domingo, 6 de março de 2016

Procurador da Lava Jato é chamado de “raposa no galinheiro” em reportagem da revista IstoÉ

Foto: Jonathan Campos/Gazeta do PovoFoto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Uma reportagem de 2003 da revista IstoÉ sobre o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima traz o título curioso “Raposa no galinheiro”. A matéria, assinada pelos jornalistas Amaury Ribeiro Jr. e Osmar de Freitas Jr., foi publicada na edição número 1770 da revista.

A reportagem trata da ida aos EUA de uma comissão de autoridades brasileiras encarregadas de apurar o escândalo do Banestado em busca de provas e documentos sobre lavagem de dinheiro e remessas ilegais de recursos para o exterior.

Carlos Fernando dos Santos Lima integra a força-tarefa do Ministério Público Federal que investiga corrupção na Petrobras e foi um dos procuradores que pediram ao juiz Sergio Moro para mandar a Polícia Federal conduzir coercitivamente o ex-presidente Lula para depoimento na última sexta-feira.

Segundo a reportagem de Amaury Ribeiro Jr. e Osmar de Freitas Jr., “Santos Lima, quando servia em Curitiba, foi quem recebeu e manteve engavetado, desde 1998, o dossiê detalhadíssimo sobre o caso Banestado e uma lista de 107 pessoas que figuram na queixa-crime sobre remessa de dólares via agência em Nova York”.

A revista IstoÉ volta ao caso na edição seguinte, número 1771, de 10 de setembro de 2003. “CPI do Banestado investiga conduta de procurador que apura lavagem”, é o título da reportagem, assinada por Amaury Ribeiro Jr. e Sônia Filgueiras.

Na época, segundo a revista, o então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles saiu em defesa de Santos Lima e reforçou que o procurador agiu de forma “perfeita”. Santos Lima, por sua vez, anunciou que entraria na Justiça contra a ISTOÉ, segundo a revista, por se julgar prejudicado pelas reportagens sobre o Banestado.

A assessoria de imprensa do Ministério Público Federal em Curitiba confirmou nesta segunda-feira (07/03) que o procurador recorreu à Justiça, que deu ganho de causa a Santos Lima. A assessoria informou ainda que encaminharia a íntegra da sentença para publicação neste espaço.

Ironia ou não, foi a IstoÉ que divulgou trechos de suporta delação do senador Delcídio Amaral, na semana passada, em que o petista teria citado a presidente Dilma Rousseff e Lula por implicação no esquema da Petrobras.

Cópia de publicação da revista IstoÉ

O escândalo do Banestado, entre 1996 e 2000, até hoje não foi devidamente esclarecido. O presidente da República na época era Fernando Henrique Cardoso.

Já Carlos Fernando dos Santos Lima, Deltan Dallagnol e Roberson Henrique Pozzobon, equipe da força-tarefa do Ministério Público que atua na Operação Lava Jato, foram premiados em setembro do ano passado pela Global Investigation Review, em Nova York, pelo bom trabalho de combate à corrupção.

fonte:gazetadopovo.com.br
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