quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Suspeitos de lançar rojão foram aliciados, diz advogado

Caio Silva de Souza foi preso em pousada em Feira de Santana, na Bahia.
Cinegrafista atingido por rojão teve morte cerebral após 4 dias em coma.

O advogado Jonas Tadeu, que defende o auxiliar de serviços Caio Silva de Souza, de 23 anos, suspeito de acender e soltar o rojão que matou um cinegrafista da TV Bandeirantes em um protesto no Rio na semana passada, disse que seu cliente foi aliciado e municiado por outras pessoas e que não sabia que estava com um rojão em mãos, mostrou nesta quarta-feira (12) o Bom Dia Rio. Caio foi preso na madrugada desta quarta (12) na Bahia.

o defensor, que também representa outro rapaz envolvido no caso, Fábio Raposo, que está preso no Rio, negou que seus clientes façam parte do movimento black block. Caio e Fábio foram indiciados por homicídio doloso qualificado por uso de artefato explosivo e crime de explosão. Se forem condenados, podem pegar até 35 anos de prisão.

“Não são, não participam desse grupo, não participam de grupo nenhum. Se você ver a característica desse jovem que foi preso hoje, é um jovem miserável financeiramente, de baixo discernimento, com ideais de uma sociedade melhor, e são jovens que são aliciados, são jovens que são manipulados. Então esses jovens na verdade foram municiados. Aquele rojão que matou infelizmente o jornalista foi entregue indiretamente por quem alicia esses jovens”, disse o advogado.

Jonas Tadeu não quis informar quem são as pessoas que forneceram o rojão a Caio para proteger o sigilo entre cliente e advogado. “Eu acho que estão municiando esses jovens de maneira leviana e estão desgraçando vidas, como desgraçaram a vida do cinegrafista e desgraçaram a vida desses jovens.”
Na quinta-feira (6), o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade gravava imagens de uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio, quando foi atingido na cabeça pelo rojão. Ele teve morte cerebral na segunda (10), depois de passar quatro dias em coma no Hospital Souza Aguiar.

O advogado afirmou que Caio não sabia que estava com um rojão em mãos. “Ele nem sabia que aquilo era um rojão, ele encarava aquilo como alguma coisa que fosse fazer barulho, fosse soltar fumaça. Ele não fez aquilo intencional, ‘vou jogar no chão para atingir alguém’, ele queria fazer barulho, fazer bagunça. E infelizmente ocorreu isso”, afirmou. “Foi uma irresponsabilidade, uma imprudência, que veio a causar uma lesão corporal e agora uma lesão corporal seguida de morte.”
Prisão
Caio, procurado desde a noite de segunda (10), quando a Justiça do Rio decretou sua prisão temporária, foi cercado e encontrado em uma pousada chamada Gonçalves, perto da rodoviária de Feira de Santana, no centro-norte da Bahia, por volta das 2h (3h no horário de Brasília). Ele não ofereceu resistência.
O suspeito contou após a prisão que pretendia fugir para a casa de um avô no Ceará, quando foi convencido por telefone pela namorada a se entregar à polícia.

Apontado como responsável por acender e posicionar o rojão que causou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, ele alegou logo após a prisão que não sabia que o artefato era um rojão e sim o explosivo conhecido como "cabeção de nego". Ele pediu ainda desculpas pela "morte de um trabalhador", como ele própio, sua mãe e seu pai.

Como Caio se apresentou à polícia, o advogado Jonas Tadeu disse considerar “que não houve uma fuga, houve uma apresentação”.

fonte:http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/02/suspeitos-de-lancar-rojao-foram-aliciados-diz-advogado.html
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