Esperava uma noite tensa e trágica para o Santos, no clássico com o Corinthians, nesta quarta-feira. No entanto, o que se viu na Vila Belmiro foi um clássico equilibrado, quente só em alguns incidentes entre os jogadores e com um adequado placar de 1 a 1. Que não atrapalhou nem empolgou nenhum dos dois lados.
O Corinthians passou a sensação de que afundaria o rival na crise, com o gol de Paulo André com 3 minutos de jogo, em bola pelo alto e falha da defesa. Foi apenas impressão. O Santos criticado por torcedores, após os 8 a 0 diante do Barcelona, soube colocar a cabeça no lugar, controlou os nervos e não jogou a toalha.
Ao contrário, foi para cima, na base da vontade e da necessidade de mostrar brio. E disso gostei. Leo, Neilton, Arouca, Cícero, William José, Montillo e companhia não se entregaram. Os dois últimos tiveram destaque. O atacante por marca o gol de empate, na etapa final, e por ser expulso em confusão fora de propósito. O argentino por assumir a condição de líder e maestro da equipe e comandar a reação. Foi o melhor em campo.
O vermelho para William José (Paulo André também foi embora por causa do bafafá) veio em momento em que os santistas estavam melhores em campo. De certa forma, esfriou o embalo para a eventual virada. O Corinthians pecou por travar, ainda no primeiro tempo, e por criar poucas situações de gol. Continua a oscilar.
Jogadores do Santos e o técnico Claudinei Oliveira foram para casa aliviados, por terem evitado novo tropeço e sobretudo pela aplicação e pela dedicação. Mostraram ao público pequeno (pouco mais de 8 mil pagantes) que a surra na Espanha doeu, mas que não foi provocada por corpo mole, desinteresse ou coisas do gênero.
Lá prevaleceu a diferença de qualidade em relação ao Barça. Aqui, se compensou com suor. Pode não ser muita coisa, mas é o que esse grupo pode fazer.
imagem ilustrativa:icfut.wordpress.com


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