sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Estuprada na infância, garota precisa de cirurgia para reconstruir a vagina

Ela passou por cinco procedimentos desde que foi violentada, aos 10 anos.
'Enquanto meu corpo não estiver corrigido, não terei paz', diz adolescente.

A família de uma menina de 14 anos, que foi estuprada quando tinha 10, em Abadiânia, na região leste de Goiás, busca ajuda para que ela seja submetida a uma cirurgia de reconstrução da vagina. O caso ocorreu em dezembro de 2009 e o suspeito pelo crime está preso. No entanto, as marcas da violência ainda estão presentes na vida da garota.

A adolescente sofreu lesões no órgão sexual e no aparelho digestivo. Com isso, precisa usar uma bolsa de colostomia para desviar a saída de fezes, pois ela não pode evacuar pelo ânus por riscos de infecções. Ela já passou por cinco cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, precisa de um último procedimento particular, mas a família não tem condições de arcar com os custos. “Precisamos de ajuda para que ela volte a ter uma vida normal”, disse a mãe da menina.

Além das lesões físicas, a violência deixou traumas na garota. Emocionada, ela não gosta de falar sobre os momentos difíceis que viveu. Mesmo assim, criou coragem para pedir ajuda. “Já recebi acompanhamento psicológico, mas enquanto meu corpo não estiver novamente corrigido, parece que não terei paz”, disse a menor.
Cirurgião pediátrico de Anápolis, Olegário da Silva Rocha cuidou da menor desde que ela foi violentada. Ele explica que a cirurgia para reconstrução da vagina não é simples e precisa ser feita por um especialista. “Ela tem boas chances de ter a vagina reconstruída novamente, mas precisa ser cuidada por um médico que entenda do assunto, já que os riscos de que ela fique com deformações é grande”, afirmou.

Menina de 14 anos sofreu lesões após estupro e precisa de cirurgia corretiva (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O médico também acusou a Secretaria Municipal de Saúde de Abadiânia de nunca ter ajudado a garota. “Muitas vezes eu tirei dinheiro do meu bolso para que ela seguisse até Anápolis para ser submetida ao tratamento. A secretaria tem o dever de conseguir a cirurgia para ela. É um direito que está na Constituição”, ressaltou.

A Secretaria Municipal de Saúde de Abadiânia, por sua vez, informou que, sempre que foi procurada, buscou atender prontamente à solicitação da família para garantir “assistência médica e farmacêutica”. Além disso, afirma, foi disponibilizado transporte para atendimento especializado nas cidades de Goiânia e Brasília e tratamento fisioterapêutico no município.

Sobre a cirurgia, a secretaria destacou que, por se tratar de um procedimento eletivo, a menina encontrava-se na fila de espera do SUS. “No entanto, a mãe da menina abandonou o tratamento em Abadiânia e seguiu para Brasília, no intuito de adiantar a cirurgia”.
A partir daí, o município alega não ter sido mais procurado para dar continuidade ao processo. A secretaria ainda se coloca à disposição da família para retomada do atendimento.

fonte:http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/08/estuprada-na-infancia-garota-precisa-de-cirurgia-para-reconstruir-vagina.html
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
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