quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Teori adia até novembro julgamento contra Renan Calheiros na Lava Jato

Presidente do Senado é investigado por supostamente ter recebido propina para evitar a instalação de uma CPI da Petrobras

Brasília - O ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou para até novembro o prazo para conclusão da investigação em um dos inquéritos contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nestes autos, Renan é investigado por supostamente ter recebido propina para evitar a instalação de uma CPI da Petrobras.

O Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura do inquérito em março deste ano, após pedido da Procuradoria-Geral da República. O alargamento do prazo foi pedido pela Polícia Federal e determinado por Teori.

Ministro Teori Zavascki é relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal - Divulgação / Nelson Jr. / STF

Em delação premiada, Carlos Alexandre de Souza Rocha, um dos entregadores de dinheiro de Alberto Youssef, cita conversas em que o doleiro mencionou pagamentos ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Rocha, conhecido como Ceará, disse que "várias vezes" ouviu Youssef falar no nome do peemedebista. Em uma delas, Youssef teria dito que repassaria R$ 2 milhões a Renan para evitar a instalação de uma CPI da Petrobras. Em outra situação o delator menciona uma entrega de R$ 1 milhão.

Foram ao todo três menções ao presidente do Senado. Os depoimentos de Ceará foram prestados entre o final de junho e o início de julho deste ano, na Procuradoria-Geral da República. As declarações foram mantidas sob sigilo até este mês, quando o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, retirou o segredo da documentação.

O senador Renan Calheiros nega enfaticamente recebimento de valores ilícitos. Desde que virou alvo da Procuradoria-Geral da República, o peemedebista tem reiterado que está à disposição da Justiça para esclarecimentos.

Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário