Presidente do Senado justificou aumento da contratação de comissionados.
Jornal revelou que, sob a atual gestão, a Casa elevou indicações políticas.
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (7) que os funcionários comissionados da Casa custam um sétimo do valor gasto com os salários dos servidores concursados. Esta foi a justificativa apresentada pelo senador de Alagoas para o fato de sua gestão ter aumentado a quantidade de nomeações por indicação política.
Reportagem publicada nesta quinta pelo jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que, ao longo dos nove meses em que Renan está presidindo o Senado, a Casa passou a ter mais servidores admitidos por meio de indicação política do que por concurso público.
O Senado possui 2.991 funcionários comissionados e 3.241 efetivos, de acordo com Renan. Entre janeiro e setembro deste ano, os comissionados custaram R$ 258,3 milhões aos cofres da casa legislativa. O valor, ainda de acordo com o presidente do Senado, é um sétimo do custo dos efetivos, que custaram R$ 1,9 bilhão no mesmo período.
“Para o bolso daqueles que pagam impostos, o custo entre um e outro é sete vezes menor”, disse o senador alagoano, que subiu à tribuna nesta tarde para rebater a reportagem do jornal. “Respeitando o sagrado direito à critica, não é possível comparar desiguais ou embaçar a realidade recorrendo a análises pontuais ou seletivas”, disse.
Renan Calheiros também ressaltou que os funcionários comissionados, “a despeito do que querem fazer crer, trabalham tanto quanto os demais servidores”.
Segundo a reportagem, o Ministério Público Federal em Brasília abriu inquérito civil para investigar o loteamento partidário nas nomeações de comissionados no Senado. Há suspeita, conforme a publicação, de suposto abuso na contratação de um "número exacerbado" de indicados, em "prejuízo aos cofres públicos".
Para demonstrar que não somos perdulários, que o Senado não é irresponsável, basta ver que, até setembro, utilizamos apenas 77% do nosso orçamento anual."
Renan Calheiros, presidente do Senado
Diante dos colegas de Legislativo que se encontravam no plenário, Renan enumerou as medidas que foram tomadas durante os nove meses de sua gestão com a justificativa de cortar gastos e aumentar a transparência. “Para demonstrar que não somos perdulários, que o Senado não é irresponsável, basta ver que, até setembro, utilizamos apenas 77% do nosso orçamento anual”, discursou.
Após a manifestação do peemedebista, o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes (SP), lembrou que a reforma administrativa não é mérito apenas de Renan, mas de toda a Mesa Diretora. O parlamentar tucano, aproveitou a intervenção para manifestar apoio ao presidente da Casa. Ele enfatizou que os senadores têm direito de escolher as pessoas com quem preferem trabalhar.
“Os cargos comissionados são escolhidos em razão da confiança do parlamentar. Esse critério é próprio da atividade parlamentar, é normal que o senador se cerque de pessoas da sua confiança”, defendeu Nunes.
Contradição
Após anunciar uma série de medidas para contenção de custos no início do ano, a administração do Senado decidiu readmitir, em outubro, 65 dos 512 funcionários terceirizados que haviam sido demitidos em fevereiro.
A assessoria da Casa alegou que o contingente de recontratados, formado por contínuos e copeiros, é necessário para atender a áreas que, após as demissões, ficaram “desprovidas”.
fonte:http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/11/custo-para-contratar-comissionados-e-menor-que-de-servidores-diz-renan.html
Priscilla Mendes - Do G1, em Brasília
imagem:www.pragmatismopolitico.com.br
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