terça-feira, 22 de outubro de 2013

Marina Silva diz que candidatura 'foi subtraída' com veto a registro da Rede

Ex-senadora foi a entrevistada do Roda Viva na noite desta segunda-feira.
Decisão sobre eventual candidatura pelo PSB só acontecerá em 2014.

A ex-senadora Marina Silva voltou a negar uma eventual candidatura à Presidência da República em 2014 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), ao qual se filiou recentemente, mas admitiu que a decisão final sobre a formação da chapa só deverá ocorrer em 2014. No entender dela, quando Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) não concedeu o registro à Rede Sustentabilidade, partido pelo qual pretendia se candidatar, essa possibilidade lhe "foi subtraída".

Marina Silva foi a entrevistada do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (21). “Quando nós conversamos para tratar da aliança programática, não se fez uma discussão sobre vice ou não vice. Partiu-se do princípio que o PSB tem uma candidatura e que eu estava dialogando com este candidato, esta candidatura, para assumir as propostas que consideramos relevantes para o Brasil. E a filiação ao PSB foi uma espécie de chancela desta aliança programática. E todos que me perguntavam de que eu não estava na condição de candidata, de que a Rede se fosse registrada, a candidatura era uma possibilidade. Não tendo o registro da Rede essa possibilidade foi subtraída. É o Eduardo (Campos, governador de Pernambuco) que diz que é em 2014 que vai tomar essa decisão (sobre a cabeça de chapa)", declarou.

Para Marina Silva, a candidatura de Eduardo Campos era a que mais se comprometia com as ideias e com o prgrama da Rede Sustentabilidade. "Naquele momento o que pesou foi o seguinte: o que é mais coerente com aquilo que estamos defendendo, de ser um partido programático e não um partido puramente pragmático, que faz qualquer coisa para participar das eleições? E a candidatura do Eduardo se colocava no sentido de se ele se compromete com nossas ideias, nosso programa, isso já é uma boa contribuição para o Brasil.”

Ao ser questionada se está preparada para ser a vice de uma chapa encabeçada por Campos, Marina Silva, no entanto, afirmou que não discutiu sobre cargos, ao acertar a sua filiação ao partido. ”Nós não discutimos isso. Nós discutimos programa. Eu não posso me colocar nesse lugar. Eu me coloco no lugar de quem quer discutir ideias, de quem quer debaterr o Brasil. E não de quem fica discutindo cargos", desconversou.

Ela voltou a repetir que não tem por objetivo ser a Presidente da República, a exemplo do que já havia declarado em entrevista recente ao apresentador e humorista Jô Soares, em seu programa pela Rede Globo. "O objetivo da minha vida não é ser Presidente da República. O objetivo da minha vida é lutar para que o Brasil seja melhor, o mundo seja melhor. E se tiver um presidente que se cromprometa com essas ideias, não tem nenhum problema em apoiar essa candidatura", insistiu.
Ao ser questionada sobre como conciliar o fato de ser evangélica com uma eventual possibilidade de ocupar a Presidência da República, Marina Silva arrancou risos de seus entrevistadores ao comentar sobre o criacionismo, crença religiosa de que a humanidade, a vida, a Terra e o universo são criação de Deus.

“Em primeiro lugar eu não sou criacionista. Isso foi um criacionismo de alguém em relação a mim. O que eu fiz foi dizer em uma escola confessional que se deveria ensinar também a evolução. Eu tenho todo o respeito por quem tem as suas convicções, mas eu não preciso justificar cientificamente a minha fé. Eu acredito que Deus criou todas as coisas, inclusive a grande contribuição que foi dada por Darwin (Charles Darwin, autor de Teoria da Evolução)", declarou.
Ela declarou ainda ser contrária ao estudo de células-tronco embrionárias. "Existe o mesmo estudo que pode ser feito com células-tronco de adultos." E, por fim, afirmou que em relação ao casamento gay que as pessoas "têm o direito de exercitar a liberdade". "Quando você é eleito presidente da República, você é eleito presidente da República, você não é o pastor, você não é padre", concluiu.

fonte:http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/10/marina-silva-diz-que-candidatura-foi-subtraida-com-veto-registro-da-rede.html
imagem:adilton2.blog.uol.com.br
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