segunda-feira, 26 de agosto de 2013

'É um sonho ir ao Brasil', diz cubano que aguarda vez para o Mais Médicos

G1 ouviu médico que está em Cuba e deve integrar missão de 4 mil.
Oposição da classe médica brasileira não preocupa, diz profissional.

Treinamento de médicos estrangeiros começa nesta segunda

Mesmo sem saber exatamente quando viaja, para que cidade vai ou quanto vai ganhar, um médico cubano ouvido pelo G1, que aguarda para integrar a missão de 4 mil profissionais contratados para atuar no Brasil, conta que sua decisão está tomada e que quer trabalhar no país para realizar o sonho de conhecê-lo e ajudar sua população. "Disseram que eu devo ficar aí uns dois ou três anos”, conta.

Avião com médicos cubanos chega ao Recife neste domingo (Foto: Vitor Tavares / G1)

Desde o anúncio de que os cubanos virão para o Brasil para trabalhar no Mais Médicos, iniciou-se uma polêmica sobre o fato de que eles não devem receber integralmente os R$ 10 mil mensais pagos pelo Brasil, pois o governo de seu país deve ficar com uma parcela considerável do dinheiro (o valor exato não foi informado).
A questão, no entanto, parece não preocupar o cubano ouvido pelo G1, que aguarda na ilha caribenha seu momento de viajar e, enquanto isso, trabalha em sua especialidade, a medicina familiar. “Não vou tanto pelo tema econômico, mas porque, para mim, é um sonho conhecer o Brasil”, conta.
O profissional, que não é identificado porque deu a entrevista sem autorização do governo de Cuba, explicou à reportagem que sabe que o Brasil pagará mais pelo seu trabalho do que ele irá receber. “Claro que, se puder ganhar mais, é melhor. Mas essa é uma decisão deles (do governo cubano). É um tema deles. Eles me oferecem o contrato e, se quero, aceito”, diz.

O cubano salienta que, nesse tipo de “missão médica”, ninguém é obrigado a participar. “Eles fazem uma convocatória com base na nossa capacidade de trabalho. Daí vão nos chamando e fazem uma proposta. Se queremos, vamos. Se não queremos, não vamos”, explica.
Mesmo tendo uma data relativamente próxima prevista para viajar ao Brasil, ele ainda não sabe onde vai trabalhar, por quanto tempo vai atuar aqui, e nem quanto ganhará. “Mas ninguém viaja sem saber quanto vai ganhar”, diz.
O profissional já atuou anteriormente no exterior e conhece o esquema de trabalho. Ele confirmou que, nesse tipo de missão, os médicos costumam ficar alojados juntos, sob a supervisão de um chefe cubano, e são orientados a não deixarem a cidade onde trabalham ou mesmo a não se desviarem muito do trajeto entre o local de trabalho e de hospedagem. “Quando trabalhei fora antes, me orientarem a não andar muito por aí, mas por uma questão de segurança, para não ter problemas com a população local”, conta.

Em relação à oposição feita pelas entidades médicas brasileiras à vinda de estrangeiros sem diploma revalidado, o cubano se diz pouco preocupado. “Não estou preocupado com o colégio médico (termo usado na língua espanhola para designar a entidade de representação de classe), estou preocupado em salvar vidas”, argumentou, após destacar que foi informado de que o Brasil “tem uma carência muito grande de médicos".
Com a expectativa de realizar em breve seu sonho de conhecer o Brasil, o médico não soube responder se acha que pode ter vontade de ficar no país e não regressar a Cuba. “Olha, isso eu agora não posso dizer. Não tenho ideia, não tenho o que falar sobre isso”, comenta.

Segundo o profissional ouvido pelo G1, os médicos têm a opção de integrar ou não a missão no exterior
(Foto: Gabriela Gasparin/G1)

fonte:http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/08/e-um-sonho-ir-ao-brasil-diz-cubano-que-aguarda-vez-para-o-mais-medicos.html
Dennis Barbosa - Do G1, em São Paulo
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