Caso aconteceu em 2012 e, ao G1, a acusada confessou o crime.
Ela responderá por tentativa de homicídio; vítima deverá testemunhar.
Suspeita confessou ter feito parto a força para roubar criança (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
A doméstica Dayana Pires dos Santos, acusada de cortar a barriga de uma grávida de nove meses para roubar o bebê, deverá ir a julgamento nesta quarta-feira (27), na 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. O caso aconteceu no dia 25 de setembro de 2012 e, em entrevista ao G1, a mulher confessou o crime.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o julgamento vai ser presidido pelo titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, e está previsto para iniciar às 08h. A sessão deverá ser realizada no Plenário do Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, Zona Centro-Sul de Manaus.
Dayana será julgada por tentativa de homicídio e terá como defensor, o advogado Francisco Nonato Boary. O Ministério Público arrolou, por meio do promotor Rogério Marques, as testemunhas Odete Pego Barreto (vítima), Fátima Lira de Oliveira, Nilda Dolzane da Silva e Maria Nelliane da Rocha.
Entenda o caso
A acusada não conhecia a vítima. Ao G1, ela relatou que estava grávida, havia perdido o bebê e queria uma criança, então abordou Odete e tentou realizar o parto à força, usando uma lâmina de barbear. "Eu a vi em um posto de saúde no Mauazinho, onde ela se consultava, então contei que eu estava grávida mas que tinha perdido o filho, e perguntei se ela queria roupas para criança. Ela aceitou e me acompanhou até a minha casa, onde tudo aconteceu", relatou, na época.
Já dentro de casa, Dayana disse que atacou a vítima com uma pancada na cabeça. "Quando ela desmaiou, eu a deitei na cama e usei uma lâmina de barbear para abrir a barriga e tirar a criança", contou Dayana.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Odete ficou caída no chão da cozinha, sofrendo intenso sangramento, com as vísceras expostas e em estado de choque, e a acusada não prestou socorro. A doméstica a cobriu com um papelão "na esperança de que ela morresse e depois enterrá-la em um buraco no quintal da casa, para garantir a ocultação do assassinato", narra o documento.
Uma vizinha escutou os gritos de dor da vítima, e socorreu a mãe e a criança. Os dois foram internados e sobreviveram. Dayana foi presa em flagrante e disse estar arrependida. "Sei que errei e que pagarei pelos meus erros, mas eu só queria um filho para mim", alegou. Desde então, a suspeita está presa aguardando julgamento.
Marina Souza - Do G1 AM
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