Mesmo com Celso Barros, presidente da patrocinadora, exigindo a permanência do treinador, o mandatário tricolor bancou a demissão
Renato Gaúcho chegou ao fim da sua quinta passagem pelo Fluminense. Nesta temporada foram 18 jogos, nove vitórias, cinco empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 59,2% (Foto: Divulgação/Fluminense FC)
Renato Gaúcho não é mais técnico do Fluminense. Após reunião que começou na noite de terça-feira (1) e terminou na madrugada desta quarta-feira (2), o presidente do Fluminense desta vez ganhou a queda de braço contra o Celso Barros, presidente da patrocinadora do clube, a Unimed. Não houve consenso na decisão, Celso exigiu a permanência do treinador, mas Peter bateu o pé e decidiu pela saída, algo que já havia demonstrado querer fazer mais cedo. O vice de futebol, Ricardo Tenório, também marcou presença no encontro.
Durante a reunião, Celso Barros ameaçou não colocar dinheiro na contratação do novo técnico caso Renato fosse demitido. Mesmo com o clube vivendo dificuldades financeiras, Peter bancou a demissão. Renato não foi unanimidade nesta sua quinta passagem em Laranjeiras. Anunciado em dezembro, foi contratado pela vontade de Celso Barros, que bancou o treinador que custou cerca de R$550 mil mensais, sendo apenas R$50 mil responsabilidade do clube. O mandatário tricolor, Peter Siemsen, tinha o desejo de contratar Ney Franco ou Tite.
Renato Gaúcho será comunicado oficialmente na manhã desta quarta-feira. O treino está marcado para às 9h, e às 11h, o presidente Peter Siemsen concederá entrevista coletiva nas Laranjeiras.
A eliminação no Campeonato Carioca, a derrota para o Horizonte-CE, o risco de ser eliminado precocemente na Copa do Brasil e o péssimo futebol apresentado neste início de temporada foram suficientes para a demissão do treinador. Além disso, Peter acha que Renato não tem um perfil formador de elenco, e o estilo de trabalho não agradava o presidente tricolor. A falta de coletivos e treinos táticos depois da pré-temporada gerou críticas e desconfianças nos bastidores.
Esta foi a quinta passagem de Renato Gaúcho pelo Fluminense. Comandou a equipe em 18 oportunidades, com nove vitórias, cinco empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 59,2%. Como jogador, entrou para a história do clube com o inesquecível gol de barriga. Como treinador, viveu seu melhor momento em 2007, quando conquistou a Copa do Brasil, até o fim da campanha do clube na Libertadores de 2008, com o vice-campeonato.
Quedas de braço são recorrentes entre Peter e Celso
Em 2011, Emerson Sheik cantou um funk do rival do Fluminense, o Flamengo, no ônibus do clube durante a viagem para a partida contra o Argentino Juniors, pela Libertadores. A brincadeira lhe rendeu um afastamento da equipe feito pelo próprio presidente Peter Siemsen, poucas horas antes do jogo. Na ocasião, o Flu venceu por 4 a 2 e garantiu a classificação. Emerson acabou deixando o clube, deixando Celso Barros furioso.
Em julho do ano passado, uma situação parecida aconteceu no Fluminense. Após demitir Abel Braga, contra a vontade de Peter, Celso Barros bancou a contratação de Vanderlei Luxemburgo, contra a vontade do presidente tricolor. Após série de resultados negativos, Peter demitiu o treinador, contra a vontade do patrocinador. A história voltou a se repetir com Renato Gaúcho.
No início de 2013, Peter pediu mais investimento do patrocinador para a disputa da Libertadores. O Fluminense entrara como um dos favoritos ao título da competição, mas Celso Barros não quis investir em ninguém e optou por manter o elenco, o que não aconteceu durante a temporada com as vendas de Thiago Neves e Wellington Nem, a aposentadoria de Deco e os desfalques de Bruno, Carlinhos, Valencia e Fred por lesão. Mesmo com essas perdas, a patrocinadora não investiu no clube pois estava com cota de investimento no limite devido a construção de um hospital. No fim do ano, o Fluminense acabara rebaixado no Campeonato Brasileiro.
Após o rebaixamento, Peter resolveu fazer mudanças no clube e demitiu o vice diretor de futebol, Rodrigo Caetano, contra a vontade de Celso Barros. Caetano era um dos nomes de confiança de Barros dentro do clube. Recentemente saiu notícias de que os dois estariam conversando sobre um possível retorno do vice diretor.
fonte:http://www.vavel.com/br/futebol/fluminense/344592-peter-siemsen-bate-o-martelo-e-renato-gaucho-nao-e-mais-tecnico-do-fluminense.html
por Rodrigo da Costa
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