Também ex-presidente da Câmara, ele é suspeito de envolvimento em desvios de R$ 77 milhões nas obras da Arena das Dunas, estádio da Copa do Mundo em Natal
Henrique Eduardo Alves é preso na Operação Manus - (VEJA.com/Divulgação)
O ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi preso na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal. Expedido pela Justiça do Rio Grande do Norte, o mandado de prisão preventiva é decorrente das delações feitas por executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Batizada de Operação Manus, a ação foi deflagrada para investigar desvios de 77 milhões de reais na construção da Arena das Dunas, o estádio de Natal para a Copa do Mundo de 2014. O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná pela Lava Jato, também é alvo da operação.Segundo a PF, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná.
A investigação, desdobramento da Operação Lava Jato, apura suspeita de solicitação e efetivo recebimento de vantagens indevidas pelos dois ex-parlamentares, cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio, de acordo com comunicado da PF, que não identificou os suspeitos.
Henrique Alves admitiu à Justiça Federal em Brasília que abriu uma conta bancária na Suíça, mas afirmou que não tinha conhecimento da movimentação de US$ 832,9 mil (ou R$ 2,3 milhões). A defesa de Alves alegou que ele usou um escritório de advocacia no Uruguai para abrir a conta bancária em 2008.
Homem próximo do presidente Michel Temer, também do PMDB, Alves foi ministro do Turismo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e voltou a ocupar o cargo no governo Temer – ele acabou pedindo demissão do posto em meio à citação de seu nome em delações da Lava Jato.
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