Ainda que haja verdade em seu discurso, não é provocando os chineses que Trump vai conseguir melhorar as relações com a segunda maior economia do mundo
O próximo presidente americano não mede suas palavras: problemas à vista (Dominick Reuter/Reuters)
Sutileza definitivamente não é o forte do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Em mais uma declaração nada diplomática Trump acusou a China de roubar os EUA. “Você tem o roubo massivo de propriedades intelectuais, o uso de taxas injustas em nossas companhias, a falta de ajuda contra a ameaça da Coreia do Norte como deveriam, e a massiva desvalorização da moeda e dumping de produtos”, disse Trump nesta quinta-feira sobre a China.
Ainda que haja muita verdade em seu discurso, não é irritando e provocando os chineses que o próximo presidente vai conseguir melhorar as relações com a segunda maior economia do mundo e principal parceira comercial dos EUA. Em um momento mais comedido, Trump reconheceu que “uma das relações mais importantes que precisamos melhorar, e temos que melhorar, é nossa parceria com a China”, disse durante evento no Estado de Iowa.
“A China não é uma economia de mercado”, disse. “Eles não seguiram as regras, e eu sei que é hora deles começarem”. Trump criticou a China diversas vezes durante sua campanha à Presidência e gerou um protesto diplomático de Pequim na semana passada após conversar por telefone com a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen. A China considera Taiwan uma província rebelde. O ato foi o primeiro contato de alto nível entre Taiwan e um presidente eleito ou presidente dos EUA desde que o presidente Jimmy Carter adotou a política de “China única” em 1979, reconhecendo somente o governo de Pequim.
Trump manteve suas críticas a Pequim durante o evento em Iowa, que era parte de uma turnê de agradecimentos aos Estados que o ajudaram na vitória sobre a candidata democrata Hillary Clinton no mês passado. A China não é vista atualmente como manipuladora de câmbio pelo Departamento do Tesouro norte-americano ou pelo Fundo Monetário Internacional. A Organização Mundial do Comércio diz que tarifas chinesas de bens importados geralmente são maiores que tarifas americanas.
(Com agência Reuters)
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