quarta-feira, 29 de julho de 2015

Operação Lava Jato: Marcelo Odebrecht e mais 12 viram réus

Segundo o juiz Sérgio Moro, há indícios de que empresário e os demais investigados eram os destinatários da propina

Segundo Sérgio Moro, juiz federal, há indícios de que Marcelo Odebrecht seria responsável por orientar o esquema de corrupção - Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro abriu nesta terça-feira (28) ação penal contra o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e mais 12 investigados na Operação Lava Jato, acusados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, cometidos em contratos da Petrobras.

Entre os investigados, que passaram à condição de réus, estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, além de Renato Duque, Pedro Barusco e Celso Araripe, ex-dirigentes da estatal. Segundo o juiz, há indícios de que eles eram os destinatários da propina. Alexandrino Ramos de Alencar e Márcio Faria da Silva, ex-executivos da Odebrecht, tiveram também a denúncia aceita.

Para Moro, as provas indicam que o presidente da Odebrecht, preso em Curitiba desde o mês passado, está envolvido na prática dos crimes, orientando a atuação dos demais. Segundo o juiz, o fato é evidenciado “principalmente por mensagens a eles dirigidas e anotações pessoais, apreendidas no curso das investigações”.

Veja quem foram os políticos denunciados por Rodrigo Janot na Lava Jato:

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha está entre os que serão investigados na Lava Jato.
Antes de aparecer na lista de Janot, Renan Calheiros disse que não conhecia Youssef ou envolvidos na Lava Jato.
O ex-presidente e senador pelo PTB de Alagoas, Fernando Collor, é acusado de ter recebido dinheiro de Yousseff.
Senador pelo PMDB do Maranhão e ex-ministro das Minas e Energia de Dilma, Edison Lobão é investigado em inquérito que envolve a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).
Senadora pelo PT do Paraná ex-ministra da Casa Civil de Dilma, Gleisi Hoffman foi citada em delação premiada da Lava Jato.
Alvo de inqúerito, Antônio Anastasia é senador pelo PSDB de Minas Gerais, ex-governador do Estado e foi coordenador de campanha de Aécio à Presidência.
Senador pelo PP do Piauí, Ciro Nogueira teve dois inquéritos arquivados, mas é alvo de um terceiro, que envolve outras 36 pessoas.
Lindberg Farias, senador pelo PT do RJ, é suspeito de ter pedido dinheiro a Paulo Roberto Costa.
Ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) é citada também no inquérito contra o senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Deputado pelo PP da Paraíba, Aguinaldo Ribeiro fio ministro das Cidades durante o governo Dilma.
Vilson Covatti foi deputado federal pelo PP do Rio Grande do Sul até janeiro de 2015.
Deputado federal pelo PT de São Paulo e ex-líder do governo Lula, Cândido Vaccarezza teria recebido R$ 400 mil em propina.
Alvo de inquérito, Humberto Costa é senador pelo PT de Pernambuco e foi ministro da Saúde durante o governo Lula.
Senador pelo PMDB de Roraima, Romero Jucá foi líder dos governos FHC e Lula.
Senador pelo PMDB de Rondônia, Valdir Raupp foi governador de Rondônia e líder do partido.
Ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, Antônio Palocci terá suas condutas investigadas pela Polícia Federal no Paraná, para onde o STF mandou o inquérito.
Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto é alvo do processo que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP de Mato Grosso, Pedro Henry foi condenado no processo do mensalão.
Deputado federal pelo PMDB do Ceará, Aníbal Gomes é investigado no inquérito que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP do Rio de Janeiro, Simão Sessim ocupa o cargo desde a década de 1970.
Ex-deputado federal pelo PP de Pernambuco, teve seu mandato cassado na esteira do escândalo do mensalão.
Deputado federal pelo Solidariedade da Bahia, Luiz Argôlo chegou a ter sua cassação aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara.
Deputado federal pelo PP do Paraná, Nelson Meurer é presidente do partido no Estado.
Deputado pelo PP do Acre, Gladson Cameli é investigado no inquérito que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP de Goiás, Roberto Balestra é investigado no maior inquérito, que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP de Goiás, Sandes Júnior, é alvo do maior inquérito da Operação, com 37 investigados.
Deputado federal pelo PT do Mato Grosso, Vander Loubet é investigado em inquérito que inclui o deputado Cândido Vaccarezaa (PT-SP).
Senador pelo PP do Piauí, Ciro Nogueira teve dois inquéritos arquivados, mas é alvo de um terceiro, que envolve outras 36 pessoas. 
Deputada federal pelo PP de São Paulo, Aline Corrêa consta da lista de 37 investigados de um dos inquéritos da Lava Jato.
Senador pelo PP de Alagoas, Benedito de Lira iniciou sua carreira política no extinto Arena, que apoiava a ditadura militar.
Deputado federal pelo PT de São Paulo, José Mentor foi líder estudantil contrário à ditadura militar.
Deputado federal pelo PP do Rio Grande do Sul, José Otávio Germano é alvo de dois pedidos de instauração de inquérito.
Deputado federal pelo PP do Ceará, José Linhares Ponte foi padre e usa a experiência de sacerdócio nas campanhas eleitorais.
Deputado federal pelo PP de Pernambuco até janeiro de 2015, Roberto Teixeira é investigado no inquérito que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP de Santa Catarina até janeiro de 2015, João Alberto Pizzolatti Junior é alvo do inquérito que envolve outras 36 pessoas.
Deputado federal pelo PP da Bahia até janeiro de 2015, Mário Negromonte foi ministro das Cidades durante o governo Dilma.
Deputado pelo PP do Maranhão, Waldir Maranhão é investigado no inquérito que envolve outras 36 pessoas.
Vice-governador da Bahia, comandada por Rui Costa (PT), João Leão foi deputado federal pelo PP do Estado.
Deputado federal pelo PP de Rondônia até janeiro de 2015, Carlos Magno Ramos foi secretário da Casa Civil do ex-governador e hoje senador Ivo Cassol (PP).
Deputado federal pelo PP da Bahia, Roberto Britto é investigado no inquérito que envolve outras 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP do Rio Grande do Sul, Renato Molling é investigado no inquérito que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP do Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze é investigado no inquérito que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP do Tocantins, Lázaro Botelho é investigado no inquerito que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP de São Paulo, José Olímpio se apresenta como missionário da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Deputado federal pelo PP do Rio Grande do Sul, Afonso Hamm é investigado no inquérito que envolve outras 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP, Jerônimo Goergen foi vice-líder da bancada do PP na Câmara dos Deputados.
Deputado federal pelo PP do Paraná, Dilceu Sperafico é investigado no inquérito que envolve outras 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP de Alagoas, Arthur Lira é filho de Benedito de Lira, também investigado na Lava Jato.
Deputado pelo PP de Minas Gerais, Luiz Fernando Faria é investigado no inquérito que envolve 37 pessoas.
Deputado federal pelo PP de Pernambuco, Eduardo da Fonte foi segundo vice-presidente da Câmara e líder do PP na Casa.

Alguns dos citados acima

Ao decidir pela abertura da ação penal, Sérgio Moro disse haver evidências de que a Odebrecht fez pagamentos aos investigados, por meio de contas na Suíça. “Em especial, a documentação vinda da Suíça, com, em cognição sumária, a prova material do fluxo de contas controladas pela Odebrecht a dirigentes da Petrobras, é um elemento probatório muito significativo, sem prejuízo da discussão pelas partes e apreciação final pelo Juízo”, justificou.

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