha seguido por esse caminho, se não por outro motivo, pelo fato de que não é razoável exigir esperma de seus funcionários, mesmo em um ambiente de trabalho sideral.

Os espermatozoides eventualmente voltarão para solo terrestre, onde serão examinados por um laboratório da Universidade do Kansas, nos EUA. Lá, pesquisadores realizarão mais experiências nas amostras para ver como o tempo no espaço mudou o comportamento do esperma.

Os resultados podem se revelar importantíssimos não somente para entendermos a capacidade de realmente vivermos no espaço ou em outros planetas e satélites um dia, mas também para compreender possíveis efeitos que podem já ter afetado astronautas que passaram algum tempo em órbita. [LiveScience]

por Natasha Romanzoti
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