segunda-feira, 7 de março de 2016

MP-AL denuncia à Justiça acusado de chacina no bairro de Guaxuma

Daniel Galdino Dias foi indiciado pela Polícia Civil em dezembro de 2015.
Segundo o MP, o crime, que matou 4 pessoas, foi feito com crueldade.

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Daniel Galdino Dias foi apontado pela criança de 5 anos que sobreviveu à chacina em Maceió (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

O Ministério Público de Alagoas informou, nesta segunda-feira (7), que denunciou à Justiça Daniel Galdino Dias, acusado de ter matado sozinho quatro pessoas de uma mesma família, em um sítio localizado no bairro de Guaxuma, em Maceió, no ano passado.

Foram mortos Esvaldo da Silva Santos, de 22 anos, Genilza Oliveira da Paz, 27 anos, e as crianças Maria Eduarda, 9, e Guilherme, 2. Um menino de cinco anos, filho do casal, sobreviveu ao crime e reconheceu o suspeito em novembro.

Por conta disso, o promotor pediu a responsabilização do denunciado pelos quatro assassinatos e ainda pela tentativa de homicídio. Com relação à morte de Santos e Genilza, Galdino foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, com os agravantes de ter praticado os crimes por meio cruel e através de recurso que dificultou a defesa dos ofendidos.

Já pelas mortes das crianças, ele foi acusado de homicídio triplamente qualificado. Além de meio cruel e da impossibilidade de defesa das vítimas, foi também agravante o quesito de assegurar a impunidade do crime. Por último, o promotor pediu que o acusado seja condenado pela tentativa de homicídio contra o menino sobrevivente.

Segundo o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques, da 49ª Promotoria Especializada Criminal da Capital, Galdino agiu de forma consciente e voluntária, tendo a intenção de matar.

“ (...) praticou, com requintes de crueldade, um bárbaro homicídio, que ficou conhecido como 'chacina de Guaxuma', tendo como vítima a família que morava naquele sítio”, diz um trecho da ação penal do promotor.

Requintes de crueldade
Área onde ocorreu a chacina, no sítio em Guaxuma, foi isolada pela PM (Foto: Michelle Farias/G1)

Segundo a promotoria, Santos saiu do sítio na companhia de Galdino para realizar um determinado trabalho. Durante o trajeto, o acusado, sem motivo aparente, surpreendeu o caseiro com golpes de facadas, que atingiram quase todo o corpo da vítima. Por último, o agressor ainda amputou a mão esquerda dele e a jogou em uma vegetação próxima.

Em seguida, Galdino retornou à residência das vítimas, arrancou a senhora Jenilza de dentro de casa, amarrou-a com uma corda elástica numa das bases de concreto de um galpão em construção e também a esfaqueou até a morte.

“Naquela ocasião, as crianças Guilherme, Maria e Anderson, filhos do casal, que estavam acompanhando toda aquela carnificina, após ouvirem os clamores da mãe, fugiram do local, escondendo-se num matagal. Todavia, o choro do pequeno Guilherme, de apenas dois anos, denunciou o paradeiro dos menores, que foram covardemente atacados com o objetivo de não deixar testemunhas daquela barbárie”, revela um outro parágrafo da ação.

Por um milagre, o menor Anderson Jacksson Oliveira Santos resistiu aos ferimentos e conseguiu sobreviver à chacina, após ter sido encontrado e socorrido por um policial”, disse o promotor de Justiça, explicando ainda que “não se sabe qual a motivação desse bárbaro crime, fato este que será revelado no decorrer da instrução”.

Pessoas foram presas durante investigação
Durante as ações policiais, quatro pessoas haviam sido presas durante as investigações, mas em dezembro a polícia confirmou que indiciou apenas Daniel Galdino Dias, descartando a participação dos outros três suspeitos.

Clima foi de comoção e revolta no enterro da família (Foto: Carolina Sanches/G1)

fonte:g1.globo.com
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