quinta-feira, 16 de julho de 2015

Prefeito usa avião para atacar sem-terra e morre em acidente aéreo

De acordo com o tenente-coronel, os ocupantes do assentamento disseram que o avião fazia voos rasantes

Uma aeronave caiu no fim da tarde de terça-feira em Tumiritinga (a 350 km de Belo Horizonte), matando o prefeito de Central de Minas (MG), Genil da Mata Cruz (PP), e um empregado particular ainda não identificado.

Segundo a Polícia Militar, o avião sobrevoava um acampamento do MST (Movimento dos Sem-Terra) quando caiu. Três carros da corporação estiveram no local. Os agentes fizeram o isolamento da área para o trabalho da perícia da Aeronáutica e da Polícia Civil.
– Fomos acionados por volta das 17h30 informando sobre a queda de uma aeronave. Chegamos e confirmamos o fato com o avião totalmente destruído e dois corpos carbonizados – disse o tenente-coronel da PM Célio Menezes.

De acordo com o militar, a causa do acidente ainda não foi identificada.

No início deste mês, a fazenda Casa Branca que pertencia ao prefeito, foi invadida por cerca de 300 membros do movimento MST. O grupo justificou a ocupação da propriedade por ser um local improdutivo.
Moradores da ocupação disseram aos militares na última sexta-feira, que algumas pessoas invadiram a fazenda em dois tratores blindados. No trajeto, essas pessoas, segundo as denúncias, atiraram e arremessaram foguetes contra as famílias.

De acordo com o tenente-coronel, os ocupantes do assentamento disseram que o avião fazia voos rasantes e que jogava coquetéis molotov sobre as casas dos moradores. O militar, porém, afirma que isso não pôde ser verificado.
Nesta quinta-feira, o advogado do prefeito, Siranides Gomes, negou a acusação dos sem-terra, ele disse que não tinha informações sobre esses possíveis ataques contra o acampamento. “Não tenho essa informação. O que sei é que ele apenas fotografava a área invadida de sua fazenda.”

O advogado afirmou que ingressaria na terça-feira com uma ação na Justiça pedindo a reintegração de posse da fazenda, por isso teria pedido ao prefeito que fizesse um sobrevoo para registrar imagens.
– Falei com ele e pedi que fizesse uma tomada aérea, fotografasse a área invadida para que eu pudesse anexar à petição inicial. Depois disso não tive mais contato com ele, até saber do acidente – disse o advogado.

As investigações que vão identificar as causas do acidente serão feitas pela perícia da Aeronáutica e da polícia, além do trabalho da Polícia Judiciária que irá investigar um eventual crime no local, disse o tenente-coronel da PM.

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