terça-feira, 30 de agosto de 2016

Matar traficantes é o trabalho exercido por essa mulher

O narcotráfico está sendo combatido ferozmente nas Filipinas. Em apenas dois meses foram mais de 2 mil mortes.

Foto da matadora de traficantes

Quando se fala em um assassino de aluguel não se imagina que possa ser uma mulher e que a mesma tenha matado seis pessoas. Mas é assim que essa mulher de estatura pequena, um tanto nervosa e desconfiada e sempre com o filho no colo ganha o sustento da família. Ela confessa que na primeira vez em que matou alguém ficou apavorada. Isso foi há dois anos. Hoje é uma das melhores profissionais no ramo, ajudando inclusive o governo filipino no combate ao narcotráfico.

A jovem, de nome Maria, pertence a uma equipe com mais duas colegas. Elas sempre são chamadas para executar o serviço pelo fato de não despertarem suspeitas, já que parecem mulheres frágeis. Perguntada de quem foi a ideia de cometer essas mortes, ela responde prontamente: "nosso chefe de polícia".

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, foi eleito em junho, e desde então a ordem é uma só, tanto para a policia com para cidadãos comuns: matar os narcotraficantes. Desde que estreou Maria executou 5 pessoas, todas com 1 tiro na cabeça. A guerra travada contra as drogas acabou por tornar-se uma oportunidade de trabalho nas Filipinas, contudo os riscos que trazem são maiores ainda.

Maria conta que matar é uma coisa banal, apenas um trabalho como qualquer outro. Ela começou incentivada pelo marido, que trabalhava como "matador de aluguel", mas também pela extrema pobreza em que viviam. "Certa vez precisaram de uma mulher e meu marido me escolheu", diz com naturalidade. Os dois conseguem ganhar até US$ 430 por morte, cerca de R$ 1.380, que dividem com os outros da equipe. Eles consideram-se ricos, pois esse valor nas Filipinas é uma fortuna.

Vidas sem 'importância'
Quando assumiu a presidência Rodrigo mandou um aviso aos traficantes: "Não destruam meu país, que eu os matarei". O aviso está sendo seguido ao pé da letra, nunca houve tanta procura por esquadrões da morte. E no final de semana passado ele reforçou o aviso, perguntando ao povo quem se importava com a vida de 10 criminosos. Contudo, Maria sente-se culpada pelos assassinatos que cometeu, e tem medo também. Ela diz temer uma vingança das famílias dos mortos.

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