Um instrutor de um grupo terrorista iraquiano explodiu-se acidentalmente quando demonstrava o funcionamento de um cinto de explosivos para usar em ataques suicidas. Morreram 21 candidatos a mártir e 15 ficaram feridos.
foto REUTERS - Terrorista explodiu por acidente em demonstração para suicidas
Elementos do Estado Islâmico do Iraque e da Síria durante um combate com o forças do exército iraquiano nas ruas de Ramadi
"Justiça divina". Foi assim que um iraquiano comentou a forma como morreram 22 elementos do Estado Islâmico do Iraque da Síria (ISIS, na sigla original), na sequência de uma explosão auto-infligida.
"É Deus a enviar uma mensagem às pessoas más e aos criminosos do Mundo, a dizer-lhes para parar com a injustiça e trazer a paz. O mal não triunfará no fim. A vida vencerá sempre sobre a morte", acrescentou Raad Hashim, em declarações ao diário norte-americano "New York Times" (NYT).
O instrutor não foi identificado, mas pagou com a vida, dele e de mais 21 terroristas, a imprudência de usar explosivos verdadeiros numa demonstração com um cinto de explosivos para atentados terroristas.
Além dos 22 mortos, há ainda a registar 15 feridos na explosão, na segunda.-feira, num complexo militar do ISIS, no nordeste da província de Salahuddin, segundo fontes da polícia e do exército iraquiano.
No local, as autoridades iraquianas encontraram várias caixas de explosivos, incluindo 10 carros armadilhados prontos a usar em operações suicidas, e ainda armamento pesado. Oito militantes foram detidos, quando tentavam escapar, anunciaram as autoridades.
O Iraque está a enfrentar a pior vaga de violência dos últimos cinco anos, com mais de 9 mil mortos em 2013 e cerca de mil no primeiro mês de 2014. Os ataques suicidas são responsáveis por muitas dessas mortes. Segundo o NYT, em novembro de 2013, foram registados 50 ataques suicidas, contra os três de novembro de 2012.
"O fenómeno do bombista suicida é uma insanidade total", disse o congressista norte-americano Brett McGurk, numa audiência no senado dos EUA, sobre o Iraque, na semana passada.
O Estado Islâmico do Iraque da Síria (ISIS, na Sigla original) evoluiu de um ramo da al-Qaeda no Iraque para um grupo independente, desde que a liderança do grupo terrorista fundado por Osama bin Laden lhe retirou o apoio, e tem assumido um papel cada vez mais preponderante em ações armadas no país e na Síria.
O ISIS, e outros grupos extremistas sunitas, conquistaram território na província ocidental de Anbar, tendo controlado, durante semanas, a cidade de Falluja e parte da capital provincial, Ramadi.
A capital da província de Nineveh, Mosul, rica em petróelo, tornou-se no centro de financiamento de grupos extremistas, que obntêm milhões de euros com extorsão e outros esquemas criminosos.
fonte:http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?
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