quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Para PF, Mantega poderia fugir do Brasil

Segundo investigadores, o ex-ministro estava com passagem comprada para o dia seguinte para Paris com embarque marcado para o dia seguinte ao da prisão

O ex-ministro Guido Mantega chega à sede da Polícia Federal, em São Paulo, após ser preso temporariamente durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Arquivo X - 22/09/2016 (Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress)

A Polícia Federal diz ter identificado risco de o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega fugir do Brasil entre setembro e outubro deste ano. O petista chegou a ser preso na 34ª fase da Operação Lava Jato, na semana passada, segundo a edição desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo.

Nascido na Itália, Mantega tem dupla cidadania. Investigadores relataram que Mantega e a mulher, Eliane Berger, estavam com passagens compradas para Paris com embarque marcado para o dia seguinte ao da detenção, ocorrida na última quinta-feira.

De acordo com a PF, após ser alvo de prisão temporária, revogada horas mais tarde pelo juiz Sergio Moro, Mantega remarcou a viagem para 8 de outubro com retorno previsto para o dia 15 do mesmo mês. O advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, negou que Mantega tivesse uma reserva para o dia seguinte à operação, mas confirmou que o ex-ministro e a mulher planejavam viajar para Paris no dia 8 de outubro.

Batochio afirma que o petista não planejou fugir do país. “Isso é uma sórdida invencionice”, afirmou. Entretanto, considerando haver risco de fuga, a PF segue monitorando o petista após sua soltura. No início desta semana, a polícia identificou que o ex-ministro petista cancelou a reserva para outubro.

De acordo com investigadores, o bilhete comprado garantia ao passageiro a possibilidade de embarcar em qualquer voo em que houvesse vaga – outro ponto rechaçado pela defesa do petista. Diante do possível plano de Mantega para sair do Brasil, a PF sugeriu informalmente ao juiz Sergio Moro que apreendesse o passaporte do ex-ministro.

Até a tarde desta terça, porém, não havia medidas cautelares que impeçam o ex-ministro de viajar para o exterior.

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