sábado, 17 de dezembro de 2016

Cabral deixa carceragem da PF em Curitiba e segue para o Rio

Mudança ocorre após desembargador federal do TRF2 ordenar volta do ex-governador para o Rio de Janeiro

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, preso na operação Calicute, faz exame de corpo delito no IML de Curitiba - 10/12/2016 (Vagner Rosário)

O ex-governador do Rio Janeiro Sérgio Cabral Filho (PMDB) deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba e será transferido de volta para o Complexo de Bangu, na capital carioca. A mudança ocorre após decisão do desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).

Sérgio Cabral foi capturado em 17 de novembro pela Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato. Preso, foi levado para o Complexo de Bangu. Após suspeita de irregularidades nas visitas, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, ordenou a transferência de Sérgio Cabral para Curitiba. No Paraná, o peemedebista é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz federal Sergio Moro.

A decisão do desembargador federal Abel Gomes atende pedido da defesa de Cabral. Na última terça-feira, um dos advogados do ex-governador afirmou que a transferência dele foi desnecessária e atingiu o direito de defesa. O advogado Raphael Mattos disse ainda que a decisão contrariou a lei uma vez que o ex-governador deveria ficar próximo de sua família. O peemedebista é alvo em duas ações penais: uma na Lava Jato, no Paraná, e outra na Calicute, no Rio.

O juiz federal Sergio Moro abriu ação penal ontem (16/11) contra o ex-governador por propina de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. Sergio Cabral é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

A Procuradoria da República, no Rio, denunciou Sérgio Cabral por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, aceitou a denúncia. Sérgio Cabral é acusado por 164 atos de lavagem de dinheiro e 49 de corrupção passiva.

(Com Estadão Conteúdo)
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