sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Preso do mensalão, ex-diretor de banco quer trabalhar fora da prisão

Vinícius Samarane é primeiro preso do regime fechado a pedir progressão.
Pedido deverá ser analisado pelo presidente do STF por conta do recesso.

Vinicius Samarane (de camisa branca) deixa IML em Belo Horizonte (Foto: Pedro Triginelli/G1)

O ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro no processo do mensalão do PT, é o primeiro condenado ao regime fechado a pedir progressão para o semiaberto (quando é possível deixar a cadeia durante o dia para trabalhar, mas é preciso voltar à noite para dormir).
Samarane também pediu autorização para trabalhar como gerente em um estacionamento em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, com salário de R$ 3,1 mil.
Dos 24 condenados no mensalão, oito receberam punições maiores do que oito anos e ficaram em regime fechado, entre eles Marcos Valério, cuja pena é de 37 anos e 5 meses. Dos 12 presos condenados no semiaberto (penas de até oito anos), seis conseguiram progressão para o aberto e cumprem pena em prisão domiciliar. Outros tiveram progressão negada porque não pagaram multas impostas pelo Supremo.

O pedido de Samarane deverá ser analisado pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, em razão do recesso do tribunal, que retoma os trabalhos apenas em fevereiro.
A defesa do antigo executivo do Banco Rural explicou que só ingressou com o pedido de progressão da pena durante o recesso do Judiciário porque a Justiça de Minas descontou 194 dias da punição, viabilizando a eventual ida para o semiaberto, somente no dia 19 de dezembro. A Vara de Execuções Penais mineira descontou mais de seis meses da pena em razão de Samarane ter trabalhado e estudado na prisão.

Segundo o advogado Maurício de Oliveira Campos Júnior, responsável pela defesa de Samarane, esse foi o motivo de "lamentavelmente" o pedido ter sido feito durante o recesso.
Conforme o advogado Maurício de Oliveira Campos Júnior, responsável pela defesa de Samarane, seu cliente já preenche os requisitos para ir para o regime aberto: cumpriu um sexto da pena e preencheu o critério do bom comportamento. O defensor juntou à petição atestado do presídio que confirma que ex-dirgente do Banco Rural trabalhou na faxina do presídio e deu aulas de português, inglês, espanhol e matemática para detentos que prestariam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A proposta de emprego apresentada pela defesa de Samarane à Vara de Execuções Penais é para ele trabalhar, de segunda a sábado, como gerente do estacionamento Piemonte Parking, na capital mineira. O salário estipulado é de quatro salários mínimos, que, a partir de 2015, corresponderá a R$ 3.160.
Samarane será, segundo a proposta protocolada pela defesa, "responsável pela supervisão e gerenciamento de estradas e saídas de veículos, controle de pagamentos dos diaristas e mensalistas, bem como agirá como primeiro interlocutor em eventuais incidentes ocorridos nas dependências do estacionamento."

fonte:http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2014/12/samarane-e-o-1-preso-do-mensalao-pedir-para-trabalhar-fora-da-cadeia.html
Mariana Oliveira - Da TV Globo, em Brasília
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