Celebração das "Bodas de Vinho" foi realizada em igreja em Salvador.
Eles se conheceram nas férias de verão em praia do subúrbio em 1940.
Um casal de Salvador comemorou as "Bodas de Vinho", que marca 70 anos de união, em cerimônia realizada na noite de quarta-feira (21).
Lizete, de 89 anos e Milton Dias, de 94 se conheceram na década de 1940 durante as férias de verão na praia de Itapagipe. “Eu adorei. Simpática, uma morena bonita. Eu que não sou nenhum bobo...”, brincou Dias ao contar o que chamou atenção dele ao conhecer a esposa.
Paciência e tolerância formaram a fórmula usada pelo casal para o relacionamento dar certo em todo esse tempo, acreditam. “O que um aceita, um dia tem qualquer coisa, outro dia está tudo bem, mas nunca arrumamos as malas, um para sair do outro. Para deixar a casa, né? ” contou Lizete.“É natural que divergências às vezes existam, mas coisa passageira de ali mesmo”, acrescentou o seu marido.
A Missa de Ação de Graças para celebrar a longa união foi na Igreja do Desterro. O padre José Abel afirmou que foi a primeira vez que ele celebrou bodas de vinho. “Para mim, é uma alegria muito grande e alegria ainda maior, porque eu conheço o casal, conheço a família, os filhos participam da vida da comunidade, são voluntários da comunidade e seu Milton e dona Lizete formam um casal maravilhoso”, comentou.
O casal tem três filhos, nove netos e 15 bisnetos. A família tentou também explicar como uma união pode durar tanto tempo. “Eles têm temperamentos bem diferentes, mas eu acho que a união que veio durante todo esse tempo foi da força de um para o outro. Ela é muito batalhadora e venceram. Nós, como filhos, só temos que agradecer. Um exemplo para gente", contou Ana Lúcia Dias, uma das filhas do casal.
“Os dois não se largam. É o tempo todo juntinhos, de mãos dadas. Então isso, dá para apreciar e seguir o exemplo deles, né? Para isso, eu já tenho também 44 anos de casado”, conta o outro filho, Roberto Dias.
Sobre os relacionamentos das novas gerações, Lizete diz que não acredita é possível manter um casamento por longo tempo justificando que “hoje tão poucos intolerantes”.
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