sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

EUA expulsam 35 diplomatas russos e fecham duas instalações

A medida é resposta a campanha de assédio da Rússia contra diplomatas norte-americanos em Moscou, após acusação de interferência na eleição americanas

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Barack Obama, durante reunião do G20 em setembro, na China. (Alexei Druzhinin/AFP)

Os Estados Unidos expulsaram nesta quinta-feira 35 diplomatas russos e fecharam duas instalações do país em Nova York e Maryland, em resposta a uma campanha de assédio da Rússia contra diplomatas norte-americanos em Moscou. A informação foi dada por uma autoridade sênior americana nesta quinta-feira.

A autoridade, falando em condição de anonimato, disse à agência de notícias Reuters que os diplomatas russos terão 72 horas para deixar os Estados Unidos. O acesso às instalações serão negadas a todas as autoridades da Rússia a partir do meio-dia de sexta-feira, acrescentou.

“Estas ações foram tomadas em resposta ao assédio russo a diplomatas norte-americanos e ações dos diplomatas que avaliamos não terem sido consistentes com a prática diplomática”, disse a fonte. Recentemente, a CIA (agência central de inteligência americana) afirmou que hackers russos vazaram e-mails do Partido Democrata para beneficiar o republicano Donald Trump, que venceu as eleições presidenciais contra a democrata Hillary Clinton em novembro.

Divulgadas pelo WikiLeaks, as mensagens indicavam um suposto favorecimento da cúpula da legenda a Hillary, em detrimento de Bernie Sanders, que concorria à indicação do partido para a disputa. Segundo a CIA, o ataque cibernético foi orientado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que nega as acusações.

Na última quarta-feira, o jornal americano The Washington Post afirmou que a Casa Branca estudava retaliações à interferência dos russos nas eleições. Entre as medidas que podem ser confirmadas até o fim da semana estão sanções econômicas e censura diplomática. Além disso, de acordo com o diário americano, os EUA ainda estariam planejando operações “secretas” cibernéticas contra os russos.

Repercussão
Uma autoridade do Parlamento russo disse que a decisão de Washington desta quinta-feira de expulsar 35 diplomatas russos representa “a agonia de cadáveres políticos”, disse Konstantin Kosachyov, presidente do conselho do Comitê de Relações Exteriores do Parlamento russo, segundo a agência de notícias russa RIA.

O comissário de direitos humanos, democracia e cumprimento da lei do Ministério das Relações Exteriores russo, Konstantin Dolgov, disse, segundo a agência Interfax, que as novas sanções dos EUA contra a Rússia são contraproducentes e prejudicarão a restauração dos laços bilaterais.

(Com Reuters)
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