O cinegrafista é atingido na cabeça pelo explosivo. (Foto: AFP)
O plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou, no fim da noite dessa segunda-feira (10), a prisão temporária, com prazo de 30 dias, do suspeito de disparar o rojão que provocou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, atingido na cabeça. A decisão do Judiciário foi tomada para favorecer o trabalho da autoridade policial no levantamento de provas da participação dele no crime.
Há evidente necessidade de se resguardar a instrução, a fim de que as demais provas sejam colhidas pela autoridade policial, garantindo-se, ao final, a instrução da causa, que é de grande repercussão e que merece integral apuração, dada a lesividade social que os eventos violentos havidos nas recentes manifestações nesta cidade não mais se repitam", diz o parecer da Justiça do Rio.
A assessoria da Polícia Civil informou que os trabalhos de investigação para apurar a morte do cinegrafista vêm se desenvolvendo "incansavelmente".
O tatuador Fábio Raposo, que admitiu ter passado o rojão ao homem que acendeu o artefato, foi preso domingo (9) na casa da mãe, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio e crime de explosão. O outro homem, que teve a prisão temporária expedida pelo plantão Judiciário na noite de ontem, já tinha sido identificado pela Polícia Civil depois do advogado de Fábio, Jonas Tadeu, ter dado informações ao delegado Maurício Luciano, responsável pelas investigações.
Rojão
O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende o tatuador Fábio Raposo, disse, em entrevista à CBN na manhã desta segunda-feira, que já sabe a identidade do ativista que acionou o rojão que atingiu a cabeça do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade durante uma manifestação no Centro.
Jonas Nunes, que não quis revelar o nome do rapaz, disse que levará o nome para o delegado Maurício Luciano de Almeida, titular da 17ª DP (São Cristóvão), ainda nesta manhã.
Momento em que cinegrafista é resgatado após explosão de artefato. (Foto: Estadão Conteúdo)
"Quando eu fiquei sozinho com Fábio, ele me deu a indicação de uma pessoa que iria me dar a identidade do rapaz que acendeu o rojão. Eu já tenho o nome do rapaz e a identificação civil dele, mas só vou entregar para as autoridades", disse o advogado.
Ainda segundo o advogado, seu cliente disse que o rojão foi achado e que ele só conhece o autor do disparo de manifestações. Eles não foram ao ato com a intenção de usar o artefato. "Foi apenas um inconsequência, uma negligência". afirmou o advogado.
Apesar de não ter tido contato com o autor do disparo, Jonas Tadeu Nunes falou com uma pessoa próxima ao suspeito. "O rapaz que acendeu o rojão está muito abalado, já até pensou em suicídio", disse.
fonte:http://br.noticias.yahoo.com/justica-decreta-prisao-de-suspeito-de-acender-rojao-que-matou-cinegrafista-094150333.html
Por Cristina Indio do Brasil, da Agência Brasil
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