terça-feira, 27 de setembro de 2016

Traficante Fat Family vivia escondido na mata

Bandido conseguiu ficar foragido por mais de três meses com a tática de viver praticamente como um guerrilheiro

“Fat Family” em foto no hospital feita por parentes (VEJA.com/Reprodução/Reprodução)

Fat Family, morto em operação da Polícia Civil. ‘A rotina dele era ir para a mata no fim da madrugada e lá ficar escondido boa parte do dia’, diz um investigador

A imagem do traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, morto em meio ao matagal do Complexo do Salgueiro, no Rio, revela um pouco do estilo de vida que o criminoso adotou nos últimos meses. Para fugir do cerco da polícia que vinha alertando desde que foi resgatado do Hospital Souza Aguiar, em junho, ele passava boa parte do tempo escondido na mata da região. E foi assim que conseguiu escapar muitas vezes.

As informações obtidas pelos órgãos de inteligência da Polícia Civil e do Comando de Operações Especiais da PM (COE) já indicavam que Fat Family estava escondido em São Gonçalo. “A rotina dele era ir para a mata no fim da madrugada e lá ficava escondido boa parte do dia. Lá havia estrutura para dormir, cozinhar, tudo”, explica um investigador.

Na ação desta manhã, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) usou um efetivo menor do que nas outras investidas. Apenas trinta homens, veículos blindados e um helicóptero. Contaram também com o fato de, justamente hoje, Fat Family ter decidido descansar na casa em que vivia com a mulher. “Quando chegamos à favela, ele entrou num Logan branco e com outros seguranças seguiu para a mata. O helicóptero cercou o carro, eles desembarcaram armados e houve o confronto com a equipe que vinha por terra no blindado”, explicou o delegado Fabrício de Oliveira.

Além de Fat Family, dois criminosos acabaram mortos e outros dois conseguiram escapar. Dois fuzis AK-47 e um AR-15 com luneta foram apreendidos. O secretário de Segurança José Mariano Beltrame falou ao site G1 sobre o fim da caçada ao traficante, que foi resgatado de um hospital que fica a cerca de 500 metros de seu gabinete. “Não vou fazer de um marginal um troféu. Várias outras tentativas foram feitas (para recapturá-lo). Hoje deu certo”, disse Beltrame, que na época foi duramente criticado pelo fato de a cúpula da segurança ter sido avisada do plano da facção de resgatar o criminoso.

Por Leslie Leitão
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