quarta-feira, 5 de junho de 2013

Militares negam ter torturado jovem de 13 anos na parte alta de Maceió

Associação diz que versão da mãe do garoto não é verdadeira.
OAB deve ouvir os policias nesta quinta-feira (6).


Menino diz que levou vários tapas no rosto e que foi agredido ainda com uma arma de choque. (Foto: Michelle Farias/G1)


Os policiais militares apontados, na denuncia da mãe de um dolescente de 13 anos, como agressores e torturadores de seu filho, negam as acusações. O caso aconteceu no último dia 29, no Conjunto Osman Loureiro, no Tabuleiro do Martins, em Maceió.
Entre os PMs estão um sargento e três cabos. A Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (Aspra) disse, nesta quarta-feira (5), que os policias não comenteram nenhum tipo de agressão ao adolescente. Para o presidente da Aspra, Wagner Simas, as afirmações da mãe do garoto "não são verdadeiras".
Na segunda-feira (3), a mãe do garoto disse que estava com medo e sendo amaeçada por policias após ter denunciado que filho dela havia sido torturado. Segundo relato da mãe, o adolescente foi abordado pelos policias após ter comprado uma arma de brinquedo.

“Meu filho vendeu umas galinhas na feira e por inocência comprou a arma de brinquedo. Estava andando na rua com mais dois amigos, um deles de 10 anos, quando foi abordado pelos policiais que o torturaram”, contou a mãe que do menino.
De acordo com o cabo Wagner Simas, os PMs teriam recebido a informação de que alguns menores estavam armados nas proximidades de uma escola. Quando saíram para a patrulha se depararam com o menino de 13 anos portando uma arma de brinquedo. “Não houve agressão. Não houve nada disso de tortura. Até porque se quatro militares agredissem o menino, ele estaria no minímo hospitalizado até agora”, diz.
O presidente da Aspra diz ainda que a informação de que o menino teria recebido choques dos policiais é inverídica. "A arma taser, como é chamada, registra a hora e o dia que foi utilizada e a arma da Base Comunitária do Osman Loureiro, não foi usada nenhuma vez, e nós temos como provar isso", afirma o cabo Wagner Simas.

Ainda segundo Simas, o adolescente pode ter sido agredido pelos pais. "Quem garante que o menino não foi espancado pelos pais quando chegou em casa? Ninguém quer ver o seu filho preso", questiona o cabo.
Segundo informações da Aspra, na quinta-feira (6), os militares envolvidos no caso serão ouvidos pela Corregedoria da Polícia Militar na Base Comunitária do Osman Loureiro. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Daniel Nunes e a promotora Karla Padilha, foram chamados para ouvirem a versão dos PMs.

Entenda o caso
Na úlima quarta-feira (29), a mãe de um adolescente de 13 anos procurou a OAB para denunciar que seu filho havia sofrido tortura por parte de três policiais militares, incluindo uma mulher, no dia 26 de maio. Ela conta que o adolescente estava com uma arma de brinquedo que comprou em uma feira no Tabuleiro, em Maceió.

Ainda de acordo com a mãe do adolescente no dia da agressão ela recebeu um comunicado de que seu filho estaria apreendido em um PM Box. "Ao chegar ao local me disseram que meu filho já não estava mais lá e pediram para eu ir em outro posto policial. Ao chegar lá fui recebido com a negativa. Ao voltar ao primeiro posto, um menino confirmou no caminho que meu filho estava lá. Ao chegar, um dos policiais falou na minha cara que meu filho era um vagabundo”, relata.
A mãe do adolecente disse que os dois menores que estavam com seu filho na hora da abordagem conseguiram fugir, mas que um deles, o de 10 anos, sofreu ferimentos nos pés.

fonte:http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/06/militares-negam-ter-torturado-jovem-de-13-anos-na-parte-alta-de-maceio.html
Fabiana De Mutiis - Do G1 AL
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