Sucessão de adiamentos da transferência pode indicar que deputado afastado esteja costurando algum tipo de acordo de delação
Deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) chega em Guarulhos pelo Aeroporto de Cumbica, após ser citado na delação de executivos da JBS (Bruno Santos/Folhapress)
O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pode demorar mais um pouco para ser transferido para o presídio da Papuda, em Brasília. Preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília desde sábado, a transferência estava programada para acontecer nesta quarta-feira. Segundo fontes da Polícia Federal, a sucessão de adiamentos — a primeira data para ele deixar era na segunda-feira — pode indicar que Rocha Loures e seus advogados já estejam costurando algum tipo de acordo de delação premiada.
Tal argumento ainda é rechaçado pelo advogado de defesa, Cezar Bitencourt. Segundo ele, caso a transferência seja realmente adiada, o principal motivo será a falta de tempo hábil para que a defesa se prepare para o interrogatório de Rocha Loures com a Polícia Federal. Bitencourt afirma que solicitou que seu cliente fique na superintendência até ter acesso a todos os autos e provas do processo.
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Por Bruna Narcizo
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