sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Novo medicamento é capaz de tratar alguns tipos de calvície, “ressuscitando” o couro cabeludo


A calvície é um problema que os cientistas tentam combater há muito tempo, e todos os tipos de curas e estratégias têm sido sugeridas ao longo dos anos.
Alguns tratamentos modernos podem limitar os efeitos da calvície em homens e mulheres, mas ainda estamos à procura de algo que possa realmente fazer os cabelos voltarem a crescer como antes.

Uma nova pesquisa do Centro Médico da Universidade de Columbia, nos EUA, divulgada na revista Science Advances, foi capaz de desenvolver um medicamento para inibir a enzima que, em alguns casos, bloqueia o crescimento do cabelo. A equipe focou o estudo na alopecia areata - condição caracterizada pela perda de cabelo em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo - mas os resultados poderiam potencialmente ser usados de forma mais ampla, para combater outros tipos de perda de cabelo.

A família de enzimas em questão é conhecida como Janus Kinase (JAK). Quando suas atividades foram limitadas nos folículos pilosos, os cientistas conseguiram estimular o crescimento de cabelo em ratos de laboratório, depois de apenas 10 dias. Embora a droga possa ser tomada via oral, aplicá-la diretamente sobre a pele resultou em um crescimento de cabelo ainda mais efetivo. Isto sugere que o tratamento, de alguma forma, interage com os folículos capilares para evitar que a calvície local ocorra.

Folículos pilosos naturalmente passam por ciclos de crescimento e de hibernação. Cerca de 10% dos cabelos da cabeça param de crescer, em algum momento, podendo preparar-se para aumentar a produção novamente quando necessário. Uma variedade de fatores pode interromper este ciclo natural, embora no caso da alopecia areata, ocorra porque o sistema imunológico ataca erroneamente o folículo, graças a essas enzimas JAK.

Essencialmente, o que a nova droga parece estar fazendo é reiniciando a produção de cabelo. Depois de três semanas de tratamento, os pesquisadores relataram que seus ratos de laboratório recuperaram quase todo o pelo original. Este seria um desenvolvimento promissor influenciando processos naturais do crescimento de cabelo do corpo.

O Food and Drug Administration (FDA) dos EUA – órgão com papel semelhante a ANVISA aqui no Brasil – já aprovou o medicamento e agora a equipe está trabalhando no tratamento de doenças do sangue e artrite reumatoide, o maior obstáculo até agora. “O que descobrimos é promissor, embora ainda não tenhamos comprovado uma cura para a calvície”, disse Angela Christiano, membro da equipe. “Mais trabalho precisa ser feito para testar se os inibidores de JAK podem induzir o crescimento do cabelo em humanos, usando formulações feitas especialmente para o couro cabeludo. Não há muitos compostos capazes de influenciar os folículos pilosos em seu ciclo de crescimento tão rápido”, concluiu.

Science Alert Foto: Reprodução / Science Alert
fonte:jornalciencia.com
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