O presidente do Senado não acredita que a decisão de preservar os direitos políticos da ex-presidente criará um precedente favorável para Cunha e Delcídio.
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) preside sessão no Congresso Nacional para analisar e votar oito vetos presidenciais e a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2017 - 23/08/2016
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) preside sessão no Congresso Nacional para analisar e votar oito vetos presidenciais e a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2017 - 23/08/2016 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse neste sábado, 3, que seria uma punição “desproporcional” suspender os direitos políticos de Dilma Rousseff depois da aprovação de seu impeachment.
Segundo ele, a decisão de poupar a ex-presidente não criará um precedente favorável ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, nem para o ex-senador Delcídio do Amaral.
“Era desproporcional afastar e punir”, disse Renan em entrevista na China, onde acompanha o presidente Michel Temer, que participa de reunião do G20 no país asiático. Nesta sexta-feira, Amaral recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a restauração de seus direitos políticos, usando como argumento a decisão que favoreceu Dilma.
Renan negou que tenha havido uma articulação para manter os direitos políticos da ex-presidente. Segundo ele, a separação entre os julgamentos do impeachment e da suspensão dos direitos políticos foi discutida durante o afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Na época, o caso chegou ao STF, em um julgamento que terminou empatado.
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O presidente do Senado disse que será inevitável que o Supremo reveja os aspectos procedimentais do processo que levou ao afastamento de Dilma do cargo e à manutenção de seus direitos políticos. “Há uma judicialização da política” ressaltou.
(Com Estadão Conteúdo)
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