quinta-feira, 16 de julho de 2015

Polícia: Menina de 10 anos que era estuprada pelo padrasto passa mal na escola e dá à luz em BH

Garota não revelava abusos por causa de ameaças do autor contra a mãe e o irmão dela. Homem foi preso com diversas armas de uso restrito e confessou as relações sexuais com a criança


Uma menina, de apenas 10 anos, que foi estuprada pelo padrasto precisou ser internada nesta terça-feira com dores abdominais e deu à luz a um bebê, depois de ter escondido a gestação por sete meses. A criança sentiu as dores durante uma aula onde estuda e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Contagem. Após ser transferida para um hospital particular de Belo Horizonte e realizado o parto, foi registrado um boletim de ocorrência. Os militares localizaram J.R.O., de 40 anos, em Sabará, na região metropolitana da capital. O homem foi preso em flagrante por posse ilegal de armas e munição de uso restrito.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a mãe da criança alegou que não sabia do caso. Ela informou aos militares que no fim do ano passado, a garota estava diferente e disse à mãe que não queria mais estudar. A mulher então deixou a filha morar com os avós paternos por um tempo. Quando a menina voltou a morar com a mãe, há cerca de três meses, o padrasto então decidiu sair de casa. Após o desentendimento do casal, que morava em Esmeraldas, ele teria ido morar na cidade de Sabará.

A mãe também teria dito que tentou perguntar e conversar com a garota algumas vezes, mas ela rechaçava qualquer contato. Somente depois de dar à luz, e indagada também por uma assistente social, a criança admitiu que o padrasto havia abusado sexualmente dela. A mãe revelou que os dois costumavam ficar sozinhos em casa quando ela saia para trabalhar. A mulher disse acreditar que os abusos aconteceram entre os meses de outubro e dezembro de 2014.

Conforme o depoimento inicial da menina aos militares, o padrasto mantinha relações sexuais com ela e ameaçava matar a mãe e o irmão de 2 anos, caso a garota contasse a alguém sobre os abusos. A menor e a recém-nascida continuam internadas.

por Rodrigo Melo
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