quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Presos por invasão de CT são líderes informais de torcidas, diz delegada

'Um é da Pavilhão 9 e outro é da Camisa 12', afirmou delegada do DHPP.
Policia cumpre mandados de prisão nesta quinta-feira.

Torcedores deixam sede do Departamento de Homicídios, no centro de SP (Foto: Letícia Macedo/ G1 )

A delegada Margarete Barreto, titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), disse nesta quinta-feira (20) que os dois homens presos na operação da Polícia Civil que busca suspeitos de invadir o centro de treinamento do Corinthians são "lideranças informais" das torcidas Camisa 12 e Pavilhão 9. Segundo ela, a polícia continua fazendo buscas a fim de cumprir outros três mandados de prisão decretados pela Justiça.

"Eles são líderes informais de torcidas: um é da Pavilhão 9 e outro da Camisa 12. Da Gaviões, ninguém foi localizado", disse a delegada. Segundo ela, os homens foram presos nas imediações das sedes.
O inquérito investiga formação de quadrilha ou bando, roubo, ameaça e lesão corporal. Um dos detidos tem passagem pela polícia.

A prisão temporária é pelo prazo de cinco dias e a polícia pretende fazer diligências com os presos. Durante as operações da manhã, um homem contra quem não havia mandado de prisão expedido foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Com ele também foram apreendidos entorpecentes, segundo a polícia.

Na sede da torcida Gaviões da Fiel foram apreendidos US$ 3.680 e R$ 2.158, uma folha de cheque e três computadores, segundo o advogado dos torcedores, Rafael Cabral. O advogado Davi Gebara, também da Gaviões, diz que "nenhum integrante da torcida" foi preso nesta quinta-feira.

Corintianos são detidos por policiais civis, que cumprem mandados contra torcedores que invadiram Centro de Treinamento do Corinthians e ameaçaram jogadores em São Paulo (Foto: HÉLIO TORCHI/ESTADÃO CONTEÚDO)

A policia investiga também que aconteceu com o sistema das câmeras do Corinthians. Segundo o Bom Dia São Paulo, as imagens de apenas 2 das 22 câmeras foram entregues para a policia. A delegada ainda defendeu que o clube,quando informado da identidade dos detidos, tome providencias administrativas.

"Quando há fatos ligados à violência, essa pessoa tem que ser expulsa da polícia e não pode freqüentar os jogos. Ela coloca em risco toda a população que quer assistir ao espetáculo", afirmou.
Segundo Elizabete Sato, diretora do DHPP, a ação foi desencadeada após solicitação do presidente do Corinthians, Mário Gobbi. "Estavamos fazendo um balanço do que foi apreendido em cada organizada", disse.
Os investigadores identificaram os suspeitos com a ajuda de imagens registradas pelo circuito de segurança do Centro de Treinamento. Alguns suspeitos fizeram um buraco na grade e outros pularam o portão.

O protesto foi contra a atuação do time, que perdeu para o Santos, por 5 a 1, em janeiro. Os jogadores tiveram que ser levados para um local seguro. Em nota, a direção do Corinthians repudiou os atos de vandalismo.

O vídeo gravado pela câmera no portão de entrada do Centro de Treinamento mostra o movimento dos torcedores, que protestavam contra a derrota para o Santos.
Mesmo com as equipes da Polícia Militar, que tinham sido chamadas para reforçar a segurança da área, dezenas de torcedores seguiram em direção ao portão. As imagens mostram que como não conseguiram entrar pelo portão principal, eles saíram de perto da entrada e fizeram um buraco na cerca lateral. Dentro do CT, os invasores, vestindo uniformes de torcida organizada, ameaçaram jogadores. Os atletas tiveram que ser levados para um local seguro.

Em um ofício encaminhado ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, presidente do Corinthians, Mário Gobbi, relatou que torcedores agrediram o atacante Paolo Guerrero, o consultor médico do clube, Joaquim Grava, além de terem roubado três telefones celulares, um deles do meia Ramires. Segundo ele, os manifestantes também danificaram o carro do ex-zagueiro Paulo André, que já deixou a equipe.

No documento, o presidente também explicou que em determinado momento o sistema Smart Sistem Projetos parou de gravar a invasão. Porém, uma imagem mostrou que 22 câmeras estavam funcionamento, mas a polícia recebeu apenas o que foi produzido por duas câmeras.

Na época, Mário Gobbi comentou o caso. “Presume-se que houve uma falha técnica. Exceto prova de que houve algum boicote. A delegada me relatou que vai fazer uma perícia na máquina. A perícia é que vai dizer se alguém tentou, é, burlar, ou se realmente se confirma a falha técnica”, afirmou.
Durante as investigações, a polícia identificou pelo menos 20 pessoas que teriam participado da invasão ao CT. A justiça decretou a prisão temporária de cinco, que vão responder por vários crimes, como dano ao patrimônio e formação de quadrilha.

Entre os cinco suspeitos, está um torcedor que foi preso em Oruro, na Bolívia, acusado de envolvimento na morte de um menino, de 14 anos, da torcida adversária.
A Polícia Militar explicou que acompanhou toda a movimentação e que os torcedores, depois de invadirem o Centro de Treinamento, estavam debatendo com representantes do clube como forma de protesto. A corporação disse que não testemunhou qualquer ato que exigisse intervenção e só foi informada dos roubos e dos danos causados depois da saída dos manifestantes.

A PM disse ainda que ninguém relatou as agressões aos jogadores e funcionários no momento da invasão.

fonte:http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/02/presos-por-invasao-de-ct-sao-lideres-informais-de-torcidas-diz-delegada.html
Letícia Macedo - Do G1 São Paulo
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