sexta-feira, 28 de março de 2014

Documento da Petrobras cita comitê que Graça Foster disse desconhecer

Presidente da estatal afirma que ficou sabendo de grupo há pouco tempo.
Mas acordo para compra de refinaria, de 2006, menciona o comitê.

O acordo entre acionistas da Petrobras e da empresa belga Astra Oil para a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, prevê a atuação do comitê de proprietários que a presidente da estatal disse ter descoberto há poucos dias.

O Jornal Nacional teve acesso ao documento, que é de 2006 e foi assinado pelas duas empresas. Ele foi divulgado nesta quinta-feira (27) pelo jornal "Folha de S.Paulo".

Petrobras/Refinaria de Pasadena 26/3 (Foto: Arte/G1)

Na quinta folha, de 23 que compõem o acordo, está o artigo que trata da criação do comitê formado por um integrante de cada empresa.

Pelo documento, as decisões estratégicas sobre a refinaria dos EUA deveriam ser tomadas pelo conselho de diretores. Mas, se não houvesse entendimento, a questão deveria ser levada ao comitê, que teria que decidir por unanimidade.

O representante da Petrobras era Paulo Roberto da Costa, ex-diretor de abastecimento, que está preso por suspeita de lavagem de dinheiro.

Procurada pelo JN, a Petrobras não comentou o documento. A Astra Oil também não se manifestou.
Em entrevista publicada na última quarta (26) pelo jornal "O Globo", a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que só no início da semana ficou sabendo do grupo e se mostrou surpresa com a informação.

Investigações
A existência desse comitê foi um dos motivos que levaram a presidente da Petrobras a criar uma comissão interna para apurar a compra da refinaria.

O negócio também é alvo de investigações pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.

Para concluir a compra da refinaria da Astra Oil, a Petrobras gastou US$ 1,18 bilhão.

Os primeiros 50% foram adquiridos em 2006, por US$ 360 milhões (sendo US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena).

Em impostos ao governo americano foram gastos mais US$ 56 milhões, totalizando US$ 416 milhões.
Um ano antes, a empresa belga havia comprado a refinaria por US$ 42 milhões e investido mais US$ 84 milhões antes de se tornar sócia da Petrobras.

Por conta de uma cláusula no contrato, a Astra Oil conseguiu obrigar na Justiça que a brasileira comprasse o restante da refinaria, desembolsando mais US$ 820 milhões, pagos em 2012, incluindo honorários de advogados e outras despesas.

fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/03/documento-da-petrobras-cita-comite-que-graca-foster-diz-desconhecer.html
Do G1, com informações do Jornal Nacional
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.
Faça a sua pesquisa
http://www.facebook.com/profile.php?id=100001544474142

Nenhum comentário:

Postar um comentário